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Apolline Traoré
CríticaCinemaNotícias

Fronteiras | Cine África traz a diretora Apolline Traoré de Burkina Faso

Por
Sylvia Arcuri Só de Chita
Última Atualização 30 de março de 2023
4 Min Leitura
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Fronteiras (2017), de Apolline Traoré (Burkina Faso). Créditos: Les Films Selmon
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O filme dirigido e roteirizado por Apolline Traoré mostra a sororidade entre quatro mulheres que vai acontecendo durante uma viagem pela África Ocidental (do Senegal à Nigéria), passando pelas fronteiras de alguns países. Adjara, Emma, Sali e Visha se unem para enfrentar obstáculos e desafios que ocorrem durante a travessia. Além da amizade construída por essas personagens, a
trama traz para cena outros assuntos como: corrupção, violência, relações interpessoais que acontecem, principalmente no espaço do cruzamento entre os países, na fronteira que, no filme, também possui um valor simbólico.

Aliás, a relação entre elas vai sendo construída não só fisicamente, mas também dentro do imaginário de quem faz a travessia. As relações, nesse espaço, se dão de maneira diferente, é nesse espaço do não lugar, da junção e do intercâmbio entre territórios que acontece o processo de união entre as personagens e a sororidade se estabelece.

“Deus não vai desistir da gente”

A fala da personagem Adjara para Emma, dentro do ônibus, durante a viagem física e simbólica, coloca o espectador dentro da trama. Nesse ponto do filme, personagens e espectadores se fundem e passam a questionar os vários tipos de fronteiras que devem e precisam cruzar ao longo da viagem e na vida de cada um que está mergulhado nesta fusão.

As fronteiras geográficas existem, mas a sensibilidade de Traoré, como diretora, apresenta outras fronteiras que as mulheres enfrentam e necessitam atravessar ao longo da vida, tais como: a fronteira do machismo, do sexismo, da misoginia, da violência, do patriarcado, porém a que chama mais atenção é a fronteira interna/emocional que se coloca na frente de cada uma delas.
A viagem, que começa no Senegal e termina na Nigéria, modifica cada mulher e essa mudança é tão marcante e ao mesmo tempo metafórica que percebemos como é difícil ultrapassar as fronteiras de si mesma, já que esse é um lugar de fluidez e inconstância.

Superação

Mudar, ultrapassar, desvendar, descortinar, enfrentar vários desafios, emoções, sensações não é muito fácil para mulheres, ainda mais quando se está em movimento, na estrada. Afinal, a sociedade ainda se desenha sob o olhar masculino. Mas as personagens revelam essa possibilidade, cada uma com seu jeito, com seu olhar e sua cultura. O filme Fronteiras, ainda que leve, é para assistir com muita atenção, pois, além de apresentar sentimentos, medos e sensações, apresenta também uma bela fotografia. As cores locais por onde a câmera se desloca, nos levando para um local, ainda que fronteiriço, cabem afetos e conquistas.

No final. e afinal, qual é o limite? Estar ou não dentro da legalidade? Confiar ou não no outro? Viver ou não uma nova experiência? Certamente, o que permanece é perceber que não é fácil cruzar todas essas fronteiras, principalmente as internas.

Enfim, para ver o filme é só acessar: mostradecinemasafricanos.com

*Sylvia Helena de Carvalho Arcuri é Doutora em Literatura Hispano-americana pela UFRJ e escreve na página Rolé Literário, que está cobrindo a Mostra de Cinemas Africanos em parceria com o Vivente Andante

Afinal, confira uma conversa com a idealizadora e curadora do Cine África:

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Além disso, tem Marcelo Monteiro falando de Cosmogonia Africana
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PorSylvia Arcuri Só de Chita
Sylvia Helena de Carvalho Arcuri, é Doutora em Literatura Hispano-americana pela UFRJ e faz parte do Rolé Literário
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