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Cinema

Crítica | ‘X: A Marca da Morte’ instiga o espectador

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critica x a marca da morte por melissa pinto

X: A Marca da Morte, é um filme da produtora A24 (mesma de Tudo Em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo), dirigido por Ti West (de Hotel da Morte) com lançamento no dia 11 de agosto. Ainda por cima, há um filme prelúdio com lançamento previsto para setembro de 2022.

No longa, acompanhamos um grupo de atores pornô que vão para uma fazenda no Texas gravar. Lá, são recebidos por Howard, o idoso dono do local que mora com sua esposa, Pearl, que apesar de mostrarem um comportamento estranho, o grupo parece não se importar. Sem o consentimento do casal para as gravações do filme pornográfico, o grupo começa seu trabalho, porém Pearl começa a perseguir silenciosamente Maxine, uma das atrizes e protagonista principal do filme. De noite, um por um vai sumindo. Assim, eles irão descobrir que o casal estranho tem muito o que esconder.

O filme inicia mostrando o final, já vemos a propriedade com vários corpos espalhados, mas cobertos. Então voltamos 24h para ver o que aconteceu. De certa forma, sabemos o que vai acontecer só não sabemos com quem e como. Isso cria uma curiosidade. Vemos os protagonistas indo para a locação de seu filme de van, nos dando uma de suas referências como o Massacre da Serra Elétrica. Entretanto, não se deixe enganar, X está longe de ser uma simples cópia de qualquer um dos Slashers que referencia e vieram antes dele.

Paralelos e transições

X: A Marca da Morte utiliza do filme pornô para fazer vários paralelos, além de uma crítica óbvia ao conservadorismo cristão. A edição e montagem utilizam de técnicas e transições para transportar de uma cena para outra diversas sensações. Como a idosa dando limonada para a visita e acontece uma transição para a cena do filme pornô sendo gravado. Isso gera uma sensação de grotesco e algo assustador para a cena de Pearl dando limonada para Maxine, ajudando assim a criar a atmosfera do filme.

Apesar de demorar para começar a parte slasher, o desenvolvimento dos personagens é satisfatório ao ponto de fazer o espectador esquecer que quer ver como ocorreu a chacina. É eficiente como o roteiro dá tempo para descobrir mais de cada um, principalmente do par de idosos que quanto mais cenas aparecem, mais chamam atenção. Principalmente Pearl, que se mostra cria um interesse crescente no espectador. Aliás, não é à toa que o prelúdio irá focar nela. Vale ressaltar que tanto a protagonista (a mocinha principal), quanto a idosa Pearl são interpretadas pela mesma atriz, Mia Goth, em boa atuação.

As mortes conseguem ser criativas e muitas geram desconforto, mas não se destacam tanto quando comparadas a outros filmes do mesmo gênero. Enfim, X: A Marca da Morte mostra uma trama e personagens bem trabalhados, o que pode satisfazer ao público. Com sua edição e subtextos, o longa conta uma história que em um primeiro momento pode parecer simples, mas que intriga e instiga, principalmente por focar na história e montagem ao contrário das mortes. Coisa que geralmente é o inverso em filmes Slasher.

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Estudante de Cinema, editora de vídeo e formada em Design de Animação. Ama jogos, filmes, séries, quadrinhos, mangás, livros, não importa a mídia sempre procura histórias.

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Cinema

‘A Filha do Rei do Pântano’ tem fotografia eficiente em um suspense que começa bem

Daisy Ridley estrela

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crítica A Filha do Rei do Pântano da Diamond Films

“A Filha do Rei do Pântano” (The Marsh King’s Daughter), dirigido por Neil Burger e estrelado por Daisy Ridley (da última trilogia Star Wars) e Ben Mendelsohn, chega aos cinemas com grandes expectativas, especialmente devido ao seu elenco e à adaptação do best-seller homônimo de Karen Dionne. O filme começa prometendo oferecer uma experiência envolvente e sombria, mas, infelizmente, não consegue cumprir todas as suas promessas.

A princípio, o início, com a infância de Helena e sua relação com o pai é uma das primeiras coisas que se destacam em “A Filha do Rei do Pântano”. Cheguei a lembrar um pouco do bom “Um Lugar Bem Longe Daqui“, por ter essa questão familiar e uma jovem menina na natureza. Ambos são baseados em livros de sucesso. Contudo, enquanto “Um Lugar Bem Longe Daqui” oferece um roteiro bem amarrado que prende até o fim, com boas viradas, “A Filha do Rei do Pântano” vai se perdendo aos poucos, com alguns furos sem explicação como o que aconteceu com o trabalho da protagonista e os cúmplices do Rei do Pântano.

Aliás, veja o trailer de “A Filha do Rei do Pântano” em seguida, e continue lendo:

Entretanto, a fotografia de Alwin H. Küchler é uma virtude. As cenas noturnas são especialmente cativantes, capturando a atmosfera sombria e opressiva do pântano de forma impressionante. A paleta de cores utilizada ressalta a sensação de isolamento e perigo que permeia a trama, proporcionando um cenário visualmente impactante que contribui muito para o clima do filme. A cena onde Helena flutura num lago, e só vemos seu rosto, é linda. Assim como aquela que abre a película.

No entanto, apesar da beleza da cinematografia, as falhas e furos do roteiro prejudicam a narrativa. A premissa de uma mulher que precisa enfrentar seu passado sombrio para proteger sua filha é clássica, mas a execução deixa a desejar em vários momentos. A falta de desenvolvimento de certos personagens e subtramas deixa o espectador com perguntas não respondidas e cria um vazio na história que poderia ter sido melhor explorado.

Outro ponto que deixa a desejar é o final previsível. Desde o início, o destino de Helena (Daisy Ridley) parece traçado de forma óbvia, o que tira um pouco do impacto emocional que o filme poderia ter alcançado. A ausência de reviravoltas surpreendentes ou momentos verdadeiramente chocantes contribui para que a trama se torne previsível e, em última análise, menos satisfatória.

Daisy Ridley entrega uma atuação convincente como Helena, mas nada genial. Ben Mendelsohn está bem como o sinistro Rei do Pântano, principalmente no começo do filme. Além disso, a fofa Joey Carson como Marigold Pelletier cativa.

Em resumo, “A Filha do Rei do Pântano” é um filme que brilha em sua cinematografia, mas que peca em seu roteiro e na falta de surpresas em sua narrativa. Para os fãs do gênero suspense, pode valer a pena conferir pela atmosfera e a boa primeira metade, mas é importante se preparar para algumas decepções ao longo do caminho. O começo é bom, mas o final deixa um gosto amargo.

Por fim, o suspense de Neil Burger estrelado por Daisy Ridley e Ben Mendelsohn estreia nos cinemas em 28 de setembro.

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