Ao usar este site, você concorda com a Política de Privacidade e termos de uso.
Aceito
Vivente AndanteVivente AndanteVivente Andante
  • Cinema
  • Música
  • Literatura
  • Cultura
  • Turismo
Font ResizerAa
Vivente AndanteVivente Andante
Font ResizerAa
Buscar
  • Cinema
  • Música
  • Literatura
  • Cultura
  • Turismo
CinemaCrítica

‘Licença para Enlouquecer’ enlouquece o espectador | Crítica

Por
Livia Brazil
Última Atualização 4 de abril de 2024
7 Min Leitura
Share
SHARE
Tópicos
QuestionamentosUm roteiro sem sentidoDe mal a piorSinopseFicha TécnicaPOR FIM, LEIA MAIS:

Olha, minha gente, como crítica de cinema eu costumo não caracterizar um filme como bom ou ruim. Prefiro relatar seus pontos positivos e negativos e identificar seu público-alvo e o que esse público pode gostar nele. Mas com Licença para enlouquecer serei obrigada a caracterizá-lo. Porque se tem uma produção que dá pra chamar de ruim é essa.

A começar com o título, que não tem nada a ver com o enredo do filme. Dá pra perceber – e, inclusive no final do longa fica ainda mais claro – que o título era outro. Provavelmente “Sara, Léa e Lia”, os nomes das três protagonistas. A mudança tem cara de pedido de marketing, que não deve ter achado a alcunha lá muito vendável. E, por isso, pensaram em um título mais comercial. Só que, sinceramente, não deu muito certo, já que ficou sem relação com a história.

Questionamentos

Enquanto eu assistia ao filme e via alguns atores que estão no elenco, eu só conseguia na famosa frase da (incrível) crítica Isabela Boscov que virou meme: será isso dívida de jogo? Porque só pode ser isso ou, talvez, amizade, já que o roteiro foi escrito pelas atrizes Mônica Carvalho e Michele Muniz, duas das protagonistas, junto com Daniele Winits. E é exatamente Winits uma das pessoas que só pode ter aceitado atuar nesse filme por amizade. Fica visível a disparidade de atuação entre ela e as outras duas mulheres. Daniele tem muito talento para comédia, o gênero do filme, e se destaca em todas as cenas em que aparece. Mesmo dando vida à uma personagem muito estereotipada e sexualizada, lugar que costumam colocá-la, apesar de ela poder muito mais, a atriz consegue trazer detalhes interessantes e engraçados para sua Lia que são o que dá graça ao filme.

Outro ator que no filme estar muito bem, apesar de parecer estar atuando em uma camada totalmente diferente de todos os outros, é Nelson Freitas. Todavia, seu personagem fica um pouco deslocado em meio ao enredo. Sua trama fica em um tom que seria interessante se fosse outro filme, mas nesse não funciona. Parece um personagem criado somente para levar sentimentalismo ao filme, além de uma lição. Pobre Nelson Freitas. Merecia mais.

Mônica Carvalho, Danielle Winits, Michele Muniz e Nelson Freitas.
Mônica Carvalho, Danielle Winits, Michele Muniz e Nelson Freitas. Foto: Divulgação.

Um roteiro sem sentido

Aliás, o roteiro é todo sem sentido. Parece uma colcha de retalhos, várias histórias diferentes que foram costuradas aleatoriamente e que não dão liga. Sabe quando nossa roupa rasga e a gente não sabe costurar, mas não quer gastar dinheiro com costureira e faz um remendo em casa sozinho? Fica tudo malfeito e dá pra reparar as linhas aparecendo, sobrando. É assim esse filme. Tramas que não se encaixam, enredos que surgem do nada, um bando de personagens desnecessários e que ficam sobrando, como as linhas.

Além disso, é um filme repleto de estereótipos, piadas sem graça, rasas, resoluções fáceis e sem sentido, e muitos, muitos clichês. E para um filme que se deseja ser empoderador para mulheres – e consegue, em muitos momentos -, tem bastante machismos. Ou seja, nada salva. Difícil.

De mal a pior

Quer dizer, como dito antes, Danielle e Nelson salvam. Estão bem. Contudo, nada de muito diferente do que já conhecemos dos dois e nada que não se possa ver deles em filmes melhores. Todavia, o pior de tudo mesmo é o período em que o filme se passa. Os personagens estão em 2020, em plena pandemia da Covid. É uma pena que, imagino, ninguém quer reviver ou relembrar. Acredito que só aceitávamos assistir algo que se passava durante a pandemia quando estávamos exatamente durante a pandemia e era uma forma de alívio observar outras pessoas passando pelo mesmo que estávamos passando. Mas agora já foi, ninguém quer lembrar dessa época. Ou seja, um timing bem ruim.

E, além disso, Licença para enlouquecer mostra as amigas Sara, Léa e Lia indo em festas, tendo dates, fazendo eventos totalmente inapropriados para o desastre pelo qual estavam passando. Achei muito desrespeitoso com as pessoas que perderam entes queridos exatamente por causa da irresponsabilidade de outros. Como a das personagens. Ou seja, é um filme que faz enlouquecer mesmo. De mau gosto.

elenco
Parte do elenco do filme. Foto: Divulgação.

Sinopse

Agora, se depois disso tudo você ainda quer assistir ao filme, segue a sinopse e o trailer. Licença para enlouquecer estreia nesta quinta-feira, 04 de abril, nas salas de cinema de todo o Brasil.

Quando a vida das amigas Sara, Lia e Leia vira um caos de proporções planetárias, elas têm que dividir um apartamento minúsculo em São Paulo e quase enlouquecem. Quem nunca? Mas as três dão um basta. Se tornam cúmplices para atender a uma proposta indecente e irrecusável: cruzar o país para “animar” uma festa secreta na paradisíaca praia de Maragogi, em Alagoas. Uma aventura absurdamente inesperada, com reviravoltas, paixões, a força da amizade e uma surpresa que vai transformar os seus destinos.

Ficha Técnica

LICENÇA PARA ENLOUQUECER

Brasil | 2024 | 1h35min. | Comédia

Direção: Hsu Chien

Roteiro: Mônica Carvalho, Michele Muniz e Marcelo Corrêa.

Elenco: Mônica Carvalho, Michele Muniz, Danielle Winits, Nelson Freitas, Luiza Tomé, Henri Castelli, André Mattos, Jeniffer Setti, Thaíssa Carvalho, Brendha Haddad, Bruno Moreira.

Produção: Yva Filmes

Produção Associada: WN Produções

Coprodução: Emerson Rodrigues, Marcelo Corrêa  Bruno Moreira

Distribuição: Pipa Pictures

Codistribuição: Imagem Filmes 

POR FIM, LEIA MAIS:

‘Dois é demais em Orlando’ diverte toda a família | Crítica

‘Os Farofeiros 2’ tem momentos hilariantes, entenda

O Porteiro | Crítica

Tags:Cinemacinema brasileirocinema nacionalcomédiaDanielle Winitsmonica carvalhonelson freitas
Compartilhe este artigo
Facebook Copie o Link Print
Livia Brazil's avatar
PorLivia Brazil
Follow:
Escritora, autora dos livros Queria tanto, Coisas não ditas e O semitom das coisas, amante de cinema e de gatos (cachorros também, e também ratos, e todos os animais, na verdade), viciada em café.
Nenhum comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Gravatar profile

Vem Conhecer o Vivente!

1.7kSeguidoresMe Siga!

Leia Também no Vivente

the apprentice
Cinema

Diamond Films anuncia filmes da seleção oficial do Festival de Cannes

Livia Brazil
2 Min Leitura
homem-aranha 4 com kraven
Cinema

Kraven: o caçador ainda pode ser o vilão de Homem-Aranha 4; entenda

Redação
5 Min Leitura
Crítica Aquaman 2
CinemaCrítica

‘Aquaman 2’ constrói mundos magníficos

José Padilha
3 Min Leitura
logo
Todos os Direitos Reservados a Vivente Andante.
  • Política de Privacidade
Welcome Back!

Sign in to your account

Username or Email Address
Password

Lost your password?