A maioria de nós já ouviu falar sobre as histórias dos nossos antepassados: como vieram ao Brasil, quais suas tradições, a característica mais marcante do seu povo. E você sabia que o dia 21 de fevereiro é o Dia do Imigrante Italiano? Surgiu em 2008 para homenagear o maior movimento migratório internacional da história do país. Essa data remete à chegada do navio La Sofia em Vitória (ES) em 1874. Esse fato marca o início do processo de migração em massa de italianos para cá.
Segundo testes de ancestralidade realizados até agora pelo meuDNA, o brasileiro tem uma composição genética 61% europeia (principalmente da Península Ibérica – formada por Portugal e Espanha; seguido pelo Sul e Norte da Itália). Em seguida, 20,5% africana (dominada pelos países do oeste do continente, como Angola, Nigéria, Gâmbia, Gabão e Benin); 13,2% asiática (com predominância da costa leste formada por Japão e pelas Coreias); e, por fim, 5,3% americana (das nações nativas do sul).
Mapeamento
Essa é a conclusão de um levantamento realizado pela healthtech, que atua com mapeamento genético. Ela disponibilizou no mercado brasileiro o Teste de Ancestralidade. Dessa forma, as pessoas podem responder com mais conhecimento de onde elas vieram. Ele identifica as variações genéticas espalhadas pelo DNA de cada pessoa e compara com as variações características de diferentes povos e informações catalogadas em um extenso banco de dados. Nele são consideradas 88 populações ao redor do mundo e é uma possibilidade do usuário experienciar a jornada do seu DNA até oito gerações anteriores, o equivalente aos bisavós dos tataravós.
Seja lá a porcentagem a mais ou a menos que você tem de ancestrais italianos por conta da miscigenação do País, explorar o passado e a cultura dessa nação pode ser um bom passatempo para ocupar a mente e a agenda em tempos de pandemia e isolamento social. Confira abaixo nossas dicas remotas abaixo para se conectar com as suas origens sem sair de casa:
Prepare pratos típicos que vieram com a imigração italiana
Em São Paulo, trattorias, osterias e cantinas italianas são pontos muito queridos pelos paulistanos. Comer uma boa massa, pizza, cannoli ou degustar um simples pão italiano com vinho de altíssima qualidade chegou a ser a forma preferida de se aproximar da cultura de uma das nações europeias que mais influenciou o estilo de vida do nosso país. Mas, a culinária da Itália vai ainda além.
Experimente preparar com a família uma receita de Chiacchiere, pequenos doces de massa frita, típicos na época de Carnaval e presentes no cotidiano da nação desde os tempos do Império Romano. Invista também no Arancini, bolinhos de arroz no estilo italiano, ou ainda em uma receita caseira de Gelato – uma sobremesa que nos remete ao sorvete, mas que, por essência, é servida em temperaturas mais altas.
Ele pode ser feito apenas de fruta (sorbet) como à base de leite, mas sempre com ingredientes naturais e de preferência provenientes de pequenos produtores. E isso se conecta ao próximo ponto: você sabia que foi em Roma que nasceu a iniciativa Slow Food, hoje conhecida no mundo inteiro? O movimento visa aumentar a qualidade alimentar por meio dos princípios “bom, limpo e justo” para os consumidores, produtores e para o planeta. Vale também usar o tempo livre para pesquisar e se informar um pouco mais sobre esse princípio que tem ganho cada vez mais adeptos no Brasil.
Além disso, você sabia que o Bandolim é um instrumento proveniente da Itália? Veio a partir do alaúde. E, no Rio de Janeiro, na antiga casa de Jacob do Bandolim, existe agora o Bandolim Restaurante Cult Bar, cuja gastronomia plant based também bebe nas fontes italianas.
Elena Ferrante
Pode ser que você já tenha ouvido falar sobre ela, mas possivelmente você nunca a viu. Isso porque, na mesma medida em que Elena Ferrante é um sucesso ela também é um mistério . Afinal, seu nome é um pseudônimo que assina títulos que alcançaram sucesso editorial mundial, como é o caso da Série Napolitana de ficção composta por quatro livros. Elena é uma das autoras contemporâneas vivas mais importantes.
Os títulos dessa sequência (em ordem) são: “A amiga genial”, “História do novo sobrenome”, “História de quem foge e de quem fica” e “História da menina Perdida”. O enredo passa em Nápoles e contam a história de duas amigas (sendo uma delas a narradora Elena). Em um cenário pós-guerra e em uma vizinhança humilde elas constroem laços longe do clichê romantizado.
Ócio criativo
Para finalizar, foi um sociólogo italiano, Domenico di Masi, que introduziu o conceito do ócio criativo, em um texto dos anos 2000. De maneira bem simplista, o que ele prega é a estruturação das atividades humanas em uma combinação equilibrada entre trabalho, estudo e lazer. Ou seja, lembra bastante o que vivenciamos nesse isolamento social, no qual a casa é o centro de tudo. Se quiser conhecer, “O Ócio Criativo” também é o nome do livro mais conhecido do sociólogo.