Segundo informações fornecidas pelo IBGE e pelo Ministério do Trabalho e Previdência, no primeiro semestre de 2023, o segmento de eventos, shows e entretenimento registrou um aumento significativo de 42,3% em comparação ao ano anterior. Adicionalmente, foram criadas 12.438 novas oportunidades de trabalho, resultando em uma folha salarial total de R$ 71,8 bilhões. O setor também alcançou um faturamento anual de aproximadamente R$ 291,1 bilhões, representando 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Esses números refletem a completa retomada do setor em 2023, gerando expectativas otimistas para o ano seguinte. Jorge Reis, CEO da Eventim no Brasil, a segunda maior empresa global em venda de ingressos, destaca algumas das principais tendências previstas para os próximos doze meses.
“O setor vai precisar se adaptar, principalmente em aspectos relacionados à maior influência de eventos climáticos extremos como ondas de calor e tempestades no Brasil. Com grandes apresentações, vimos os problemas recorrentes aos golpes. Para 2024, vamos continuar ressaltando os cuidados que devem ser tomados com seus ingressos, como a não divulgação em suas redes sociais e a importância de mantê-los guardados em local seguro”, completa.
Tudo indica que o setor de entretenimento continuará em alta. A princípio, com destaque para a categoria de espetáculos musicais. Dois anos após a pandemia, o público deseja curtir shows presenciais, e outra tendência para 2024 é uma ênfase em turnês de artistas brasileiros. A música nacional retoma o gosto do público para o próximo ano e veremos esse crescente acontecer.
Além disso, as exposições e apresentações teatrais seguem acontecendo e conquistando pouco a pouco o público das cidades.
“Em todo o mundo os fãs anseiam por conhecer de perto suas bandas e artistas favoritos, após este período onde eventos assim não poderiam acontecer, o público está ainda mais ávido por experiências presenciais e com isso continuará forte seguindo a tendência mundial do engajamento do público”, pontua o CEO.
Um ponto importante para ser ressaltado, é que o hub de entretenimento gira em uma economia que vai muito além da venda de ingressos. “Já vendemos para eventos onde mais de 70% dos compradores são de fora da cidade onde o mesmo ocorre. Uma outra grande apresentação neste ano teve a compra de clientes de 54 países, por exemplo”, explica Reis. Este deslocamento estimula a economia e a geração de empregos em vários outros setores como hotelaria, restaurantes, transporte. Um estudo recente da ESPM para a cidade de São Paulo mostrou que para cada R? 1,oo do valor do ingresso são gerados mais R? 5,90 de retorno econômico indireto.
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