Na última quinta-feira (24/08), uma noite repleta de expectativas e emoções tomou conta do Kinoplex Rio Sul durante a pré-estreia do filme “O Porteiro”, dirigido e roteirizado por Paulo Fontenelle, que promete conquistar o público a partir de sua estreia oficial nos cinemas, no dia 31 de agosto. Quase todo o elenco esteve presente, só fazendo bastante falta Cacau Protásio.
A princípio, o longa-metragem traz uma história simples e engraçada, que ganha brilho em especial pelo talentoso protagonista, Alexandre Lino. O enredo de “O Porteiro” nasceu a partir de um espetáculo teatral homônimo. A peça ficou em cartaz nos palcos por seis anos consecutivos e atravessou mais de 40 cidades, angariando uma audiência impressionante de mais de 100 mil espectadores. A aclamação do monólogo teatral serviu como argumento para a adaptação cinematográfica, contando com a produção da Rubi Produtora e contribuições das produtoras Bronze Filmes, Quimonos e Cineteatro. A distribuição do filme está sob os cuidados da tradicional Imagem Filmes.
O trabalho feito na pré foi bastante eficiente, lotando as 6 salas do complexo de cinemas do Shopping Rio Sul. Logo após o fim do filme, Alexandre Lino apareceu caracterizado como o porteiro Waldisney, e atendeu, com toda sua simpatia, o público que fazia fila para tirar fotos com ele.
Risadas
Antes do início do filme, elenco e parte da equipe foram de sala em sala agradecer a todos. Sentei lá atrás e fiquei de olho nas reações. O festival de risadas foi grande e é impressionante a personagem Dona Alzira, vivida por Suely Franco, que praticamente não tem falas em todas as suas aparições, mas arranca risadas com sua expressividade, com ajuda da boa trilha sonora.
O delegado, vivido por Maurício Manfrini, serve mais como escada para Alexandre Lino brilhar, contudo, tem seu momento de destaque ao explicar os vários nomes da Cannabis Sativa. É hilariante.
Além disso, Cacau Protásio como a zeladora Rosivalda tira gargalhadas dos espectadores com imensa facilidade, enquanto Daniela Fontan como Laurizete, esposa do porteiro, também não fica atrás. Aline Campos surpreende como uma moradora estudante de Psicologia.
O sucesso do porteiro
Afinal, o filme tem tudo para ser um sucesso junto ao público, dando continuidade ao êxito do espetáculo teatral que o antecedeu e com grandes chances de ser a maior bilheteria brasileira dos últimos tempos. A partir do dia 31 de agosto, os cinemas se tornarão palco para as aventuras do porteiro Waldisney, e, pessoalmente, já estou no aguardo da sequência.
“Por minha própria natureza e vocação, acho que já estava predestinado a viver esse personagem. Eu, artista nordestino, migrei para o Rio de Janeiro em busca da realização de meus sonhos. A minha bagagem carregava as mesmas expectativas, alegria e uma força que se iguala a de milhares de porteiros. Quando escolhemos fazer a peça, o diretor e autor Paulo Fontenelle e eu decidimos juntos que seria um reflexo da realidade. Fomos às ruas e portarias de inúmeros prédios para ouvir os porteiros e suas histórias de vida bem-humoradas e repletas de superação. Esse material foi mais do que suficiente para a criação da dramaturgia para o filme, para o espetáculo e para meu trabalho como ator. E, ao contrário do senso comum, invisíveis não são as pessoas, invisíveis são suas histórias”, explica o Lino. Vida longa a esse grande ator!