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Meu Filho, Nosso Mundo.
CinemaCrítica

Meu filho, nosso mundo | Crítica

Por
Livia Brazil
Última Atualização 25 de agosto de 2024
6 Min Leitura
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Meu Filho, Nosso Mundo. Divulgação/Diamond Films.
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Tópicos
ParentalidadeUm filme fofoFicha TécnicaPOR FIM, LEIA MAIS:

Meu filho, nosso mundo estreou há uma semana, no dia 15 de agosto, sem muito alarde, mesmo com Robert De Niro no elenco. Isso se deve muito ao fato do filme não ser nada muito diferente do que estamos acostumados a assistir e nem muito original. Se trata da história de um pai, interpretado por Bobby Cannavale, recém-separado de sua esposa (Rose Byrne), com quem tem rusgas na criação de seu filho, Ezra, interpretado pelo ótimo William A. Fitzgerald. A única diferença de tantos filmes do mesmo estilo que já assistimos é que Ezra, de 11 anos, é uma criança que está no espectro autista – não que seja um tema muito inédito também, já que, atualmente, há várias séries que tratam do tema.

É preciso começar dizendo que há vários níveis de autismo e que é impossível um só filme abranger ou mostrar pessoas de todos os níveis existentes. No caso, Ezra é uma criança que consegue conviver com outras pessoas, apesar de ter seus limites na interação. Portanto, o longa consegue desmistificar vários mitos em relação ao espectro autista, um deles sendo que toda pessoa do espectro não consegue interagir de forma nenhuma com os outros e não consegue viver em sociedade. Esse é um ponto muito alto do filme porque, apesar de certas bolhas já terem noção do fato, a maioria ainda não tem muita informação sobre isso e acaba colocando todas as pessoas do espectro autista em uma caixa só.

Parentalidade

Meu Filho, Nosso Mundo
Bobby Cannavale, William A. Fitgerald e Rose Byrne. Foto: Divulgação/Diamond Films.

O roteiro de Tony Spiridakis foi baseado na relação do próprio com seu filho. O diretor, Tony Goldwyn, que também faz uma participação no filme como namorado de Jenna (a melhor piada do filme tem relação com o nome do personagem), é padrinho do menino. Na trama, Bobby Cannavale é o comediante Max Bernal que, sem saber como lidar com a crise no seu casamento com Jenna e seus fracassos profissionais, decide levar Ezra para uma viagem, sem avisar a ex-esposa. Seu único cúmplice é seu pai, Stan (Robert De Niro), com quem mora e tem uma relação conturbada.

Desde o início, portanto, percebemos as diferenças de parentalidade entre todas as pessoas que são pais nessa história. Desde Stan em relação a Max, quanto Max e Jenna em relação a Ezra. No entanto, em vez de jogar a culpa em somente um dos pais e colocar o outro como um santo, o filme ganha em mostrar a realidade na educação de uma criança. Às vezes se erra e às vezes se acerta. E muitas vezes – sempre, eu diria -, quem erra também acerta e quem acerta também erra. Esse, talvez, seja o fator mais importante do filme, já que a maioria das produções tende a demonizar somente um lado e santificar o outro. Meu filho, nosso mundo – ou Ezra, no original – apresenta todos os pontos de vista de todos os personagens, deixando o espectador livre para escolher um lado: o de Max, o de Jenna, o de Stan, ou, como é mais provável e mais interessante, entendendo suas escolhas a partir de suas vivências.

Um filme fofo

Whoopi Goldberg.
Whoopi Goldberg. Foto: Divulgação/Diamond Films.

Tem sido cada vez mais comum, em filmes mais comerciais, se apresentar personagens complexos e cheios de camadas para os espectadores, algo nem um pouco raro em filmes ditos cults e mais independentes. E há essa característica em Meu filho, nosso mundo, o que o deixa mais atrativo.

Porém, como dito anteriormente, não é um filme incrível. Ele emociona, principalmente se você for uma pessoa mais ligada à família e que já tem filhos. Traz boas performances dos atores também, e não apenas dos personagens principais. A produção tem grandes participações especiais, como Whoopi Goldberg, que interpreta a agente de Max, Rain Wilson na pele do melhor amigo do comediante, e Vera Farmiga, uma ex de Max. Porém, as atuações não são espetaculares – a não ser o garoto William, que traz muita verdade em sua atuação. A saber, o menino foi diagnosticado como sendo do espectro autista na adolescência (hoje, o ator tem 15 anos). Contudo, é um bom filme para entreter e se você quiser assistir algo que vai te fazer ficar com os olhos marejados.

O filme já está em cartaz nos cinemas brasileiros.

Rainn Wilson.
Rainn Wilson em cena. Foto: Divulgação/Diamond Films.

Ficha Técnica

MEU FILHO, NOSSO MUNDO (Ezra)

Estados Unidos | 2024 | 1h42min. | Drama

Direção: Tony Goldwyn

Roteiro: Tony Spiridakis

Elenco: Robert De Niro, Bobby Cannavale, William A. Fitzgerald, Rose Byrne, Whoophi Goldberg, Rainn Wilson, Vera Farmiga, Tony Goldwyn.

Distribuição: Diamond Films

POR FIM, LEIA MAIS:

Saideira | Um filme que entretém

‘Família’, de Izuru Narushima, peca pelo excesso

Mais pesado é o céu | Uma fábula sobre o Brasil

Tags:autismoCinemaespectro autistarobert de niro
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PorLivia Brazil
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Escritora, autora dos livros Queria tanto, Coisas não ditas e O semitom das coisas, amante de cinema e de gatos (cachorros também, e também ratos, e todos os animais, na verdade), viciada em café.
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