Malária. Viajei lindamente nesse curta-metragem que é metalinguagem caprichada. É simplesmente genial com sua mescla de cinema e quadrinhos. Calma, não tem nada a ver com os filmes da Marvel e da DC. É outro patamar. Em cerca de 5 minutos ficamos presos na trama e na forma como Edson Oda escolheu para nos presentear.
O filme mistura diversas técnicas como origami, kirigami, ilustração nanquim, quadrinhos e time-lapse, tudo num clima de faroeste para contar a história de um homem que é contratado para matar… a morte.
No subtexto temos alguma filosofia sobre a importância da morte e também um encontro com o destino. Foi um prêmio poder ver essa impressionante obra no primeiro dia de 2021. Mas, será possível matar a morte?
O estilo faroeste com os cortes para os olhos dos personagens lembrou o grande clássico Três Homens em Conflito (The Good, The Bad and The Ugly), de 1966. A trilha sonora é ótima e casa com perfeição num final épico.
A voz de Antonio Morenco como Morte faz remeter imediatamente ao Cid Moreira, enquanto Rodrigo Araújo faz o mercenário Fabiano.
“Maldita Malária…”
A obra é de Edson Oda, roteirista e diretor nipo-brasileiro radicado em Los Angeles. Seu primeiro longa-metragem NINE DAYS, estrelado por Winston Duke, Zazie Beetz, Benedict Wong, Bill Skarsgard e Tony Hale, estreou no Sundance Film Festival 2020 (U.S. Dramatic Competition), ganhando o Walt Salt Screenwriting Award.
Enfim, veja o curta ‘Malária’ completo abaixo:
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