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Extermínio: A Evolução
CinemaCrítica

Crítica: Extermínio: A Evolução é uma linda poesia do horror

Por
André Quental Sanchez
Última Atualização 17 de junho de 2025
6 Min Leitura
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Dirigido por Danny Boyle, Extermínio: A Evolução continua a franquia após quase 20 anos em hiato, e não decepciona ao evoluir sua temática e narrativa

Idealizada por Danny Boyle e Alex Garland, a franquia Extermínio teve seu início em 2002, marcando um renascimento para os filmes de zumbis ao se influenciar em produções como A Noite dos Mortos Vivos (1968, George A. Romero), porém, mudando a visão sobre o zumbi em si, tornando-o uma ameaça mais significante e trazendo uma narrativa potente em que se conta uma história de sobrevivência centrada em famílias, e muito mais do que isso, no amor entre seres humanos.

Seu impacto foi tão grande que originou uma nova onda de filmes de zumbis, até cômicos como Todo Mundo Quase Morto (2004, Edgar Wright), e muito além disso, o cinema de horror como um todo foi alterado, na medida que a produção destaca a capacidade cinematográfica de transmitir analogias políticas e sociais, sem deixar de lado a beleza e a sensibilidade que a sétima arte permite em toda a sua grandeza, desde a cinematografia exemplar de vazio e plenitude, até a trilha sonora minimalista de John Murphy, que realmente segura o espectador e transmite uma agonia necessária para a produção.

Apesar de sua sequência, Extermínio 2 (2007, Juan Carlos Fresnadillo), ser considerada inferior ao predecessor, ela continuou a história e o tema familiar, sendo ainda mais frenética e tensa do que a produção de Danny Boyle, porém, após o lançamento, a franquia entrou em hibernação por conta de diversos conflitos internos, até ser ressuscitada com Extermínio: A Evolução, apesar da demora, ela valeu muito a pena.

Confira abaixo o trailer de Extermínio: A Evolução e continue lendo a crítica

Dirigido novamente por Danny Boyle, Extermínio: A Evolução funciona tanto como a continuação da franquia, quanto como um filme independente, e inevitavelmente como o começo de uma nova trilogia. Ao contar a história do jovem Spike, Alfie Williams, e sua busca no infestado continente por uma cura para a doença de sua mãe, a produção mantém a temática da família, porém, a expande de maneiras poéticas e extremamente lúdicas por conta de uma narrativa que não pode ser considerada original, porém, é feita com louvor.

Extermínio: A Evolução

Cena de Extermínio: A Evolução- Copyright 2024 CTMG, Inc. All Rights Reserved.

Apesar de algumas cenas de tensão, este é o filme da franquia que menos foca no horror em si, dando lugar à jornada de amadurecimento de um jovem buscando salvar a mãe, e lutando contra vários infestados no caminho, porém, da mesma forma que a humanidade se adaptou, os infestados também construíram uma sociedade, algo que me remeteu inclusive à Army of the Dead: Invasão em Las Vegas (2021, Zack Snyder), mas, graças aos céus, com muito mais bom senso e beleza artística.

Os infestados da produção remetem desde aos humanos perdidos em O Planeta dos Macacos (1968, Franklin J. Schaffner), apresentando resquícios de humanidade, principalmente na passagem do segundo para o terceiro ato com uma das cenas mais lindas de toda produção, e acredito que da franquia, sem a utilização de uma fala sequer, somente com muito sentimento e amor, algo que, ironicamente, o filme está recheado.

É difícil falar deste filme sem entregar a sua narrativa, além do mais pelo fato de ela ser simplista, e já termos visto a sua temática diversas vezes ao longo dos anos. Em 2002, Extermínio foi revolucionário, porém, após 23 anos e mais produções sobre zumbis do que podemos contar, incluindo uma série longeva como The Walking Dead (2010, Robert Kirkman), era necessário algo inovador para ainda manter a atenção do público, algo entregue pela dupla Boyle e Garland por meio de sua poesia.

Extermínio: A Evolução

Ralph Fiennes em Extermínio: A Evolução- Copyright 2024 CTMG, Inc. All Rights Reserved.

Segundo o Dicio, dicionário Online de Português, poesia é uma característica que se define pela beleza e pela sensibilidade, já o modo como isso é utilizado em Extermínio: A Evolução, é algo indescritível. Seja nas sutilezas do roteiro de Alex Garland, que constrói diálogos transcendentais e extremamente emocionantes, ou da Mise en scène que inclui imagens dignas de serem quadros na parede, realizando algo semelhante ao visto em Nosferatu (2024, Robert Eggers), em que a beleza é encontrada por meio do gore, e do macabro, sendo esta beleza algo marcante e inesquecível, que jamais morrerá, em outras palavras, um belo ode à morte e à vida, relembrando memento mori.

Apesar de desvincular um pouco do horror que a originou, Extermínio: A Evolução é um sucessor digno, mantendo sua temática e narrativa e evoluindo juntamente com os infestados. Para os amantes de terror e da franquia como um todo, o filme não irá decepcionar.

Extermínio: A Evolução é uma distribuição Columbia Pictures e estreia nos cinemas nacionais no dia 19 de Junho, já com algumas sessões especiais no dia 18.

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Tags:Alex GarlandCinemacríticaCrítica Extermínio A EvoluçãoDanny BoyleExtermínioExtermínio A Evoluçãopoesiaterrorzumbi
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