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CinemaCrítica

Crítica: Prédio Vazio é um filme surpreendente do sucessor de Zé do Caixão

Por
André Quental Sanchez
Última Atualização 11 de junho de 2025
6 Min Leitura
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Dirigido por Rodrigo Aragão, Prédio Vazio apresenta uma composição tão absurda, que nada mais podemos fazer além de aceitar e levar

Dentro do cinema, existem filmes e filmes, não a toa existem variações como cinema de blockbuster, cinema independente, cinema de gênero, cinema experimental, entre outras questões. Quando se analisa uma produção com intuito crítico, principalmente uma nacional, antes de tudo deve-se entender o espaço que ela ocupa dentro da “máquina artística e capitalista” que é o cinema, pois, além do fato de ser uma expressão artística e cultural importantíssima para o país, e que movimenta milhões de empregos todo mês, não se pode negar o fato que ela é sim movida pelo capital.

No caso de Prédio Vazio, alguns fatos devem ser levantados logo de inicio: é uma produção extremamente independente, do mesmo modo que outras produções de Rodrigo Aragão, por conta disso, questões técnicas deixam sim muito a desejar, como direção de arte que permite que até mesmo a bagunça seja “organizada demais” e a mise-en-scène, em alguns momentos, aparenta ter saído direto de um filme universitário, relembrando os filmes de baixo orçamento presentes na época da Boca do Lixo.

Confira abaixo o trailer de Prédio Vazio e continue lendo a crítica

Comentando sobre a Boca do Lixo, não podemos deixar de destacar o seu maior nome: José Mojica Marins, o Zé do Caixão. Suas produções como À Meia Noite Levarei a Sua Alma (1964, José Mojica Marins) e Esta Noite Encarnarei o Teu Cadáver (1967, José Mojica Marins), não são nenhuma glória técnica ou de história, porém, o clima construído em cima de seus personagens moldaram o cinema de horror nacional subsequente, permitindo que sua cinematografia se tornasse eterna, sendo cultuado e admirada até os dias de hoje, não somente no Brasil, mas, também no exterior.

Prédio Vazio

Cena de Prédio Vazio-Divulgação Retrato Filmes

Rodrigo Aragão é considerado o sucessor de Mojica, por conta do modo que constrói seu clima. Na superfície, Prédio Vazio conta a história de uma jovem e seu namorado, que entram em um prédio abandonado em busca da mãe da garota. Em sua primeira abordagem na cidade grande, Aragão constrói uma crítica, mais literal impossível, sobre os prédios que somente se enchem durante feriados de temporada, como o Carnaval, e ficam vazios o resto do ano, algo discutido alegoricamente por meio dos fantasmas do edifício, e pelo prédio de efeitos visuais, nitidamente falso.

Apesar de ter todas as boas intenções, Prédio Vazio é um filme que testa a paciência do espectador, aqueles que forem esperando um horror psicológico como Medusa (2021, Anita Rocha da Silveira), ou até algo mais sério como Abraço de Mãe (2024, Cristian Ponce), sairão decepcionados. Com uma quantidade enorme de sangue falso que surge com a menor dos machucados, um roteiro que tem prazer em ser irreal nos seus diálogos, e incoerências narrativas que não levam o filme a lugar nenhum, o público pode facilmente perder o interesse.

Duas coisas seguram o filme: Gilda Nomacce definitivamente é uma delas. A atriz que já se tornou a musa do horror nacional, consegue roubar todas as cenas que se encontra, e mesmo nos momentos mais absurdos, consegue trazer veracidade para suas ações, algo que em comparação falta muito na produção como um todo. Personagens somem do nada, não apresentam arcos bem definidos, e somente são jogados nas situações, sem necessidade de explicação, porém, com uma atriz como Gilda roubando o holofote, tudo fica mais divertido.

Em seguida, Prédio Vazio ganha crédito por não ser nada mais do que um entretenimento de terror, mesmo com todos os problemas técnicos, de ritmo, de roteiro, e momentos cômicos que não acertam o pouso, a produção constrói um clima que imerge o público dentro desta “falsidade”. No universo construído por Aragão, nada faz sentido, assim, não existe motivo para o espectador buscar também.

Prédio Vazio

Lorena Corrêa em Prédio Vazio-Divulgação Retrato Filmes

É muito fácil sair insatisfeito com uma produção como Prédio Vazio, afinal, ela aparenta ter saído direto do cinema marginal brasileiro, tanto em caráter técnico quanto narrativo, e apesar de ser um filme que não irá atrair as grandes massas, para os amantes do gênero, é uma rápida diversão absurda para desligar o cérebro rapidamente e desfrutar de uma maquiagem fantasmagórica de destaque, as referências ao cinema de horror japonês como Junji Ito, principalmente no design de seus fantasmas, e as homenagens ao cinema de horror de Dario Argento, sem a intenção de algo muito profundo ou poético.

Com distribuição da Retrato Filmes, Prédio Vazio estreia nos cinemas no dia 12 de Junho de 2025.

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Tags:Cinemacinema brasileirocinema nacionalcomédiacríticaCrítica Prédio VazioEfeitos PráticosGilda NomaccehorrorPrédio VazioRodrigo Aragãoterror
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