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Literatura

Confira dicas para começar a transformar a leitura em um hábito

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Contos de Amor

Recentemente, muitas pessoas têm buscado novas práticas para seu momento de lazer e relaxamento e passar um tempinho com os livros está entre elas. Porém, construir um novo hábito nem sempre é tarefa fácil, mesmo sabendo das consequências positivas de uma nova rotina. Pensando nisso, Ricardo Almeida, CEO do Clube de Autores, maior plataforma de autopublicação da América Latina, separou algumas dicas para quem deseja incluir a leitura em sua rotina para manter a mente saudável.

“A leitura é uma das atividades mais importantes que o indivíduo pode ter, principalmente em momentos conturbados e de estresse como o que vivemos atualmente. Os livros possuem um papel fundamental na vida das pessoas e ainda trazem diversos benefícios à saúde mental “, comenta Ricardo.

Além disso, segundo pesquisadores da Universidade de Sussex, no Reino Unido, uma leitura de seis minutos é o suficiente para diminuir 68% dos níveis de estresse. Após este breve período, eles notaram uma queda da frequência cardíaca e músculos mais relaxados nos voluntários. Aliás, outra pesquisa, realizada na Universidade Stanford, dos Estados Unidos, provou que durante a leitura diferentes áreas do cérebro são afetadas.

Agora que você já sabe da importância que os livros têm para sua saúde, confira três dicas de como criar esse hábito:

1 – A princípio, escolha temas com os quais você se identifique

O hábito de leitura em si é intimamente relacionado à conexão desenvolvida com um determinado assunto. Quanto maior ela for, mais natural será para você se apaixonar pela literatura.

2 – Então, comece pelos clássicos

Autores que atravessaram décadas ou séculos mantendo-se na preferência do público dominaram, obviamente, a arte de sedução pelas palavras. Machado de Assis, Saramago, Dostoievsky e García-Márquez são alguns dos vários exemplos. Quando se trata de clássicos, não faltam obras já aclamadas e comprovadamente prontas para conquistar novos leitores.

3 – Em seguida, abra a porta para novos autores

A contemporaneidade faz com que os escritores de hoje tenham um atrativo a mais. O próprio fato deles compartilharem o mesmo pano de fundo sócio-político já garante conexões potenciais importantes como a identificação com o estilo. Além disso, as personagens e as grandes temáticas passam a ser muito mais naturais e, consequentemente, mais engajadoras.

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Literatura

‘Princesa Violeta’ | Resenha por Paty Lopes

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Princesa Violeta.

Penso que essa leitura tem muito a dizer sobre o futuro das mulheres em nossa sociedade, principalmente diante do que estamos atravessando em todo o território brasileiro. Temos que lembrar que essa mulher que sofre violência hoje, um dia foi uma menina. O mesmo pode-se dizer do homem agressor. Ele também um dia foi um menino. Pergunto, portanto: qual foi a base educacional deles? O que leram? Qual o caminho que os orientaram a seguir um dia?

Embora tenhamos um livro com uma protagonista princesa, a leitura também educa o menino a respeitar os sentimentos de uma mulher. O que deveria acontecer quando uma mulher, por exemplo, resolve romper uma relação, seja esse o motivo que for? Assim, todavia, fica livre para viver a vida dela, o que sabemos que muitas vezes não acontece.

Diversidade

Veralinda Menezes é a autora do livro. Como mãe, traz aos leitores mirins a primeira princesa negra da literatura brasileira e o primeiro conto de fadas com personagens negros. Além disso, os descreve com delicadeza. Quando sua filha não pode ser princesa em uma brincadeira, devido ao seu tom de pele bombom, a autora percebeu a importância dessa comunicação. Assim, o livro chegou em 2008, e volta após 16 anos com uma edição especial, o que merece ser comemorado.

Interessante é como a autora trouxe a miscigenação brasileira, trazendo tons de pele ligados a doce de leite e chocolate, doces que crianças adoram.

Enredo

Um belo conto de fadas de muita ação, cujo protagonismo está na força da figura feminina e o toque de encantamento está na mistura de seres humanos, seres mágicos, reis, rainhas, fadas, guerreiros e piratas, heróis e heroínas que se juntam na luta do bem contra o mal.

Uma princesa guerreira à frente de um exército é revolucionário. Coloca, assim, as mulheres no imaginário coletivo desde a infância, em um espaço de poder que influencia a sociedade e suas futuras relações familiares, sociais e econômicas.

Focado na diversidade e no resgate de valores, também ensina o cuidado e o respeito à natureza e aos mais velhos. A inovação estética com personagens protagonistas negros, representando a maioria da população de um país nem tão distante, é um grande diferencial. Ele fica por conta do traço naturalista do talentoso ilustrador gaúcho Rogério M. Cardoso. Criado para ser um clássico da literatura, Princesa Violeta, em suas versões em prosa e em poema, encanta as crianças de todas as cores e de todas as idades do Brasil, na literatura, no teatro e na música.

O livro apresenta músicas da autora que também colam no ouvido, o velho chicletinho.

Por que ler o livro para uma criança?

Vivemos em um país de forte patriarcado. O machismo ainda permeia no seio da sociedade. Portanto, educar é necessário. Tentar romper essa cultura deve ser uma luta de todos. No livro, a princesa escuta que o pai dela queria um filho homem. Depois, um dos súditos, um dos chefes da guarda real entende que a princesa Violeta deveria se casar com ele, por ter a ensinado a lutar. São situações na contramão dos dias atuais, onde nós, mulheres, fazemos nossas opções, como a princesa do livro fez, no entanto, ainda pagamos um preço alto por nosso posicionamento.

Observei também que no livro não há questões raciais em pauta, apenas protagonistas negros. Inclusive, há príncipes de pele alva que tentam casar-se com a princesa, assim como antagonista negro também. A vida é mesmo assim, está tudo ilustrado através dos desenhos coloridos.

Conclusão

Levar crianças negras a entenderem que podem ser princesas e fadas é um bom trabalho de autoestima e merece ser exercitado todo o tempo.  Não é mais possível aceitar somente a história da Cinderela da Disney – embora eu adore. Contudo. confesso que fiquei mais animada quando chegou a  Pocahontas, pois esse desenho falava muito mais sobre mim.

Observei que a leitura tem mais de um desdobramento, o que penso ser bem diferente. Geralmente, o conflito é um só, mas Veralinda, como mulher, sabe que as nossas lutas são diversas.

Longe da bipolarização hierarquizante em preto e branco, como disse o professor Kabenguele Munanga, antropólogo, a autora entende mesmo do Brasil atual. Seguiu, paralela às estúpidas verdades adultas, a realidade da vida por meio de uma linguagem infantil apropriada, cheias de fadas e mágicas!

Ficha Técnica

PRINCESA VIOLETA

Autora: Veralinda Menezes
Editora: Editora Príncipes Negros
Preço: R$ 24,46
Onde encontrar: Amazon

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