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Lua Nova (Quênia, 2019) - dir. Philippa Ndisi-Hermann
Cinema e StreamingCríticaNotícias

Lua Nova | Quênia, fé religiosa e os elementos da natureza feminina

Por
Sylvia Arcuri Só de Chita
Última Atualização 30 de março de 2023
3 Min Leitura
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créditos: Docubox
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Lua Nova (Quênia, 2019) é um documentário poético ou uma narrativa autobiográfica da diretora/fotógrafa/ poeta queniana Philippa Ndisi-Hermann. Traz a questão da fé religiosa a partir de elementos ligados a natureza feminina e ao próprio eu-lírico da narradora, no caso a própria Philippa. Elementos que, em certos momentos, podem soar corriqueiros como a lua, o mar, a ilha e a da vida de Raya e seu filho Ahmed, garoto muçulmano, e suas vivências diárias com a família e as outras pessoas e crianças de Lamu, cidade litorânea do Quênia. Mas, não têm nada de simples e corriqueiro, pois faz com que a diretora e os espectadores acessem lugares escondidos dentro de si e que podem ser colocados para fora como um sopro de vida, caminho, carinho e espiritualidade.

Encruzilhada

O monólogo interior poético da diretora/narradora apresenta uma divisão da sua própria fé, para onde sigo? Quem sigo? Como e qual caminho definir como seu? A narradora confessa não saber o que está filmando ou buscando, se são as ações que modificarão a vida daquele lugar, seu próprio lugar no mundo ou ainda sua procura religiosa, sua fé. Afinal, em que acreditar ou seguir como ponto de apoio espiritual? As regras e os ritos do islamismo ou ao desprendimento e a busca solitária do sufismo? Como a lua, Philipa vai modificando a narrativa do documentário e a sua busca interna e encontra. No final, sua identidade religiosa que parece ser um chamado da sua ancestralidade.

Ainda que apresente uma narrativa lenta, como costumam ser os monólogos, as buscas internas, o fazer poético, o documentário guia o espectador e o insere nos rituais e costumes do lugar e na angustia e indecisão da artista. Ou seja, como se também estivesse à procura de sua verdade interna a partir do que é apresentado como religião, como fé, como crença.

Enfim, com algumas cenas-chave, o documentário tem a costura de uma trilha musical belíssima (do músico moçambicano, Tiago Correia-Paulo). Além disso, um texto narrativo poético que envolve a plateia e convida a refletir sobre espiritualidade e a crença, que é singular para cada um que queria experimentar o caminho dos rituais ou mesmo dos encontros solitários com a natureza. Por fim, isso parte da lua que muda  constantemente, mas sempre está ali, espiando e alertando que, apesar da busca, ainda somos seres profanos.

Para ver o filme gratuitamente visite o site: mostradecinemasafricanos.com 

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PorSylvia Arcuri Só de Chita
Sylvia Helena de Carvalho Arcuri, é Doutora em Literatura Hispano-americana pela UFRJ e faz parte do Rolé Literário
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