As filmagens de Maçalê, documentário dirigido por Ba-Senga, foram iniciadas em novembro, em Salvador. Produzido pela Tabuleiro Filmes, o longa propõe uma imersão sensorial na trajetória de Tiganá Santana, multiartista baiano reconhecido como o primeiro compositor brasileiro a criar e gravar canções autorais em línguas africanas como kikongo e kimbundu.
Além da capital baiana, o filme terá locações em São Paulo — onde o artista vive e leciona no IEB/USP — e no norte de Angola, na região de M’Banza-Kongo, território ancestral das línguas que atravessam sua obra. A etapa africana das filmagens está prevista para ocorrer entre o fim de janeiro e o início de março.
O documentário parte do álbum Maçalê, lançado em 2009, marco histórico da música brasileira, para refletir sobre origens, influências e processos criativos de Tiganá Santana. O filme registra, entre outros momentos, uma apresentação do artista em solo africano diante de uma plateia falante das línguas que ele incorporou à sua obra, reforçando o caráter histórico e simbólico do projeto.

Doutor em Letras pela USP, Tiganá Santana é também pesquisador e tradutor. Sua tese sobre a cosmologia bantu-kongo recebeu o Prêmio Antônio Cândido da ANPOLL, consolidando sua atuação como referência intelectual e artística no Brasil contemporâneo.
Maria Gal celebra 50 anos e o filme Carolina de Jesus em noite de afeto e representatividade
A atriz Maria Gal comemorou seus 50 anos no último sábado, 13 de dezembro, em uma celebração que também marcou sua participação no filme Carolina de Jesus, no qual interpreta a escritora Carolina Maria de Jesus. A festa, realizada no Maison Joá, foi assinada pelo cerimonialista Leco Biagioni e pensada como um encontro afetivo entre memória, cultura e protagonismo feminino.
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A ambientação apostou na sutileza e na valorização da arquitetura do espaço, com painéis que relembravam a trajetória pessoal e artística da atriz. “Eu acredito em festas que contam histórias. Cada detalhe foi pensado como um gesto de afeto”, afirmou Leco Biagioni.
Visivelmente emocionada, Maria Gal destacou o significado do momento. “Chegar aos 50 anos desse jeito, cercada de afeto e lançando um trabalho tão potente, é profundamente emocionante”, disse a atriz, que vive uma fase de intensa potência criativa.

A noite contou ainda com trilha sonora comandada pela DJ Bieta e apresentação da Banda Awrê, além de experiências gastronômicas e sensoriais pensadas para acolher os convidados. Um dos pontos altos foi o bolo assinado pela Cake Garridos, decorado com referências à trajetória da atriz e à obra Quarto de Despejo, simbolizando ancestralidade, força e memória.
Com estreia prevista para 2026, Carolina de Jesus marca um novo capítulo na carreira de Maria Gal, reforçando seu protagonismo em narrativas fundamentais para a história cultural brasileira.



