O maior festival de cinema da América Latina reconhece a importância de exaltar profissionais mulheres no audiovisual e produções que apresentem narrativas ligadas às questões do universo feminino, além de temáticas políticas e sociais atreladas à agenda feminina no Brasil e no mundo. Entre os temas abordados, a maternidade é tema frequente nos filmes deste ano do Festival do Rio 2023.
Um curta que apresenta um desafio da maternidade com ênfase na questão LGBTQIAPN+, é A lama da mãe morta, do diretor Camilo Pelegrini, em cartaz no Estação Net Gávea hoje (13), às 21:45 e, ainda, às 16:30 no Cine Odeon no sábado (14). O curta apresenta uma mulher trans preta que tenta despejar as cinzas de sua mãe recém-falecida.
Todavia, um filme que aborda um imprevisto no ciclo reprodutivo é Levante, da diretora Lillah Halla, protagonizado por Domenica Dias. O longa-metragem foi premiado no Festival de Cannes deste ano. O Estação Net Gávea exibe o filme hoje, dia 13, às 21:45. Já no sábado, dia 14, o longa estará no Cine Odeon às 16:30.
Relação Mãe e Filhos
Em Little girl blue, a cineasta Mona Achache descobre milhares de fotos, cartas e gravações após a morte de sua mãe. Porém, todos esses segredos bem guardados tornam o acontecido ainda mais enigmático. Usando o poder do cinema e a beleza da atuação, ela traz sua mãe de volta à vida numa interpretação da atriz Marion Cotillard e tenta refazer sua jornada para descobrir quem ela era de verdade. Exibido no Festival de Cannes 2023. A saber, o filme está em cartaz no Estação Net Gávea no sábado, 14 de outubro, às 14:30.
Já Pedágio, de Carolina Markowicz, da Premiére Brasil: Competição de longa-metragem de ficção, exibido nos festivais de Toronto e San Sebastián este ano, tem como tema para além da maternidade, a homofobia. Numa relação preconceituosa, a personagem principal busca cura gay para seu filho. Tive a oportunidade de conversar com a diretora e ela afirmou que fica muita orgulhosa de ver mulheres fazendo cinema, que para mulheres é ainda mais difícil.
“Que as mulheres façam cada vez mais cinema e que ouçam cada vez mais as nossas vozes.”, afirmou.
Além da maternidade
O longa Elas por elas reúne sete curtas cujo denominador comum é a representação de protagonistas femininas. Cada uma dessas mulheres, tão diferentes, enfrenta um desafio particular em sua vida com extrema determinação e coragem, que as tornam mais fortes e autoconscientes. Filmado em todo o mundo, tem produção em associação com a We Do It Together, uma produtora sem fins lucrativos cuja missão é contar histórias sobre mulheres, por mulheres. Recebeu indicação ao Oscar por Melhor Canção Original. Ainda há três sessões do filme no Festival: nesta sexta, às 18:50, no Kinoplex São Luiz 2, com presença de convidados; no domingo (15), às 17:10, no Estação Net Gávea 4; e ainda na repescagem no dia 18, às 16:30, no Estação Net Botafogo 1.
Além disso, As parteiras conta a história de duas parteiras que lidam com o processo de nascimento, maternidade e morte de mulheres. O longa pode ser visto no sábado, dia 14, às 13:30, no Kinoplex São Luiz 4.
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