Texto escrito por Mariana Marques para o Vivente Andante
Na última sexta-feira (06), o Circo Voador, ícone da cultura carioca, transformou-se em um reduto de energia pulsante e inesquecível para os fãs da música underground. A banda paulista Rancore retornou aos palcos em grande estilo, trazendo novidades e contagiando a plateia, enquanto o Dead Fish reviveu a força de seu aclamado álbum Zero e Um.
Foi uma noite repleta de emoção, intensidade e momentos que ficarão marcados na memória de quem viveu a experiência.
A potência do Rancore
O Circo Voador ficou pequeno na noite da última sexta-feira (06). Retornando aos palcos após um período longe da estrada, a banda paulista Rancore incendiou o palco, tirando a plateia do chão ao som de seu novo single Pelejar.
O futuro papai Teco Martins (vocal), Candinho (guitarra), Caggegi (baixo) e Alê Iafelice (bateria), aqueceram o público para o que, mais tarde, seria um dos momentos históricos para a cena underground carioca.
Quem ainda não conhece toda a potência que o Rancore tem a oferecer, a gente traz um pouco – se é que palavras conseguem descrever – a vibração que o show dos caras emana: músicas como Mãe, 5:20 e Samba agitaram a galera, que cantava junto, estremecendo o Circo.
Após deixar o público em êxtase, a banda encerrou o show com a porrada Quarto Escuro, momento em que uma roda eletrizante se abriu.
Noite histórica: Dead Fish comemora 20 anos de ‘Zero e Um’
A noite estava só começando na Lapa, bairro mais boêmio do Rio. O público foi ao delírio assim que entrou no palco Rodrigo Lima, vocalista do Dead Fish, que começou relatando o motivo da criação da banda e sobre a tour em comemoração dos 20 anos de Zero e Um, álbum lançado em 2004.
A partir daí, no emblemático Circo Voador, centenas de pessoas tiveram a oportunidade de fazer parte de uma noite histórica, tanto para a banda, quanto para a cena underground carioca.
A Urgência abriu os trabalhos do que foi uma verdadeira avalanche de pessoas de todas as idades, moshando ou pulando do palco. Clássicos como Tão Iguais e Desencontros foram tocados, além de Bem-Vindo ao Clube, música que causou um estado eufórico na plateia , que subiu em peso ao palco.
Após tocar na íntegra Zero e Um, a banda, composta por Rodrigo Lima, Marcos Melloni, Ric Maestria e Igor Tsumaki, puseram o Circo abaixo, tocando sucessos de outros álbuns, como Adeus Adeus, do Labirinto da Memória (2024) em Escapando, do icônico Sonho Médio (1999)
Com Afasia, Dead Fish deixa o público com gostinho de quero mais e encerrou o show histórico no templo do rock carioca, o gigante Circo Voador.
Experiência cósmica
A opinião desta que vos escreve é: se não foi desta vez, em 2025, tão logo Dead Fish e Rancore anunciem show por terras cariocas, compareça e disfrute de uma experiência cósmica, pois a energia emanada pelo Circo Voador é inexplicável!