Ao usar este site, você concorda com a Política de Privacidade e termos de uso.
Aceito
Vivente AndanteVivente AndanteVivente Andante
  • Cinema
  • Música
  • Literatura
  • Cultura
  • Turismo
Font ResizerAa
Vivente AndanteVivente Andante
Font ResizerAa
Buscar
  • Cinema
  • Música
  • Literatura
  • Cultura
  • Turismo
CríticaCulturaEspetáculosEspiritualidade

Helena Blavatsky, a Voz do Silêncio | Crítica

Por
Alvaro Tallarico
Última Atualização 21 de agosto de 2023
6 Min Leitura
Share
SHARE

“Helena Blavatsky, a Voz do Silêncio”. É difícil até pensar por onde começar a fazer uma crítica sobre essa peça. No tamanho da arte que oferece. Talvez uma boa forma de iniciar seja dizer que é tudo tão mágico e simbólico como a vida e a obra da personagem-título Helena Blavatsky, a criadora da teosofia, foi.

A princípio, o espetáculo tenta resumir um pouco da longa e produtiva vida da escritora e filósofa russa Helena Blavatsky (1831-1891). O texto profundamente amplo e metafísico é de Lúcia Helena Galvão, famosa pela participação na organização internacional filosófica Nova Acrópole. Ela viralizou muitas vezes com palestras e vídeos pela internet afora, inclusive muitas vezes citando Blavatsky.

É importante ressaltar o bom trabalho de direção de Luiz Antônio Rocha. Na forma como utiliza a principal ferramenta para que o espetáculo ganhe a força que tem. Esse instrumento canalizador é a atriz Beth Zalcman, a qual navega pelo esplendoroso jogo de luzes, que forma diversos desenhos e possibilidades para que ela, literamente até, brilhe. Toda a preocupação com o posicionamento dela em cena e o bom uso do palco até a surpreendente interação com a plateia são bem pensados e no tempo certo. Quando parece que pode vir um cansaço, pois a peça tem uma densidade, a direção traz algo para movimentar o público.

A Luz de Helena Blavatsky

A iluminação é um show que merece elogios específicos. Vemos as luzes como Deus ou como a natureza, dependendo do momento e da necessidade. Temos o escuro que valoriza a chama de uma vela e a voz de Beth. Temos o facho de luz vertical que permite vermos as mãos de Zalcman bailando como pura magia; ou a lótus branca preenchendo todo o palco e homenageando Blavatsky de tal maneira que é difícil não imaginá-la feliz, num outro plano, ou universo, que anteceda esse, seja paralelo, ou venha depois.

O solo com Beth Zalcman nos coloca no último dia de vida de Helena e exalta a importância do sonhar e as mensagens que a escritora se esforçou para passar até seu fim terreno. É tudo como se ela se despedisse, ao mesmo tempo em que demonstra sua imortalidade, trazendo lembranças e compartilhando pérolas de cunho evolutivo. Diria que só senti falta de saber mais sobre o mestre dela, que foi seu guia durante tantos anos, mas é uma escolha de Lúcia Helena Galvão, de focar mais na verdade de Helena Blavatsky, mulher de coragem inegável e obra valiosa, tantas vezes subestimada. Uma buscadora.

Aliás, o espetáculo permite, ao fim, que o público filme uma cena. Confira abaixo a de quando fui, e siga lendo:

https://www.instagram.com/p/CwMXKoArPeu/

Durante a pandemia a peça foi vista por mais de 18 mil espectadores em sessões virtuais até chegar a uma bem-sucedida temporada em São Paulo, com sessões lotadas, e finalmente veio para o Rio de Janeiro pela primeira vez. Admito que esperava ansiosamente para ver ao vivo, e não me decepcionei.

Madame Blavatsky ficou famosa por confrontar as correntes ortodoxas da ciência, da filosofia e da religião. Com suas obras e a criação da sociedade teosófica, influenciou inúmeros artistas e pensadores, entre eles, Gandhi, o qual, aliás, é citado na peça.

Por fim, no dia em que vi o espetáculo, na minha fileira estava o grande ator Carlos Vereza, que disse, durante pandemia, após ver a peça pela primeira vez:

“A arte salva, não é?! Como diria o querido Ferreira Gullar, a vida não basta apenas, se não fosse a arte, seria mais difícil! O bonito no trabalho de vocês, em meio a essa pandemia, é mostrar que a resistência não vem através do radicalismo, mas do valor à vida. E a vida, sobretudo, se manifesta através da arte”

A fala de Vereza resume bastante da principal e relevante base de “Helena Blavatsky, a Voz do Silêncio”: a valorização da vida e da arte.

Serviço:

ONDE: Teatro Fashion Mall / Shopping Fashion Mall – Estrada da Gávea, 899 – lj 213, São Conrado / RJ
HORÁRIOS: sexta às 21h, sab às 20h e dom às 19h

INGRESSOS: R$ 100,00 e R$ 50,00 (meia)

HORÁRIOS BILHETERIA: 3ª a dom das 14h às 20h

VENDAS: Sympla

DURAÇÃO: 60 min / CLASSIFICAÇÃO: 12 anos / GÊNERO: biográfico e filosófico / CAPACIDADE: 420 lugares / TEMPORADA: até 17 de setembro

Ficha técnica

Texto original: Lúcia Helena Galvão
Interpretação: Beth Zalcman
Encenação: Luiz Antônio Rocha
Cenário e Figurinos: Eduardo Albini
Iluminação: Ricardo Fujji
Assistente de Direção: Ilona Wirth
Visagismo: Mona Magalhães
Fotos: Daniel Castro
Consultoria de movimento (gestos): Toninho Lobo
Operador de luz: Gabriel Oliveira
Marketing Digital: Reação Web
Idealização e Produção: Beth Zalcman e Luiz Antônio Rocha
Parceria: Organização Internacional Nova Acrópole do Brasil
Realização: Teatro em Conserva / Espaço Cênico Produções Artísticas e Mímica em Trânsito Produções Artísticas
Assessoria de imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany

Ademais, veja mais:

Ciência | Livro responde questões que você sempre quis saber

‘Furacão’, da Amok Teatro, mescla teatro, música e emoção de forma primorosa | Crítica

Professora lança livro sobre a Aurora Boreal para crianças de 7 a 11 anos

Tags:beth zalcmancritica peça helena blavatskyhelena blavatsky rio de janeiroteatro helena blavatskyVoz do Silêncio
Compartilhe este artigo
Facebook Copie o Link Print
Alvaro Tallarico's avatar
PorAlvaro Tallarico
Follow:
Jornalista especializado em Jornalismo Cultural pela UERJ.
Nenhum comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Gravatar profile

Vem Conhecer o Vivente!

1.7kSeguidoresMe Siga!

Leia Também no Vivente

Dungeons & Dragons
Cinema e StreamingCrítica

Crítica | Dungeons & Dragons

Alvaro Tallarico
4 Min Leitura
Apresentação grupo barulinho
EventosCulturaEspetáculos

15 Anos do Show “Barulinho” com Retorno à Cidade de Origem

Caroline Teixeira
4 Min Leitura
Festa da Palavra Elisa Lucinda
CulturaEventos

1ª Festa da Palavra acontece on-line e gratuita com direção artística de Elisa Lucinda

Redação
6 Min Leitura
logo
Todos os Direitos Reservados a Vivente Andante.
  • Política de Privacidade
Welcome Back!

Sign in to your account

Username or Email Address
Password

Lost your password?