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Cinema

O Poço | CRÍTICA (Netflix)

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O Poço é um ótimo filme e faz pensar. Leia no Vivente Andante.

O Poço (El Hoyo) é um filme deveras metafórico com relação a diversos temas. Assisti em casa, na Netflix, durante o isolamento social que ocorre devido ao COVID-19, o coronavírus. Foi uma indicação de uma colega, a psicóloga Camila Ritto. A princípio, acabou sendo o primeiro filme que vi por completo desde o início da minha quarentena. Durante a exibição, cheguei a refletir porque naquele momento estava vendo algo tão sinistro sobre pessoas presas. Em verdade, não li nada, não vi trailer, nenhuma crítica antes de ver. E foi uma grata surpresa.

O filme fala sobre uma grande e diferente prisão, um lugar misterioso, bizarro e assustador onde dois reclusos vivem em cada nível. Uma plataforma desce todos os dias contendo comida para todos eles e acaba gerando discussões, lutas e reflexões. Como uma das bases principais temos o livro Dom Quixote. O protagonista, Goreng (Iván Massagué em boa atuação), inclusive, parece com o personagem, com seu cabelo e cavanhaque – e idealismo sonhador. Somos ele quando o filme começa, tentando entender o que é aquele lugar e descobrindo aos poucos.

Ao lado de Trimaguasi (o ator Zoron Eguileor dá um show), Goreng vai tendo choques de realidade que vão transformando-o, algo perceptível e interessante de acompanhar. Aliás, o filme vai deixando pistas e fragmentos ao mostrar cenas fora do poço, possibilitando montar um quebra-cabeças e chegar a conclusões.

Preso e curioso

A direção de Galder Gaztelu-Urrutia é eficaz e mantém o espectador preso e curioso durante todo o tempo, trazendo ângulos diversos, reflexos e closes precisos para passar o que deseja. O Poço apresenta supostamente três classes de pessoas: os de cima, os de baixo e os que caem. Porém, por trás disso, há uma grande crítica a sociedade e ao modo como a humanidade vive, onde uns tem tanto e outros tão pouco. São diversas referências que perpassam o longa-metragem sobre a bíblia, fé, religião e o purgatório. Em suma, o poço parece ser um purgatório – os números que surgem na tela auxiliam nessa visão – e a questão dos níveis tem tudo a ver com vários estudos espiritualistas onde cada um de nós estaria em um específico.

Afinal, quando vai terminando, vemos possibilidades de solução para essa problemática e algo que parece ser um toque de esperança (ou não?), contudo, há muitas interpretações possíveis por ser um fim aberto. Indubitavelmente é um filme que faz refletir muito, principalmente nesse momento onde grande parte do mundo é obrigada a ficar em isolamento e rever os próprios conceitos.

Enfim, veja o trailer em espanhol:

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Cinema

Barraco de Família | Saiba mais sobre a nova comédia com Cacau Protásio

Longa conta com um elenco estelar da comédia e da música, incluindo Péricles e Sandra Sá

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filme barraco em familia em foto de Daniel Chiacos

A comédia Barraco de Família, com direção de Maurício Eça e protagonizada por Cacau Protásio e Lellê, acaba de ter seu trailer oficial divulgado. No vídeo, conhecemos a matriarca Cleide que se vira nos 30 para cuidar de sua família na Zona Leste de São Paulo.

A princípio, o filme já tem data de estreia marcada nos cinemas: 11 de maio, semana do Dia das Mães, com distribuição da Synapse Distribution. O longa terá sessões de pré-estreia em abril em diversas cidades do país.

Aliás, confira o trailer de Barraco de Família e siga lendo:

No longa, Kellen (Lellê), uma funkeira famosa, é cancelada por causa de um vídeo polêmico vazado. Ao tentar voltar às suas origens, ela arma o maior barraco e precisará da ajuda de sua mãe, Cleide (Cacau Protásio), para desenrolar sua carreira. Apesar das brigas e confusões, essa família está pronta para se unir e resolver a situação caótica.

Péricles

Barraco de Família conta com um elenco estelar da comédia e da música nacional, incluindo o Péricles, em sua estreia nas telonas. Além disso, tem Sandra Sá, a cantora e atriz Jeniffer Nascimento, Nany People e Maurício de Barros. Completam o elenco o influenciador digital Hugo Gloss, também em seu primeiro longa, Robson Nunes, Eduardo Silva, Yuri Marçal e Lena Roque, que também assina o roteiro ao lado de Emíli

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