Desde sua estreia, Dragon Ball Daima desperta debates acalorados entre os fãs da franquia criada por Akira Toriyama. Com um começo quase chato, lembrando demais o polêmico Dragon Ball GT. Contudo, a série conseguiu unir elementos das sagas anteriores e adicionar um certo frescor narrativo, o que a torna, para muitos, uma sequência natural e digna de Dragon Ball Z. Mas o que faz Daima se destacar tanto e – talvez – merecer esse título?
Ao longo dos anos, Dragon Ball evoluiu significativamente, desde as aventuras leves e cômicas de Goku criança até as batalhas épicas e sinistras de Dragon Ball Z e Dragon Ball Super. Agora, Dragon Ball Daima resgata a essência das origens da franquia ao colocar Goku e seus amigos de volta à forma infantil. No entanto, isso não significa que a série perdeu seu tom sério e as lutas de alto nível. Apesar de ter sim muitos momentos engraçados, especialmente com Goku.
Com a ambientação no Reino dos Demônios, um território inexplorado dentro da mitologia de Dragon Ball, a série oferece um novo cenário para aventuras repletas de desafios. Em vez de enfrentar os deuses do universo, como em Super, Goku agora precisa lidar com forças ocultas e uma mitologia própria.
Toriyama
Um dos destaques de Dragon Ball Daima é a revitalização do design dos personagens. Akira Toriyama teve um envolvimento maior neste projeto do que em Dragon Ball Super, garantindo que o visual dos protagonistas e vilões tivesse um toque nostálgico, mas também inovador.
Goku, mesmo na forma infantil, tem novos trajes que trazem identidade própria à série. Além disso, a introdução de figuras como o Rei Demônio Gomah, Majin Duu, Majin Kuu e o enigmático Glorio adiciona diversidade ao universo da saga.
Ao longo da franquia, o Reino dos Demônios foi mencionado brevemente, mas nunca teve um papel relevante. Daima muda isso ao fazer desse mundo o cenário principal da trama, trazendo à tona novos desafios e mistérios. Esse conceito enriquece ainda mais o universo de Dragon Ball, que já explorou a Terra, o espaço e até outras dimensões.
Interações
Além das lutas, Dragon Ball sempre se destacou pela construção dos laços entre os personagens. Em Daima, vemos interações inéditas que aprofundam o desenvolvimento do elenco. O misterioso Glorio atua como guia de Goku e seus amigos, mas suas verdadeiras intenções ainda são incertas. Já Panzy, uma princesa do Reino dos Demônios, traz um espírito enérgico e cativante para o grupo.
Outro grande momento da série foi a introdução de Vegeta como Super Saiyan 3, algo inédito na franquia. O Príncipe dos Saiyajins sempre esteve um passo atrás de Goku em relação às transformações, mas agora, ele assume a forma com uma imponência que só seu orgulho poderia proporcionar. Em sua primeira aparição ele luta sem usar as mãos!
Ao contrário de muitos dos antagonistas anteriores, os inimigos de Daima não são apenas vilões genéricos. Majin Duu e Majin Kuu, por exemplo, apresentam um equilíbrio entre humor e ameaça real, tornando-os adversários memoráveis.
Além disso, a introdução dos Tamagamis, guardiões dos Dragões do Reino dos Demônios, traz grandes batalhas que elevam a qualidade da série. A luta de Vegeta contra Tamagami Número Dois foi um dos momentos mais marcantes da série, mostrando sua arrogância característica e domínio da nova transformação.
O futuro de Dragon Ball com Daima
Embora Dragon Ball Daima tenha sido inicialmente recebido com ceticismo por parte dos fãs (inclusive por nós aqui do Vivente Andante), a série vem provando seu valor ao unir nostalgia, inovações e um tom único dentro da franquia.
Com um visual caprichado, uma boa narrativa e divertidos personagens, Daima se consolida como uma continuação que respeita o legado do excelente Dragon Ball Z enquanto abre caminho para novas aventuras. Se será realmante um anime aclamado como um sucessor digno, só o tempo dirá, mas até agora, tem se mostrado uma boa aposta.
Siga-nos e confira outras dicas em @viventeandante e no nosso canal de whatsapp !