Balla e os Cristais são da nova geração do rock brasileiro. Clique acima e ouça esse papo engraçado que tiveram com o jornalista Alvaro Tallarico. Falaram do urbanismo do seu som e o foco de usar a música para transformar. O grupo preza por uma força melódica, letras e canções que criticam os problemas da sociedade. Ou seja, nada de música boba e besteirol, apesar da clara e carismática irreverência que a galera tem.
“Não estão esperando a primeira música quando falamos vocês são todos idiotas”
Eles afirmam que a música é uma arte que se completa no outro e buscam ter sempre coragem de botar a cara pelo que acreditam, assumem que querem incomodar, provocar reflexão. Na internet, eles tem uma boa versão de “Comportamento Geral”, do genial Gonzaguinha. Além disso, há outras boas composições próprias do grupo como “Fala, Quer Invadir”; “Balla e os Cristais da Decepção Matando Moinhos de Vento”; “Canta”; e outras.
“O samba é nosso, a gíria que nosso povo criou a cidade aceitou e usou. A cultura que a gente vive aqui é a da favela, a favela do Brasil, o samba, o baião”
“Salve Vila Isabel, Grajaú”, disseram
Durante seus shows o grupo faz diversas piadas entre si, entretendo o público além da música. Erick Ferreira no baixo, além de alívio cômico, não deixa a peteca cair, dando uma base bonita. Rafael Balla é aquele vocalista de rock num estilo psicodélico de terno. Em verdade, a banda costuma entrar com o pé na porta, exclamando “Vocês São Todos Idiotas”, uma autoral que já mostra personalidade.
“Em breve, Balla e os Cristais no Tinder, para levantar o marketing”
Além disso, o single autoral “Andam Dizendo” tem estilo e pegada. Brunno Martins na guitarra é elétrico e na cozinha, Gustavo Almeida segura a onda na bateria. Afinal, é rock de fazer balançar a cabeça. A banda parece ter a ideia de transformar e fazer música de qualidade – se divertindo durante o processo. “Me sinto na Matrix, desviando de raio laser”, disse Rafael Balla. A entrevista foi gravada no meio da rua, combinando com o rock urbano que fazem e a risadaria rolou solta durante a entrevista, gravada logo após um show que fizeram no Pub Panqss, em Botafogo. Enfim, juntamente com a irreverência, a conversa era sempre pontuada por críticas sociais e reflexões sobre arte e transformação.
“A gente não é uma banda punk.. talvez punk dançante”
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Créditos do Podcast Vivente Andante:
// Apresentação e roteiro: Alvaro Tallarico // Edição: Fachal Júnior // Siga @viventeandante no Instagram e no Twitter // No Facebook: facebook.com/viventeandante //