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Aranha | Confira o trailer do longa indicado ao Goya que vai representar o Chile no Oscar

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Aranha chile

Conhecido pelo seu cinema altamente político, o chileno Andrés Wood (“Machuca”, “Violeta foi para o céu”) volta sua câmera, em ARANHA, a um momento marcante da história do Chile, o começo da década de 1970, quando houve o golpe que tirou a esquerda do poder.

Representante do Chile no Oscar de 2020 e indicado ao Goya como Melhor Filme Ibero-americano, o longa tem ao centro um grupo real de extrema-direita que existiu no país, entre 1970 e 1973, chamado Patria y Liberdad, responsável por diversos atos terroristas, e que se tornou um dos principais apoiadores do Golpe de Estado de Augusto Pinochet. Nesse sentido, o diretor ressalta a atualidade do tema de seu longa, cujo roteiro é assinado por ele e Guillermo Calderón.

EL Dínamo

“Começamos a escrever antes de Bolsonaro, antes de Trump, então, de alguma forma, esse nacionalismo, que estava sendo respirado, se desenvolveu. Eu acho que o filme também apela para aquela raiz ou fibra nacionalista, que todos nós temos em algum lugar, e que, finalmente, quando você dá espaço, esses argumentos, às vezes, não parecem tão loucos, tão irracionais”, diz o diretor em entrevista ao jornal chileno El Dínamo.

Ao centro de ARANHA estão três personagens em dois momentos de suas vidas: Inés (interpretada por Valverde e Moran), Gerardo (Fontaine e Alonso) e Justo (Gabriel Urzúa e Felipe Armas) que, na juventude, pertenceram ao Patria y Liberdad. No meio do conflito com a esquerda, nos anos do governo de Salvador Allende, o trio acaba se envolvendo amorosamente, enquanto participa da luta armada contra o presidente marxista. No entanto, um crime político cometido pelo grupo muda o destino do Chile e acaba separando o trio.

Quatro décadas mais tarde, quando ele reaparece, Inés e Justo, agora casados, vivem uma vida burguesa repleta de luxo e dinheiro. Mas Gerardo ainda é obcecado pelas causas do passado e quer, não apenas vingança, mas também trazer o ultranacionalismo novamente à tona. Mas quando ele é preso, em sua casa, com um grande arsenal de armas e munição, Inés, agora uma poderosa empresária, fará de tudo para que o passado não destrua sua vida e sua família.

Ditadura

“Seria difícil para qualquer cineasta chileno fazer filme depois dos anos 70 sem tocar nos anos da ditadura no Chile e como ela continua a reverberar nos dias de hoje. O que foi plantando naquele período continua explicando muito do que é o país agora”, disse Woods em entrevista à Variety.

O filme, cujo título faz uma alusão ao símbolo do Patria y Liberdad, conta ainda, entre seus talentos, com o brasileiro Antonio Pinto (“Central do Brasil”) na trilha sonora e o chileno M.I. Littin-Menz (“Violeta foi para o céu”) na fotografia.

Exibido em diversos festivais, o longa colheu críticas positivas por onde passou. “Como um thriller, o filme tem um ritmo ótimo, com a música de Antonio Pinto num papel central”, definiu a Hollywood Reporter. “Wood vê em seus personagens uma maneira de diagnosticar a podridão moral do presente”, escreveu o espanhol El País. Já o argentino Clarín apontou que “a chave para o trabalho de Wood é, novamente, a sociedade chilena em seu classicismo, uma obsessão que se tornou cada vez mais completa e atrativa na obra do cineasta.” ARANHA entrou na lista do jornal O Globo, como um dos 15 filmes imperdíveis da Mostra Internacional em São Paulo de 2020.

O filme traz em seu elenco Mercedes Moran (“O Pântano), María Valverde, Marcelo Alonzo (“O Clube”), Pedro Fontaine (“Tenho medo toureiro”), e Caio Blat. A produção brasileira é assinada por Paula Cosenza (“Casa de Antiguidades”) e Denise Gomes (“Ausência”).

Por fim, veja o trailer:

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Cinema

‘A Freira 2’ lidera bilheterias brasileiras e diretor explica sua visão. Entenda!

Em exibição há duas semanas, o filme da Warner Bros. Pictures traz Valak, a Freira Demônio, de volta ao cinema

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critica a freira 2

É o mais recente capítulo do universo “Inovação do Mal” e vem fazendo sucesso. “A Freira 2”, produzido pela Warner Bros. Pictures, lidera as bilheterias brasileiras. A princípio, com apenas duas semanas em cartaz, o filme de terror já arrecadou mais de R$38 milhões em bilheteria e atraiu quase 2 milhões de espectadores aos cinemas.

A trama de “A Freira 2” reintroduz Irmã Irene (interpretada por Taissa Farmiga) em um ambiente assustador. Dessa forma, entrelaça a história da Santa Luzia, a padroeira dos olhos e visão, com a atmosfera arrepiante da luta contra o mal.

O diretor Michael Chaves compartilha:

 “Cresci no catolicismo e sempre fiquei impressionado com as imagens que a cercavam – essa mártir cujos olhos foram cortados. Muitas vezes, vemos seus olhos nas palmas das mãos. Acho que há algo assustador e rico nesse imaginário.”

Valak

Continuando a história do filme anterior, A Freira 2 apresenta desafios antigos, com Valak mais poderosa do que nunca, e destaca duas heroínas cativantes unidas pelo poder da coragem. Michael explica:

“Gosto de histórias de mulheres fortes… A ideia dessas duas freiras encarregadas de uma missão atravessarem a Europa para tentar caçar esse demônio. Foi emocionante, uma história forte desde o início. Valak embarca em uma jornada pessoal… Introspectiva, íntima, dentro de si mesma, para entender quem ela é – e encontrar sua própria visão e sua própria maneira de ver o mundo ao seu redor”.

A saber, “A Freira 2” é dirigido por Michael Chaves (“A Maldição da Chorona [2019]”, “The Maiden [2016]” e “Inovação do Mal 3: A Ordem do Demônio [2021]”) e produzido pela New Line Cinema, The Safran Company e Warner Bros. Pictures.

O elenco do filme inclui Taissa Farmiga (“American Horror Story: Coven”, “Regressão”, “A Freira”), Storm Reid (“Uma Dobra no Tempo”, “Euphoria”), Jonas Bloquet (“Elle”, “A Freira”) e Anna Popplewell (“As Crônicas de Nárnia”), entre outros.

A Freira 2 está em exibição nos cinemas de todo o Brasil, com versões acessíveis disponíveis.

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