Ao usar este site, você concorda com a Política de Privacidade e termos de uso.
Aceito
Vivente AndanteVivente AndanteVivente Andante
  • Cinema
  • Música
  • Literatura
  • Cultura
  • Turismo
Font ResizerAa
Vivente AndanteVivente Andante
Font ResizerAa
Buscar
  • Cinema
  • Música
  • Literatura
  • Cultura
  • Turismo
CinemaCrítica

Crítica: ‘Quando Eu Me Encontrar’ prova a qualidade do cinema nacional

Por
hugomelloo
Última Atualização 16 de setembro de 2024
5 Min Leitura
Share
SHARE

Vencedor dos prêmios de Melhor Filme e Melhor Roteiro pelo Júri da Crítica no Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba em 2023, o drama musical “Quando Eu Me Encontrar”, uma produção da Marrevolto Filmes com distribuição pela Embaúba Filmes, tem conquistado não apenas críticos, mas também o público. Dirigido pela dupla Amanda Pontes e Michelline Helena, que fazem sua estreia em longas-metragens, o filme é uma bela e sensível abordagem sobre a perda, os laços familiares e a busca por respostas em momentos de vazio emocional.

Além dos prêmios conquistados no Festival Internacional de Curitiba, o filme também foi exibido na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (2023); na Mostra de Cinema de Gostoso (2023); no Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema (2023); no Festival de Cinema de Vitória (2023), onde levou os prêmios de Melhor Direção, Melhor Fotografia e Melhor Interpretação para Pipa; e no Festival Guarnicê de Cinema (2023), onde o elenco foi destaque, levando para casa os prêmios de Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coadjuvante e, por último, Melhor Direção de Arte.

O enredo acompanha a família de Dayane, cuja ausência repentina transforma completamente a dinâmica de todos à sua volta. Marluce (Luciana Souza), sua mãe, esconde com esforço o impacto emocional da partida da filha, enquanto a irmã mais nova, Mariana (Pipa), enfrenta dificuldades para se ajustar a uma nova escola. Antônio (David Santos), noivo de Dayane, vê-se em uma busca obsessiva por respostas, tentando encontrar alívio nas conversas com Cecília (Di Ferreira), a melhor amiga de Dayane e cantora.

Aliás, veja o trailer de ‘Quando Eu Me Encontrar’ e continue lendo:

A trama poderia facilmente cair em clichês do gênero, mas o que a torna única é o cuidado com que Amanda Pontes e Michelline Helena exploram as sutilezas das relações humanas. Não há exageros nem artifícios dramáticos. Pelo contrário, o filme aposta na simplicidade, trazendo o espectador para dentro da vida comum, onde as dores e emoções são tão reais quanto silenciosas.

Um dos grandes acertos do filme é sua estética visual. O diretor de fotografia, Victor de Melo, faz um trabalho primoroso, utilizando planos estáticos como se fossem pinturas cuidadosamente posicionadas diante do público. Essa escolha confere uma sensação de intimidade, deixando a câmera praticamente invisível, como se estivéssemos observando a vida real, sem interferências.

A música desempenha um papel crucial em “Quando Eu Me Encontrar”. Com uma trilha sonora repleta de clássicos da música popular brasileira, o filme se torna uma experiência quase sensorial. As interpretações da personagem Cecília (vivida por Di Ferreira) são de uma beleza e leveza ímpares, e é impossível não se sentir tentado a cantarolar junto. A música aqui não é mero pano de fundo, mas uma extensão das emoções vividas pelos personagens.

Atuações densas

As atuações de David Santos, Luciana Souza e Pipa são dignas de aplausos. Cada um deles traz uma densidade emocional tão palpável que as aflições e dilemas dos personagens se tornam quase nossos. Luciana Souza, em particular, faz de Marluce uma personagem multifacetada, tentando manter a compostura enquanto seu mundo desmorona por dentro. A relação entre essas três figuras centrais forma o coração do filme, e sua dor é sentida em cada gesto, olhar e silêncio.

“Quando Eu Me Encontrar” não é apenas um dos melhores filmes nacionais dos últimos tempos, como arrisco dizer que é um dos melhores que já assisti. A simplicidade, somada à força emocional que os personagens e a trama transmitem, faz com que o espectador se apegue a cada detalhe. Quando os créditos subiram, me vi desejando continuar a história, saber mais sobre aqueles personagens, como se fossem pessoas reais em minha vida.

O filme é uma prova viva de que o cinema brasileiro está mais pulsante do que nunca. Sem recorrer a fórmulas batidas, como palavrões gratuitos, nudez desnecessária ou violência, “Quando Eu Me Encontrar” conquista pela delicadeza e profundidade em cada pequeno detalhe.

Enfim, “Quando Eu Me Encontrar” estreia em 19 de setembro nos cinemas.

Ademais, veja:

Megalópolis: Francis Ford Coppola e Adam Driver juntos em épico de ficção científica

‘Furacão’, da Amok Teatro, mescla teatro, música e emoção de forma primorosa | Crítica

Tags:critica quando eu me encontrarembauba filmeshugo meloMelhores filmes brasileirosvictor de melo
Compartilhe este artigo
Facebook Copie o Link Print
Nenhum comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Gravatar profile

Vem Conhecer o Vivente!

1.7kSeguidoresMe Siga!

Leia Também no Vivente

filme lima barreto
CinemaNotícias

Lima Barreto, ao Terceiro Dia | Filme de Luiz Antonio Pilar estreia em 29 de setembro

Alvaro Tallarico
3 Min Leitura
Meia Voz Cine Ceará
CinemaCulturaEventos

‘A Meia Voz’ é?o?grande?ganhador?do 30° Cine Ceará | Veja todos os vencedores

Redação
9 Min Leitura
Herói ou vilão? Novo personagem em Thunderbolts divide fãs sentinela
CinemaLiteratura e HQ

Entenda quem é o Sentinela no Thunderbolts e seus poderes explicados

Redação
4 Min Leitura
logo
Todos os Direitos Reservados a Vivente Andante.
  • Política de Privacidade
Welcome Back!

Sign in to your account

Username or Email Address
Password

Lost your password?