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Cultura

Que Boca na Cena? | Projeto descentraliza a cena teatral e dá voz a artistas negros periféricos

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Que Boca na Cena

Elaborado para gerar renda para artistas e trabalhadores da cultura e expandir a circulação de um repertório de excelência artística e de pensamento crítico, o evento “QUE BOCA NA CENA? EDIÇÃO MARÉ” acontece entre os dias 23 e 26 de Janeiro através do canal do YouTube do Museu da Maré – https://www.youtube.com/channel/UC96lEX4UZm8uvyHdztVvPXg.

Com realização da Corbelino Cultural em parceria com o PUD – Psicanalistas Unidos pela Democracia e patrocínio da Prefeitura do Rio / Secretaria Municipal de Cultura (SMC-RJ) via Lei Aldir Blanc, a primeira edição do evento na Maré realiza três dias com apresentações de artistas negros independentes moradores do Complexo de favelas da Maré, selecionados através de convocatória pública e escolhidos pela curadoria fixa, formada por Juliana França e Natasha Corbelino, e pela curadoria convidada – composta por Renata Tavares, do projeto Entre Lugares, e Claudia Rose, diretora do Museu da Maré.

Antirracismo

“’Que boca na cena?’ é um projeto que pretende urgentemente se instaurar como prática antirracista continuada, confabulando uma escritura social, estética e financeira que atue para além das hashtags. É uma pergunta, uma ferramenta, uma estratégia, uma plataforma, um programa virtual que tem por objetivo gerar conversas e desmantelar a rota (já viciada) do capital”, explica Natasha, da Corbelino Cultural, idealizadora do projeto.

Em todas as três noites de evento, o grupo anfitrião “Projeto Entre Lugares” abre a programação com uma cena curta. Logo depois acontece a apresentação dos artistas selecionados, seguida de conversa com trabalhadores e estudantes de teatro mareenses, também escolhidos por convocatória. Nos dias 25 e 26, o projeto ainda oferecerá uma oficina de instrumentalização na plataforma Zoom para artistas, técnicos da cultura e professores, como motor para, neste momento, ampliar as possibilidades de geração de renda no novo campo de trabalho que se impõe: o virtual.

SERVIÇO:

“QUE BOCA NA CENA?” – EDIÇÃO MARÉ

APRESENTAÇÕES:

DATA23 a 25 de janeiro de 2021

HORA19h

ONDEYouTube do Museu da Maré – https://www.youtube.com/channel/UC96lEX4UZm8uvyHdztVvPXg

DURAÇÃO: 2h (50’ de apresentações, 30’ de falas convidadas, 30’ de conversa com o público)

INGRESSOS: Entrada Franca

OFICINAS:

DATA25 e 26 de janeiro

HORÁRIO10h às 12h no aplicativo Zoom

MINISTRANTE: Natasha Corbelino

INSCRIÇOES E MAIS INFOS: Instagram @quebocanacena

PARTICIPAÇÃO GRATUITA

HISTÓRICO:

Os primeiros passos deste projeto foram dados na pandemia, em julho de 2020. Naquele mês, Natasha Corbelino e os Psicanalistas Unidos Pela Democracia anunciaram a proposta em um ato no Zoom: começaria ali um modo do programa continuado de Psicanálise, Política e Arte nomeado “Que Boca Na Cena?”, que pretende urgentemente se instaurar como prática antirracista. Desde então, seguem com apresentações mensais seguidas de falas convidadas em torno da artista do mês. Em agosto, foi Leandro Santanna com o espetáculo “Lima Barreto”; em setembro, Adrielle Vieira com “Amor Preta”; em outubro, Isabel Figueira com “Retomada” e, em novembro, Dani Câmara com “ArFRESCO”.

PROGRAMAÇÃO “QUE BOCA NA CENA?”

23 DE JANEIRO – 19h

CENA DE ABERTURA

Artista: Maya Oliver 

Título: A filha!  

Dramaturgia: Pedro Emanuel

Direção: Renata Tavares e Tiago Ribeiro

É possível embranquecer um corpo negro? O que acontece consigo quando é atravessado por tal desejo? Qual o nível de agressividade tal operação pode gerar (consigo mesmo)? O que é ter que seguir um padrão? Quais são as regras estipuladas por formas padronizadas? Como elas afetam os corpos daqueles que não se enquadram? Quais incômodos permanentes tais imposições impõem?

Fragmentos do espetáculo “Ela não se lembra mais”, do projeto Entre Lugares

CENA PRINCIPAL

Artista: David Almeida 

Título: Arte da Dança e suas Experiências

David Almeida estudou no conservatório brasileiro de dança onde permaneceu por oito anos. Viajou e participou diversos festivais inclusive um dos maiores festivais de dança do Brasil em Joinville (SC). Atualmente é professor de dança no Espaço Tijolinho, na Maré, drag queen no projeto EER e faz parte do curso de formação de professores em Hatha Yoga através do Yoga na Maré. É aluno do Projeto Padê de Danças Negras, do Curso de Extensão em Dança da UFRJ.

FALAS

Brainer Lua

Brainer Lua é artista, trans, tem 24 anos e é moradora do Complexo do Pinheiro – Maré. Graduando em Teoria da Dança pela UFRJ e pesquisadora e produtora da Cultura Ballroom Carioca.

Bárbara Assis 

Bárabara Assis iniciou seu estudo em teatro em 2014 na turma onde se fundou o Grupo Atiro e no mesmo ano formou o grupo de Teatro do Oprimido MaréMoTO. Integrou o grupo Maré de Histórias. Atuou em “Corpos Invisíveis”, um filme documentário previsto para estreiar em 2021. Participou da Mostra Sesc Regional Zona Norte com preparação de Vilma Melo no espetáculo “Corpo Minado”, do Grupo Atiro. Atualmente estudante de piano e canto na Escola de Música Villa Lobos.

24 DE JANEIRO – 19h

CENA DE ABERTURA

Artista: Jefferson Melo 

Título: Ainda dá pra assistir TV? 

Dramaturgia: Pedro Emanuel

Direção: Renata Tavares e Tiago Ribeiro

Absurdos estruturais, absurdos institucionais, absurdos da TV. Cinismo enlatado. Isso é percebido? Ou mesmo muito nítido, passa batido? Fragmentos do espetáculo “Ela não se lembra mais”, do projeto Entre Lugares.

CENA PRINCIPAL

Artista: Rick Xavier

Título: Pausa sem Silêncio

Rick Xavier tem 25 anos, é morador da favela da Maré. Intérprete, criador, coreógrafo, ator, performer, professor e produtor cultural. Atualmente é bailarino da Lia Rodrigues Cia de Danças. Formado pela Escola Livre de Dança da Maré e graduando em Licenciatura em Dança na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Idealizador e diretor do Coletivo Papo de Laje. Ativista e Militante pelos direitos e acessos dos corpos negros, favelados e LGBTQIA+.

FALAS

Mauriceia Soares

+

Lucas Buda

Jovem de 26 anos, cria do Complexo da Maré. Professor de Capoeira e Educação Física, arte educador, pesquisador e pós-graduando em Relações Étnico Raciais pelo programa de pós-graduação do Colégio Pedro II. Atuante em projeto social na Lona da Maré e no Luta pela Paz, na rede privada de ensino, com crianças e pessoas com Deficiência e atua onde a internet chegar através do trabalho no canal do YouTube: Lucas Buda Capoeira. Ator, roteirista, editor, diretor – e mais o que a vida sugerir que se faça para a sobrevivência de um artista negro e periférico.

25 DE JANEIRO – 19h

CENA DE ABERTURA

Artista: Rebeca Sophia 

Título: Ouviram do Ipiranga o quê? 

Em seu solo, Rebeca Sophia, atriz do Entre Lugares, questiona as promessas contidas no hino nacional: quem é silenciado pelo grito do Ipiranga? A cena é um trecho retirado do espetáculo “Ela não se lembra mais” (2019). Fragmentos do espetáculo “Ela não se lembra mais”, do projeto Entre Lugares

Dramaturgia: Pedro Emanuel

Direção: Renata Tavares e Tiago Ribeiro

CENA PRINCIPAL

Artista:  Kamy

Título: Particularidades

Kamy, 25 anos, é moradora e cria da Nova Holanda, Maré. Trabalha como atriz no Grupo Atiro desde 2014, integrou o grupo Marear do Teatro do Oprimido e também participou como atriz no curta metragem “br3” dirigido por Bruno Ribeiro (2017), faz parte da equipe do Projeto Favela Mona. Foi contemplada pelo edital Chamada Pública: novas formas de fazer arte, cultura ecomunicação nas favelas realizada pela Redes da Maré onde Idealizou, compôs e atuou como intérprete/cantora no EP “Particularidade”, lançado em 2020.

FALAS

Preta Queen B Rull 

Preta Queen B Rull é cria da maré (Parque União), favelado, funkeira, ator e drag queen. Começou no teatro em 2017, faz parte do Grupo Pantera, onde criou sua drag e se tornou ator. Faz parte do Projeto de Apresentação de Drags Pela Favela. “Ser uma bicha preta afeminada e Drag queen na favela me orgulha e me faz sentir o que eu represento pra todas que vieram antes de mim. É um legado, amo o que eu faço”, pontua.

Êlme

Mareense e filho de angolanos, é ator, cantor, percussionista e arte educador. Iniciou seus trabalhos como ator no projeto Entre Lugares, tendo realizado cinco espetáculos do projeto. Jáfez participações em clipe, novela e longa-metragem. Co-fundadador da Cia Negresco, criada em 2016 a partir do projeto “Palco Nas Escolas” (iniciativa sem apoio institucional com o intuito de levar arte para as escolas) que foi realizado na Escola Municipal Josué de Castro. Em 2018 realizou oficinas de teatro e música com alunes do 6º ao 9º ano, que culminou em uma esquete apresentada no dia da formatura. Indicado a Melhor Ator, pelo júri popular, e Melhor Texto Original e vencedor do Prêmio Especial do Júri e Terceira Melhor Cena no 3° Festival do Teatro Ziembinsky. Seu último trabalho foi no espetáculo “Hoje não saio daqui”, da Cia Marginal, escrito por Jô Bilac com a colaboração dramatúrgica da Cia Marginal e atores convidados angolanos. Atualmente integra o elenco da websérie “Quintal C11”.

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Cinema

Zack Snyder leva exclusividade de Rebel Moon à CCXP23

Zack Snyder e elenco de Rebel Moon levam Palco Thunder à loucura na CCXP23.

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Em uma noite que entrará para a história da CCXP, a Netflix e Zack Snyder apresentaram pela primeira vez para o público, na sexta (1), o universo de Rebel Moon, nova aventura épica do diretor. Além de Snyder, que fez sua grande estreia na CCXP, o elenco do filme e os produtores Deborah Snyder, Eric Newmann e Wes Coller também participaram do painel no Palco Thunder, nesta sexta (1), onde aconteceu a primeira exibição mundial de Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo, que estreia no dia 22 de dezembro na Netflix.

O aguardado painel, que contou com a apresentação de Carol Moreira e João Luis Pedrosa, começou com a invasão do temido Mundo-Mãe. Soldados dominaram o palco e, em seguida, a audiência foi transportada direto para os planetas e luas da saga, como Veldt e Neu-Wodi, além de descobrirem as criaturas e novos heróis do universo Rebel Moon! Snyder, os produtores e elenco, formado por Sofia Boutella, Djimon Hounsou, Ed Skrein, Michiel Huisman, Ray Fisher, Charlie Hunnam, Staz Nair e E. Duffy, receberam muitos aplausos dos fãs brasileiros a cada interação dos atores. Para o delírio do público, Charlie Hunnam exibiu a camiseta do Brasil por baixo do figurino, Ed Skrein fez uma entrada triunfal ao lado de soldados do Mundo-Mãe, enquanto Staz Nair surpreendeu o público ao mandar ver no português, com direito a um “obrigado, família!”.

Exclusividade para o Brasil

Snyder, junto do elenco e demais produtores, compartilhou detalhes exclusivos sobre os personagens e as experiências de gravação no set de filmagem. Em um momento emocionante de celebração dos fãs, seis sortudos da plateia puderam fazer suas perguntas diretamente para os atores. “Para mim, escalar o elenco é uma parte muito importante de fazer um filme. Eu tinha ideias muito específicas do que queria para os personagens. É uma honra e um privilégio incrível trabalhar com esses atores”, comentou Snyder, enquanto Sofia celebrou sua protagonista “badass”. 

No auge do painel, a exibição na íntegra de Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo, no telão do Thunder, se materializou em um espetáculo visual repleto de ação e efeitos especiais que deixou a audiência em êxtase. “Rebel Moon é uma carta de amor para a ficção científica”, anunciou o diretor sob uma salva de palmas.

Mais surpresas

E não parou por aí. Ao final da sessão, o público (e o elenco!) se surpreenderam com um teaser inédito da Parte 2 do filme, também exibido pela primeira vez no Brasil. Com isso, a expectativa foi lá no alto para a estreia de Rebel Moon – Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes. A parte 2 chega na Netflix em 19 de abril de 2024.

Vale lembrar que o público da CCXP tem até domingo (3) para explorar o universo Rebel Moon através de experiências imersivas exclusivas. Réplicas hiperrealistas, interações com criaturas do filme, visitas ao bar de Providence e a oportunidade única de estrelar Rebel Moon em um trailer personalizado. Essas são apenas algumas das experiências que aguardam os fãs nos próximos dias. Chega mais, o futuro pertence aos rebeldes.

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