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crítica o surto
CinemaCrítica

‘O Surto’ chega aterrorizando Londres com atuação impressionante | Crítica

Por
Felipe Novoa
Última Atualização 30 de março de 2023
4 Min Leitura
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Uma fuga das amarras sociais, “O Surto” apresenta Joseph (Ben Whishaw) num dia de fúria e liberdade. O filme inglês mostra um homem branco, empregado e com moradia se rebelando contra as regras de convivência de sociedade. Isso tudo pode ser um ato de rebeldia e hedonismo, ou então uma crise nervosa genuína. É difícil ter certeza mas o fato é que “O Surto” segue uma tradição de filmes em que homens brancos com uma vida confortável se sentem oprimidos por uma sociedade que não os recebe de braços abertos.

O clichê da masculinidade oprimida

A partir dessa introdução pode se entender que há algo de ruim nesse tipo de narrativa, mas tem algo de diferente na interpretação de Whishaw que tenta elevar esse plot batido a uma meditação mais séria sobre as liberdades individuais. Entenda, esse vira-latismo é no mínimo machista, mas é realmente um problema que se repete frequentemente em homens cisgêneros desiludidos.

Assim, é interessante ter um filme que apresenta um cara surtado como um cara surtado, e não um anti-herói redpillado, vítima de uma sociedade que o menospreza e que precisa se soltar das garras inquisitivas do status quo. Diferente de “Coringa”, “Taxi Driver”, “Clube da Luta”, “Psicopata Americano”, e tantos outros, “O Surto” só segue Joseph apaticamente, sem grande julgamento, quase como um cinegrafista amador ou paparazzi.

Os pontos altos

Dessa forma, passando pela teoria social, sobram dois pontos a serem notados. Primeiro, a fotografia, que é de longe 50% de todo o mood de “O Surto”. Quase todas as cenas foram fotografadas de forma que só o protagonista está em foco, além de não usarem estabilização na câmera. Assim o filme fica com uma aparência e ritmo frenéticos, evidenciando um distanciamento do Joseph com os outros personagens, lugares, e com a realidade em geral. A princípio essa escolha é interessante, mas depois se torna cansativa. Esse problemática fica evidente na primeira cena do banco, que parece ser confusa até demais, sendo difícil ancorar as ações do Joseph e dos coadjuvantes.

Segundo, a atuação. Meu Deus, como eu quis dar um suco de maracujá com Valium pro Joseph. Ben Whishaw está absurdo em uma das melhores atuações de uma pessoa em crise, surtada, baratinada e pra lá de Marrakech. Cada segundo dele na tela (acho que seriam todos os segundos do filme) estão abarrotados de um estresse palpável, que a aglomeração, barulheira e artificialidade de Londres só exacerbam. Whishaw meio que tem uma cara natural de coitado, o que amplifica a sensação de desolação na vida de Joseph. Outro ator, ou uma representação menos emocional não teriam o mesmo efeito bombástico.

Os finalmentes

Por fim, é importante notar que mesmo não sendo uma história revolucionária, “O Surto” encontra uma linguagem clara e direta que ajuda a divulgar uma história reciclada. O dia de fúria já foi representado várias vezes, mas nunca tão intimista, nem tão zen. Distribuído pela Synapse Distribution, a produção estreia nesta sexta-feita, 19 de novembro.

Afinal, se liga no trailer:

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Tags:cinema britânicocinema inglêsfilme inglêso surtoo surto críticao surto resenha
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Crítico/fotógrafo. Atualmente focando na graduação em jornalismo e escrevendo muito.
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