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Cultura

Projeto @rua realiza exposição online e gratuita de fotografia urbana

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Thais Alvarenga fotografia urbana

O projeto @rua promoverá, entre os dias 25 de janeiro e 28 de fevereiro de 2021, uma exposição de fotografia urbana dos artistas Aleta Valente, Luiz Baltar, Thaís Alvarenga, Sallisa Rosa e Ratão Diniz. A princípio, a mostra será totalmente virtual, pela rede social Instagram, de acesso livre e gratuito. Os artistas serão responsáveis pela realização de registros nas ruas do Rio de Janeiro. Os cinco têm suas trajetórias fundamentadas na reflexão sobre a coletividade e o espaço público. E o público também poderá participar, oferecendo sua própria perspectiva da cidade.

Para @rua, cada fotógrafo convidado vai expor seu trabalho no perfil oficial do projeto, https://www.instagram.com/____r_u_a/, por uma semana. Dessa forma, teremos cinco semanas de intensa troca com o público, que terá a oportunidade de interagir por meio das hashtags #aRuaNoRio e #ProjetoaRua. Fotos postadas com as hashtags poderão ser incluídas na exposição. Por fim, para provocar o espectador, o projeto questiona e propõe pensamentos sobre o uso do espaço público, mais especificamente da rua:

O QUE É A RUA?

ONDE COMEÇA A RUA?

ATÉ ONDE VAI A RUA?

QUEM É DA RUA?

A RUA É DE QUEM?

O QUE É DA RUA?

QUE RUA QUEREMOS?

Cura

A curadoria de @rua é de Rony Maltz, artista visual e professor, mestre em Fotografia pelo ICP-Bard College (NY) e doutorando na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde desenvolve pesquisa sobre fotografia. De acordo com Maltz, @rua não é um projeto de documentação, no sentido de querer revelar e arquivar todas as feições da cidade.

Segundo o curador, o objetivo da mostra é imaginar – transformar em imagens – as cidades invisíveis e invisibilizadas, que só aparecem quando se olha de perto, no nível pedestre; as cidades que brotam nas brechas, das frestas, de personagens esquecidos e paisagens não cantadas pela bossa nova. “Não estamos atrás das grandes pautas, da cidade-monumento, famosa e espetacular, pelo contrário; buscamos as ‘pedrinhas miúdas’, como diz o historiador Luiz Antônio Simas: as histórias e imagens periféricas, que escapam das narrativas hegemônicas.”

Disputas

Quanto à realização da mostra durante a pandemia do Coronavírus, Maltz explica que se a rua já era um espaço de disputas antes do isolamento social, ela agora corporifica o risco invisível da Covid -19. “A pandemia mudou as dinâmicas da rua, e será interessante ver como isso se reflete no trabalho dos fotógrafos. Cada um terá liberdade total para determinar a pauta e planejar o seu próprio roteiro, e todos seguirão as recomendações dos órgãos de saúde competentes para a sua proteção pessoal e de terceiros. Assim, as limitações impostas à circulação e à atuação do fotógrafo (ou à de qualquer cidadão) na rua vão se revelar inevitavelmente no resultado do projeto, servindo também como registro desse momento ímpar que atravessamos.”

Ao final da intervenção acontece um bate-papo online com dois dos cinco fotógrafos e o curador Rony Maltz. O evento contará com a participação do público. O projeto também prevê uma projeção online (fotocineclube) com algumas das fotografias da exposição. O projeto @rua tem patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal, através do prêmio Fomento a Todas as Artes da Lei Aldir Blanc.

Fotógrafos convidados

Aleta Valente

é artista brasileira cria de Bangu, com passagem pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage e pela UFRJ. A partir de sua personagem no Instagram (@ex_miss_febem3), Aleta divulga autorretratos e imagens que evidenciam sua relação com a periferia, questionando a violência e a construção midiática da mulher na sociedade. Com uma potente e irônica reflexão acerca do regime de circulação de imagens, a artista utiliza ferramentas ao alcance das mãos para desenvolver os multipapeis de produtora, editora e distribuidora de sua produção. + @ex_miss_febem_

Luiz Baltar

é formado em fotografia pela Escola de Fotógrafos Populares/ Imagens do Povo, pós graduado com especialização em fotografia e imagens pela Universidade Cândido Mendes e mestrando do programa de pós graduação em Artes Visuais da EBA/UFRJ. Desenvolve projetos que estabelecem diálogos entre fotografia e questões sociais, sobretudo no que diz respeito ao olhar sobre a cidade.Foi vencedor dos prêmios FotoRio – Leitura de Portfólio (2015), Brasil Fotografia(2016) e Fundação Conrado Wessel (2016). + luizbaltar.com.br

Thaís Alvarenga

é formada em fotografia pela Escola de Fotógrafos Populares/ Imagens do Povo. Desde 2012, vem documentando progressivamente sua região, aVila Kennedy, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Também realiza atividades como comunicadora e educadora popular no bairro. Faz parte dos coletivos “Favela em foco”, “Coletivo rua”, “Zona Onírica”, “Coletivo Negras [Fotos] Grafias”. É idealizadora do projeto “Vivência das Manas”, que foca no empoderamento de meninas por meio da arte. + @thaisalvarengaaa

Sallisa Rosa

é artista visual, mestre em criação e produção de conteúdo audiovisual pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em seu trabalho, usa fotografia, vídeo e outras estratégias para investigar a própria identidade e o universo feminino a partir de uma abordagem intuitiva de suas experiências na cidade.

Natural de Goiânia, desde 2016 vive em uma comunidade urbana formada por indígenas de diferentes origens no Rio de Janeiro. Realizou a ação Horta de mandioca para o programa Bolsa Pampulha 2018/2019, defendendo a revalorização de culturas ancestrais contra o esgotamento de sentidos do mundo globalizado. Participou de exposições como Histórias feministas: artistas após 2000 (2019), no Masp, e Vaivém (2019), no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (ccbb-rj). + @sallisarosa

Ratão Diniz

é fotógrafo com formação pela Escola de Fotógrafos Populares, em 2004, e integrante da agência Imagens do Povo até 2014. Realiza um trabalho permanente de documentação das favelas do Rio de Janeiro, que se estende às periferias de todo o Brasil, com ênfase em festas populares, no povo que vive no interior do país e no movimento grafite, movido pelo desejo de revelar imagens que traduzam a beleza e a resistência desses espaços afetivos. É autor do livro Em Foto (Mórula, 2014). + https://rataodiniz.46graus.com/

Rony Maltz (curador)

é artista visual e professor, doutorando em Linguagens Visuais pela EBA/UFRJ e Mestre em Fotografia pelo ICP-Bard College. Criou a {Lp}press, editora especializada em livros de fotografias. Curador, com Leandro Pimentel, da exposição de LIVRO LIVRE, em Arles, na França, em 2019. Produtor da Feira URCA de Fotolivros de 2014 a 2018, e curador das exposições O Erro, a Rua e {Livros Possíveis}, no Ateliê da Imagem. Enfim, atualmente é editor-assistente da Revista ZUM, do Instituto Moreira Salles. + lppress.org

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Fotografação | CRÍTICA
Um fotógrafo e seu Rio de Janeiro
A fotografia e a alucinação do artista

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Cinema

Mostra Move Concreto! Dança e Documentário abre convocatória

De 06 a 19 de maio, evento recebe inscrições de filmes para compor a sua programação.

Publicado

em

LaPipa.

A dança unida ao documentário pode trazer diferentes reflexões sobre as produções de dança no país. Pode ser também um material educacional, ampliador de conhecimentos, performativo e gerador de novos desejos em relação a como se cria e se fala sobre a dança atualmente. Estes são os pontos de partida para a realização da mostra Move Concreto! Dança e documentário, que vai contar com documentários de dança, videodanças como registro histórico, documentários em que a dança é a protagonista das ideias e discussões.

A convocatória para composição da mostra vai receber inscrições de 06 a 19 de maio para seleção de 05 filmes – longas, médias ou curta metragens. As inscrições devem ser feitas através de formulário disponível no perfil do instagram @gcontemporaneodedancalivre.

Festival.
Foto: Divulgação.

Sobre o festival

Realizado pelo Grupo Contemporâneo de Dança Livre através do patrocínio do Fundo Municipal de Incentivo à Cultura de Contagem – Edital Movimenta Multilinguagens, o evento acontecerá de forma presencial e online em agosto de 2024. “A mostra Move Concreto! Dança e documentário se baseia na compreensão da videodança como um campo híbrido que busca a exploração do corpo em relação aos dispositivos técnicos, o espaço, o tempo e o movimento. Nessa perspectiva, busca-se por trabalhos que não sejam mera transposição da dança do palco para as telas, mas que a construção seja dentro das especificidades e possibilidades do campo, como nas relações entre corpo/câmera/edição”, explica, assim, Duna Dias, curadora da Mostra ao lado de Leonardo Augusto.

Poderão se inscrever, portanto, realizadores de todo o Brasil com idade acima de 18 anos. Cada proponente poderá apresentar até 2 filmes, sem limite de ano de realização e de tempo de duração. Os trabalhos devem ter relações com a linguagem documental – dança como documento, entrevistas, videodança documental e suas múltiplas variações dentro da união entre dança e documentário. Cada filme selecionado receberá um cachê para exibição no valor de R$ 800,00. Os filmes escolhidos serão divulgados até o final do mês de junho de 2024.

Serviço

CONVOCATÓRIA MOSTRA MOVE CONCRETO! DANÇA E DOCUMENTÁRIO

Período: 06 a 19 de maio de 2024

Local: através de formulário disponível no perfil do instagram @gcontemporaneodedancalivre

Inscrições gratuitas

A saber, quaisquer dúvidas ou esclarecimentos são através do e-mail: moveconcreto@gmail.com.

POR FIM, LEIA MAIS:

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