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Crítica

The Liberator | O primeiro episódio e as expectativas de Gianelli

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The Liberator

The Liberator é uma série baseada no livro de Alex Kershaw publicado em 2012. Tem direção de Grzegorz Jonkajtys, com roteiro do próprio Alex Kershaw e Jeb Stuart. Uma criação única da plataforma que utiliza Enhanced Hybrid Animation, que combina computação gráfica e filmagem live-action.

Belíssimo de se ver, com recursos bastante convenientes; aparentando de certa forma que estamos lendo um quadrinho ou recordando memórias. Aliás, a estréia no dia 11 de novembro é em comemoração ao Dia dos Veteranos de Guerra dos EUA, mas não retrata apenas tiros e conflitos bélicos.

Afinal, as cenas foram muito bem balanceadas; o aprofundamento de caráter se intercala com momentos de tensão. O foco principal é de questões raciais e hipocrisia do exército americano, em aceitar soldados de todo o país quando ainda havia em seu território segregação legal e discriminação aberta e invisibilizada pelas autoridades da época.

Medo

Vemos homens frágeis e com medo, por trás das máscaras polidas de masculinidade, enfrentando dificuldades em prestar o “serviço” de representar seu país numa guerra tão distante de seus lares.
A série retrata um destacamento que fora alocado na Sicília, Itália, por 500 dias.

Ver a série contar a história daqueles que lutaram na Segunda Guerra e que por muito tempo foram esquecidos, é de fato um motivo de alegria. Porém, não se pode esquecer que é feito para o público americano, cuja permissividade em relação aos fatos e como estes se deram, não costuma ser muito positiva; portanto podem existir algumas situações abrandadas ao longo dos episódios.

Com um primeiro episódio de pouco mais de 40 minutos, a série mostrou relativamente pouco. Apesar do título, “por que lutamos”, ainda não ficou tudo muito explícito. Espero que seja algo como retornar aos EUA e lutar ao lado dos homens que foram seus companheiros para que também recebam tratamento digno e tenham seus direitos garantidos como os cidadãos que em batalha foram.

Enfim, animada por seguir vendo esta animação e de quebra torcer por mais verdades históricas neste roteiro.

Por fim, o trailer:

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Além disso, assista “Na Beira”:

 

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Crítica

Crítica | One Piece, a série, primeira temporada na Netflix

Fidelidade e diversão

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crítica one piece é bom

“One Piece, a série” da Netflix é um live-action baseado no mangá de Eiichiro Oda, o qual é publicado desde julho de 1997 e segue até os dias de hoje com mais de 100 volumes. A obra original tem tradução para vários idiomas, além de ter uma adaptação de anime, vários filmes (como esse que vi e fiz a crítica), jogos e muito produtos como brinquedos, acessórios e muito mais.

A série da Netflix teve a difícil tarefa de tentar adaptar o primeiro grande arco desse mangá, East Blue, que compõe aproximadamente 12 volumes e algo em torno de 44 episódios e um pouco mais. Todos estavam preocupados em como seria feito o live action, pois “One Piece” não é somente um mangá de “luta”, nele há muita comédia onde seu criador não tem medo de fazer personagens bem típicos de cartoon, localizações incríveis ou malucas, onde tudo é uma grande aventura, cheia de descoberta e diversão.

Contudo, a série abraça lindamente toda essa “maluquice” que o mangá tem e proporciona, toda essa identidade de “One Piece”. Personagens com “cabelos de anime”, formas de lutas que não fazem sentido, mas que são “legais”. Tentando fazer um certo balanço entre live action e anime, mas sem nunca perder a identidade da obra.

One Piece: Ligações Perigosas

Uma coisa bem interessante da obra são as ligações no enredo. Para quem acompanha o anime e o mangá, como eu, sabe que Eiichiro Oda com o tempo fez vários retcons (continuidade retroativa, a alteração de fatos previamente estabelecidos na continuidade de uma obra ficcional). Não falo isso com se fosse um demérito, pois o autor sempre trabalhou duro para que tudo sempre pareça que foi pensado desde o início. Porém, o live action tem a vantagem de a obra original já ter mais de mil capítulos, ou seja, as ligações na obra tem a chance de serem melhor trabalhadas.

A qualidade do CGI não ser perfeita não é algo que incomoda, e nem é realmente algo negativo. Se você se abrir para toda a maluquice gostosa e aventura vibrante que “One Piece” tem para lhe oferecer, tudo acaba se encaixando e sendo gostoso de acompanhar.

A caracterização pode ser algo que causa um certo estranhamento num primeiro momento, mas quando esses personagens começam a interagir entre si, não causa nenhuma estranheza. O problema vem quando eles ficam em volta de ‘personagens normais”, como uma população, por exemplo. Isso acaba fazendo eles se destacarem como “uma pessoa fantasiada” e acaba, em alguns momentos, tirando você desse mundo imagético. O que me faz pensar se não era possível colocar, mesmo de fundo, um pouco mais de caracterização “anime” para não ficar tão gritante as diferenças de roupas que às vezes acabam tirando um pouco daquele mundo.

Fidelidade excessiva?

O que mais incomoda são as recriações as vezes fiéis até demais ao mangá. Não digo que isso seja ruim em si, mas poderia ser mais interessante em alguns momentos ver os personagens lutando de outras maneiras. A luta final do Luffy, por exemplo, acaba ficando mais cansativa e sinto que um pouco sem propósito de como acontece porque precisa terminar e ser o mais fiel possível ao mangá. Às vezes eles acertam, como em lutas do Zoro, mas em outras essa “cópia” do mangá acaba atrapalhando um pouco.

Além disso, fico feliz de ver que a série parece querer mostrar tudo o que a obra tem para falar. Questões como racismo, liberdade, governo corrupto, tudo isso e muito mais já começa a se mostrar desde o início da série. Coisa que o mangá só começa a trabalhar mais a fundo, por vezes, muitos arcos depois. “One Piece” é uma obra que tem muito a nos dizer, principalmente sobre preconceito, e, embora ainda tímido nessa primeira temporada, pelo menos já pudemos ter um vislumbre.

Em suma, “One Piece, a série” da Netflix se mostra muito interessante e bem divertida. Prova que é possível sim fazer uma boa adaptação de mangá/anime e como tudo fica bem melhor quando abraçamos a linguagem e a forma de contar história daquele outro país. Não tenha vergonha do “ridículo”, ridículo é tentar transformar tudo numa única forma de narrativa e caracterização. Quando abraçamos o outro, podemos tentar criar aventuras divertidas e gostosas de se acompanhar. Já estou curiosa para ver como vão adaptar a segunda temporada que foi confirmada.

Ademais, leia:
Dragon’s Dogma | Anime viaja pelos pecados capitais
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Crítica | ‘One Piece Film Red’ é bonito e impactante, entenda

Por fim, veja um clipe em animação que une Brasil e Cabo Verde:

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