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Entre Dois Mundos
CinemaCrítica

Crítica: Entre Dois Mundos tem Juliette Binoche em MORNO drama

Por
André Quental Sanchez
Última Atualização 26 de maio de 2025
5 Min Leitura
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Dirigido por Emmanuel Carrère, Entre Dois Mundos é uma história que nunca decola sobre aquelas que não damos voz

Baseado no trabalho documental da jornalista francesa Florence Aubenas e seu livro A Faxineira (2010, Florence Aubenas), Entre Dois Mundos, ou Ouistreham no original, retrata a vida de Marianne Winckler, Juliette Binoche, uma escritora que se infiltra no trabalho precarizado com a intenção de registrar e investigar as condições da classe trabalhadora no norte da França. Adotando esta persona, Marianne constrói amizades e laços de harmonia com faxineiras, conhecendo em primeira mão a difícil realidade que elas vivem, porém, com o tempo, entra em conflito com sua decisão de levar em frente este “estudo social” que engana a todos, incluindo Christèle, sua melhor amiga no trabalho.

Confira abaixo o trailer de Entre Dois Mundos e continue lendo a crítica

Da mesma forma que grandes movimentos cinematográficos da década de 50 e 60, com exceção de Binoche, todos os atores de Entre Dois Mundos, são amadores ou não apresentam histórico prévio de atuação, trazendo uma maior empatia e proximidade para estas mulheres e homens que vivem nestas situações de precaridade, porém, que ainda acham circunstâncias para encontrarem seus momentos de felicidade.

Entre Dois Mundos é um filme morno, não apresentando grandes reviravoltas ou clímaxes. Assim, o ponto alto da produção seriam os não atores, e o seu olhar mais humanizado, e verossímil, para aquela situação. Binoche não é uma salvadora como a personagem de Emma Stone em Histórias Cruzadas (Tate Taylor, 2011), ela atua como o ponto de vista do observador e quase como alguém externo, principalmente se considerarmos que ela é uma intrusa no meio, porém, apesar de destacar a vida de Christèle, seria interessante sabermos da vida de mais funcionárias, além de uma informação ou outra sobre Marilou e Justine, afinal, estas mulheres são as verdadeiras protagonistas.

Entre Dois Mundos

Hélène Lambert e Juliette Binoche em cena de Entre Dois Mundos- Divulgação Pandora

Entre Dois Mundos apresenta como objetivo tirar um preconceito social que tendemos a fazer para estas funcionárias terceirizadas, sejam as faxineiras da balsa, ou em maior escala as empregadas que trabalham em tantas casas pelo mundo, porém, ao escolher Marianne como ponto de vista principal, apesar de Christèle ter uma história tão mais interessante, sendo até mesmo a primeira personagem a ser apresentada, é uma questão que enfraquece a produção como um todo.

A direção de Emmanuel Carrère nunca vai para a militância, ao mesmo tempo que não fica somente no superficial, mostrando os impactos e dificuldades destas trabalhadoras terceirizadas, porém, ao optar por ficar em cima do muro e construir um retrato “seco”, ao invés de beber dos kitchen sink dramas do começo dos anos 60, a produção fica vazia, sendo fofo e confortável demais para gerar um impacto a longo prazo, e se recusando a ultrapassar qualquer limite.

Entre Dois Mundos apresenta uma fotografia bem planejada, um roteiro simples e uma Juliette Binoche estonteante como sempre, carregando a produção com muito carisma, porém, não deixo de pensar as oportunidades perdidas caso forçassem um pouco mais. Até mesmo o final em que Marianne aceita seu papel de classe, não impacta tanto quanto deveria, afinal, apesar de ter sido aceita e aclamada por aquelas que enganou, suas amigas mais próximas não a aceitam, deixando este fato para somente a última cena, é tão impactante quanto vazio, podendo ter sido explorado melhor caso tivéssemos mais tempo para absorver esta situação.

Entre Dois Mundos

Juliette Binoche em cena de Entre Dois Mundos- Divulgação Pandora

Entre Dois Mundos é uma distribuição da Pandora Filmes e estreia nos cinemas no dia 29 de Maio de 2025.

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Tags:Cinemacinema francêscrítica entre dois mundosentre dois mundosjuliette binochepandora filmes
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