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O Faixa-Preta: a verdadeira história de Fernando Tererê | Confira uma entrevista com o atleta Rodolfo Barcellos sobre jiu-jitsu e o filme

Filme retrata a reinvenção de um dos maiores atletas da história do jiu-jitsu

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faixa preta fernando terere

O Faixa-Preta: a verdadeira história de Fernando Tererê retrata as conquistas, a reinvenção e reconsagração de um dos maiores atletas da história do jiu-jitsu. A produção, lançamento da HBO Max, conta a jornada de Fernando Tererê, interpretado por Raphael Logam.

A princípio, traz desde os primeiros passos até as grandes vitórias, mostrando as adversidades que o lutador enfrentou ao longo de sua história, o vício em drogas, e a superação.

Aliás, se liga no trailer de O Faixa-Preta: a verdadeira história de Fernando Tererê, e siga lendo:

Para o também atleta Rodolfo Barcellos, tricampeão mundial de Grappling WTKA, bicampeão do NAGA (North American Grappling Association), tricampeão da CONFBEC e campeão sulamericano WTKA, CBJJE e do São Paulo Open CBJJE, o longa é uma lição de vida.

“Como atleta, fiquei impressionado como o jiu-jítsu acaba se tornando ferramenta poderosa para te dar oportunidades na vida e desenvolvimento pessoal, além da capacidade que o esporte tem de curar o corpo e a mente”, disse Rodolfo.

Ele busca integrar o jiu-jitsu como uma ferramenta de desenvolvimento integral, ministrando aulas para turmas de formação de policiais de Nova York e do Estado de São Paulo. Em seguida, Barcellos dá sua opinião sobre o filme e a arte marcial.

Como o filme te impactou sob a perspectiva de atleta?

Rodolfo Barcellos (RB): A obra reforçou ainda mais a minha perceção do quanto o jiu-jitsu pode ser uma ferramenta valiosa para curar problemas emocionais, ajudando a reduzir a ansiedade, o estresse e a depressão, além de desenvolver a autoconfiança, a autoestima e a resiliência emocional. Através da prática regular, o praticante pode encontrar uma comunidade solidária e uma fonte de apoio emocional, criando um ambiente de cura e crescimento pessoal.

O jiu-jitsu foi uma ferramenta de inclusão para o Tererê e é para inúmeros jovens no Brasil. Por que o esporte tem esse poder de transformação?

RB: O jiu-jitsu é um esporte que une pessoas de diferentes classes sociais, raciais e econômicas, com seu poder de viver o verdadeiro brazilian jiu-jitsu lifestyle, carregando os fundamentos do esporte para a vida, transformando a vida em seu tatame de luta, além de se desenvolver pessoalmente, conquistando lugares inimagináveis e transformando a sua vida dentro e fora do tatame.

Pós-pandemia temas relacionados à saúde mental entraram em debate. E foi esse o maior inimigo do Tererê. Como um atleta deve cuidar desse campo? Ele faz diferença no resultado?

RB: No jiu-jitsu, assim como em qualquer outra arte marcial, o fator mental é 90% de sua capacidade de realização, sendo assim imprescindível para o atleta manter esse treinamento mental diariamente. Inclusive, existem diversos estudos sobre psicologia esportiva, que mostra a importância da inteligência emocional para a performance do atleta.

Como o jiu-jitsu pode ajudar no equilíbrio entre a saúde física e mental?

RB: A arte marcial nos mostra um caminho, com suas doutrinas e filosofias que trabalham essa parte entre os dois lados do atleta, o físico e o mental, reforçando que ambos caminham em conjunto para o propósito da arte.

Qual o papel do jiu-jitsu no processo de recuperação do Tererê?

RB: O jiujitsu é uma arte marcial que conecta pessoas sem conexão sanguínea como uma família e é isso que se vê no decorrer do filme, com outros atletas ajudando, incentivando e acreditando no retorno do Tererê para os tatames e para a vida. E esse conceito teve um papel principal em mostrar que o único caminho que poderia salvá-lo daquela triste história, e o jiu-jitsu, mais uma vez, transformando a vida dele.

Você acredita que o jiu-jitsu pode ser uma ferramenta de ressocialização?

RB: Sim porque o jiu-jitsu é uma arte marcial que molda nosso caráter e transforma a maneira como nos relacionamos com as pessoas ao nosso redor. Para aprendê-lo é essencial desenvolver habilidades interpessoais, pois a prática requer interação com instrutores e colegas de equipe. Enfrentando as adversidades do treinamento, conseguimos crescer como indivíduos.

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Cinema

Museu do Amanhã exibirá filmes da Mostra Ecofalante de Cinema durante a SEMEIA, Semana do Meio Ambiente 2023

Serão 10 filmes do mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado a temas socioambientais

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Aguas Do Pastaza ecofalante 2023 SEMEIA

Como parte da programação da SEMEIA, a Semana do Meio Ambiente do Museu do Amanhã, o equipamento cultural exibirá 10 filmes da Mostra Ecofalante de Cinema, um dos maiores festivais do Brasil e o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado a temas socioambientais.

A princípio, as sessões acontecerão entre os dias 6 e 9 de junho e contarão com acessibilidade para pessoas surdas. No dia 7, uma das produções contará também com Closed Caption e, no dia 8 de junho, no feriado de Corpus Christi, a exibição terá, ainda, com Closed Caption, audiodescrição e Libras.

Destaques

A programação da mostra abre no dia 6 de junho com o filme “Águas do Pastaza”, sobre a comunidade Suwa, localizada na fronteira entre o Equador e o Peru.

No dia 7, os curtas “Dia de Pesca e de Pescador” e “Osiba Kangamuke- Vamos lá Criançada” falam sobre como o brincar está inserido no dia a dia das crianças indígenas e como o cotidiano dessas comunidades se reproduzem de forma lúdica.

“Crescer onde nasce o sol” se passa numa comunidade onde o brincar parece não ter lugar e este ato se torna quase uma ação de resistência pelas crianças que, brincando, sonham com um futuro melhor. Por fim, “Aurora, a Rua que Queria Ser Rio” traz a história de um rio reprimido e canalizado para dar lugar ao “progresso”.

No dia 8 de junho, o documentário “Mata” abordará a resistência de um agricultor e uma comunidade indígena diante do avanço das plantações de eucalipto. A sessão será a única com Closed Caption, audiodescrição e Libras. Para encerrar, o último dia abre com “Borboletas de Arabuko”, que retrata o ofício de cultivadores de borboletas no Quênia e como essa prática incomum acabou ajudando a preservar a maior e última floresta remanescente da África Oriental. Em seguida, “Movimento das Mulheres Yarang” documentou a história de um grupo de mulheres do povo Ikpeng, que formou um movimento para coletar sementes florestais e restaurar as nascentes do Rio Xingu, que passa por suas aldeias. Por fim, “Meu Arado, Feminino”, destaca a pluralidade feminina do campo e seu elo com a natureza.

SEMEIA

De 5 a 11 de junho, a SEMEIA, Semana do Meio Ambiente do Museu do Amanhã, que faz parte da rede de equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura, trará uma programação com rodas de conversa, oficinas, filmes, ativações artísticas e shows. Afinal, o objetivo é promover trocas e aprofundamentos sobre temas como preservação da água, saberes tradicionais, soberania alimentar, crise climática, direito à informação e cooperação para a sustentabilidade. Todas as atividades são gratuitas e algumas precisam de inscrição antecipada porque estão sujeitas a lotação.

Em seguida, confira a programação da Mostra Ecofalante durante a SEMEIA:

6 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de cinema

Onde: Observatório

Filme Águas de Pastaza (Inês T. Alves, Portugal, 60′, 2022) *com Libras

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

7 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de cinema

Onde: Observatório

Dia de Pesca e de Pescador (Mari Corrêa, Brasil, 2015, 3′) *com Libras

Osiba Kangamuke- Vamos lá Criançada (Haja Kalapalo, Tawana Kalapalo, Thomaz Pedro, Veronica Monachini, Brasil, 2016, 19′) *com Libras

Crescer onde nasce o sol (Xulia Doxágui, 2021, Brasil, 13′)*com Libras e Closed Caption

Aurora, a Rua que Queria Ser um Rio (Redhi Meron, 2021, Brasil, 10′) *com Libras

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

8 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de Cinema

Mata (Fábio Nascimento, Ingrid Fadnes, 2020, Brasil / Noruega, 79′) *com Libras, Closed Caption e audiodescrição

Onde: Observatório

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

9 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de Cinema

Onde: Observatório

As Borboletas de Arabuko (John Davies, 2020, Reino Unido, 10′) *com Libras

Yarang Mamin – Movimento das Mulheres Yarang (Kamatxi Ikpeng, 2019, Brasil, 21′) *com Libras

Meu Arado, Feminino (Marina Polidoro, 2021, Brasil, 21′) *com Libras

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

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