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Crítica Soldado Estrangeiro (1)
CinemaCrítica

Crítica | Soldado Estrangeiro

Por
Alvaro Tallarico
Última Atualização 30 de março de 2023
4 Min Leitura
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divulgação: Primeiro Plano
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Soldado Estrangeiro começa com um brasileiro tentando entrar para a Legião Estrangeira. É a entrevista. Ele não fala francês e não entende as perguntas. Entra o tradutor. “É meu sonho”, ele responde. Um carioca de Mesquita parte para a França. É um homem simples, evangélico. Aos poucos, vamos conhecendo melhor esse rapaz que já vive em meio a uma guerra, a do Rio de Janeiro, entre traficantes, milícia e polícia, como o filme mostra.

Indubitavelmente é interessante acompanhar o processo para entrar na Legião Estrangeira. A princípio, Bruno Silva quer dar uma vida melhor para sua família, ganhar em euros. É o sonho de muitos brasileiros que se aventuram na Europa. A tensão, o nervosismo para conseguir passar faz o espectador ficar ligado. Por um lado, não entendemos tanto porque ele vai. Será que não tinha possibilidades de viver no Brasil? Diz que não foi aceito no Exército Brasileiro por excesso de contingente. E quer ser militar. Agora é. Na França.

Posteriormente, vemos Mário Wasercjer, que fala hebraico e serve ao exército israelense em uma base militar na Cisjordânia, é um personagem completamente diferente. Ri, brinca, se diverte no contexto militar, é animado com o serviço e as vantagens que tem em Israel por ser soldado. É um garoto brincalhão, sem noção do que está fazendo, porque está fazendo. Vive como joga videogame.

“Não vai, Joe. Fuja!

Eles vão te matar, você sabe disso.

Eu não vou te ver de novo nunca mais.” (Trecho de “Johnny Vai à Guerra”)

Triste, afinal

Por fim, temos Felipe de Almeida, que saiu do Brasil para servir como fuzileiro naval no exército estadunidense. Ele foi atirador na Guerra do Afeganistão e tem sequelas físicas, mentais e espirituais. Sua história é uma dose forte de desesperança. Ele não sonha, não quer ter família, está perdido e traumatizado. Em certo momento, ele conta de quando levou uma facada, subitamente. Claramente vemos o quanto isso marcou Felipe. É uma alma buscando se reencontrar após percorrer o inferno.

O documentário Soldado Estrangeiro, de José Joffily e Pedro Rossi, traz muita reflexão sobre o serviço militar. As diferenças entre os três soldados é gritante e, ao mesmo tempo, inexistente. O filme é bom, passa rápido – queremos ver mais – e deixa muitas questões. São três atos, começo, meio e fim. O sonho de entrar no serviço militar, o trabalho, e as consequências.

Citações do livro “Johnny Vai à Guerra”, de Dalton Trumbo, romance de 1939, aparecem como que intitulando os capítulos de uma saga complicada. A bela edição é da premiada montadora Jordana Berg e faz toda a diferença na forma cronológica que nos surge.

São três homens amarrados em um mesmo sistema, como um só. O terceiro ato é o melhor pela forma como conclui trazendo para a realidade de um veterano.

Enfim, o filme deixa um gosto de melancolia na boca. Necessário.

A estreia nos cinemas é no dia 3 de dezembro de 2020.

Afinal, confira o trailer:

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Tags:crítica soldado estrangeirofilme soldado estrangeiroresenha soldado estrangeiro
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Jornalista especializado em Jornalismo Cultural pela UERJ.
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