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Os Favoritos de Midas | Uma história fechada e curta meio ‘Death Note’

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Os Favoritos de Midas

Os Favoritos de Midas é, a princípio, uma minissérie original Netflix de língua castelhana, mas pode muito bem chamar atenção e ter algum tipo de continuação.

Primeiramente, a trama traz o empresário Victor Genovés (Luís Tosar), que é chantageado com uma enorme quantia de dinheiro. O problema é, se não pagar, o grupo que o chantageia chamado “Os Favoritos de Midas”  vai começar a matar pessoas aleatoriamente. Dessa forma, pense por um instante no que você faria se fosse chantageado assim. Pagaria ou não?

Pá pum

O primeiro ponto que chama atenção é que vemos uma história fechada e curta, com apenas 6 episódios de 50 minutos em média. Isso faz a maratona ser interessante. Em segundo, as reviravoltas no caso também fazem você ficar preso a história, querendo saber o que vai acontecer depois. Entretanto, as mortes são aleatórias e poderiam ser mais bem exploradas, de forma que você se importasse mais com as vítimas.

Um ponto negativo é a falta de carisma no protagonista, pois, apesar dele ter sacadas inteligentes, você não sente afeição. Fora isso, tem alguns clichês. Às vezes soa um pouco “Frankenstein” de ideias, meio Death Note, uma pitada de Busca Implacável, e etc.

Creio que poderiam ter aprofundado mais a trama, colocando camadas mais densas no roteiro e algumas ideias mais surpreendentes. O timing é ótimo; nem muito lento, daqueles que podem dar sono e nem muito rápido, daqueles que você não consegue acompanhar.

Existem muitas questões sociais levantadas na série, as quais valem a pena ser pontuadas e analisadas, entre
relações familiares, ética e trabalho. Tudo isso envolto em um suspense bom. Aliás, se você curte suspense e drama, questões pra pensar e algo minimamente inteligente, pode ir sem medo em Os Favoritos de Midas. Contudo, vá sem esperar algo super cabeça, nem o melhor dos roteiros.

Espero realmente que se tiver segunda temporada, que mudem os personagens, e que deixem mais complexo. Nota 6.

Enfim, o trailer:

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Além disso, assista “Na Beira”:

 

Coreógrafo de Danças Urbanas e produtor cultural. Amante de K-pop e viciado em séries. Eterno estudante de marketing, linguagem corporal e inteligência social.

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Cinema

Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas, com Cida Bento e Daniel Munduruku | Assista aqui

Veja o filme que aborda ações afirmativas e o racismo na ciência num diálogo contundente

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Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku

Na última quinta-feira (23), fomos convidados para o evento de lançamento do curta-metragem Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku. Aconteceu no Museu da República, no Rio de Janeiro.

Após a exibição um relevante debate ocorreu. Com mediação de Thales Vieira, estiveram presentes Raika Moisés, gestora de divulgação científica do Instituto Serrapilheira; Luiz Augusto Campos, professor de Sociologia da UERJ e Carol Canegal, coordenadora de pesquisas no Observatório da Branquitude. Ynaê Lopes dos Santos e outros que estavam na plateia também acrescentaram reflexões sobre epistemicídio.

Futura série?

O filme é belo e necessário e mereceria virar uma série. A direção de Fábio Gregório é sensível, cria uma aura de terror, utilizando o cenário, e ao mesmo tempo de força, pelos personagens que se encontram e são iluminados como verdadeiros baluartes de um saber ancestral. Além disso, a direção de fotografia de Yago Nauan favorece a imponência daqueles sábios.

O roteiro de Aline Vieira, com argumento de Thales Vieira, é o fio condutor para os protagonistas brilharem. Cida Bento e Daniel Munduruku, uma mulher negra e um homem indígena, dialogam sobre o não-pertencimento naquele lugar, o prédio da São Francisco, Faculdade de Direito da USP. Um lugar opressor para negros, pobres e indígenas.

Jacinta

As falas de ambos são cheias de sabedoria e realidade, e é tudo verdade. Jacinta Maria de Santana, mulher negra que teve seu corpo embalsamado, exposto como curiosidade científica e usado em trotes estudantis no Largo São Francisco, é um dos exemplos citados. Obra de Amâncio de Carvalho, responsável por colocar o corpo ali e que é nome de rua e de uma sala na USP.

Aliás, esse filme vem de uma nova geração de conteúdo audiovisual voltado para um combate antirracista. É o tipo de trabalho para ser mostrado em escolas, como, por exemplo, o filme Rio, Negro.

Por fim, a parceria entre Alma Preta e o Observatório da Branquitude resultaram em uma obra pontual para o entendimento e a mudança da cultura brasileira.

Em seguida, assista Nenhum saber para trás:

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Andança – Os Encontros e as Memórias de Beth Carvalho | Crítica (viventeandante.com)

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