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Conheça ‘Vozes à Flor da Pele’ e a jornada inspiradora de uma humanitária brasileira

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Vozes à Flor da Pele

Hoje quero falar sobre um livro que recentemente li e que me impactou profundamente. “Vozes à flor da pele”, escrito por Fernanda Baumhardt, conta a história de uma humanitária brasileira em busca de propósito.

Ao folhear as páginas dessa obra, me vi imersa em uma história tão real e emocionante que foi impossível conter minhas emoções, Fernanda me mostrou como é possível transformar o sofrimento em esperança e acreditar que cada um de nós pode fazer a diferença.

Ela nos lembra que não precisamos ter grandes recursos ou uma posição de destaque para ajudar o próximo, mas sim ter empatia e ações concretas. Dessa forma, através de relatos emocionantes e inspiradores, o livro narra as experiências de Fernanda em diferentes países, onde ela se depara com situações desafiadoras, como a guerra, a fome e a pobreza extrema.

O convite de Vozes à Flor da Pele

Apesar de todos os obstáculos, ela persiste em seu propósito, buscando sempre formas de fazer a diferença na vida daqueles que mais precisam. Esse livro, é um convite para despertarmos o humanitarismo que existe dentro de nós e descobrirmos nosso próprio propósito, seja ele no voluntariado, na carreira profissional ou em qualquer outra forma de contribuição para um mundo melhor.

A mensagem que fica para mim ao terminar essa leitura, é a importância de ouvir as vozes que trazemos dentro de nós. É necessário dar espaço para nossas emoções, acolhendo-as em vez de sufocá-las. “Vozes à flor da pele” me mostrou que, ao abraçar nossas fragilidades, nos tornamos mais fortes e capazes de superar as adversidades que a vida nos apresenta. Recomendo esse livro a todos que buscam uma leitura profunda e transformadora. Prepare-se para se emocionar e, principalmente, para se reconectar consigo mesmo. Deixe-se levar pelas vozes à flor da pele e se permita sentir.

Ficha Técnica

Vozes à Flor da Pele – uma humanitária brasileira em busca de propósito

Fernanda Baumhardt, com Rosane Queiroz

Editora Lacre

ISBN: 978-65-89884-21-7

244 Páginas

R$62,00

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Caroline Teixeira é estudante de Psicologia e Psicanálise, apaixonada por palavras, cultura e boas relações, acredita que a arte pode ser uma ótima ferramenta para a evolução da psique humana.

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Cinema

Crítica | ‘O desafio de Marguerite’ mostra a potência da mulher

Filme estreia em 07 de dezembro no Brasil.

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O desafio de Marguerite.

O desafio de Marguerite foi destaque na primeira edição do Festival Internacional de Cinema de Biarritz. Além disso, foi apresentado na Sessão Especial do Festival de Cannes de 2023, onde venceu o prêmio do júri técnico CST Young Film Technician Award, pela direção de arte assinada por Anne-Sophie Delseries. O longa de Anna Novion estreia no Brasil no dia 07 de dezembro, com distribuição da Synapse Distribution.

O filme conta a história de Marguerite Hoffmann, uma estudante de 25 anos que está prestes a apresentar sua tese de doutorado. Mas, quando um erro técnico acaba com sua teoria, ela decide sair da universidade e aplicar o que aprendeu na vida real. A personagem foi inspirada em uma experiência pessoal da diretora e na trajetória de Ariane Mézard, uma das grandes matemáticas francesas da atualidade. “Ela foi a primeira pessoa que conversou comigo sobre matemática de uma forma artística e imaginativa, o que me interessa muito como cineasta”, diz Anna Novion.

A diretora conta também que, quando tinha cerca de 20 anos, ficou doente e precisou se afastar do convívio social por seis meses. Ao retornar, sentiu uma lacuna entre ela e as pessoas da mesma idade, como se não pertencessem ao mesmo lugar. Essa experiência de desconexão com o mundo e com as outras pessoas, aliada aos ensinamentos de Ariane, tornaram O Desafio de Marguerite possível de acontecer.

Para exemplificar, fique com o trailer:

Originalidade

O ponto alto do filme é, sem dúvida, sua temática diferenciada. A diretora se utiliza da matemática e do fato de Marguerite não ter outra vivência senão o estudo da ciência para mostrar como as pessoas arranjam artifícios dos mais variados para esconder suas fragilidades e se esconderem do mundo. É uma forma bastante criativa de tratar do assunto, principalmente por ser uma mulher. Temos muitos filmes retratando cientistas e estudiosos de áreas das Exatas homens, porém poucos que mostram mulheres cientistas.

O motivo disso aparece em O desafio de Marguerite e está no fato de se relacionar sempre mulheres a sentimentos e associar isso a algo negativo. Como o orientador de Marguerite diz, “matemáticos não podem ter sentimentos”, e a sociedade acredita que só mulheres os têm. E , além disso, que essa característica as resume. O filme mostra que não. E que é possível utilizar esses sentimentos ditos negativos no mundo científico para benefício próprio. E, também, como a mulher é desvalorizada no mundo acadêmico, principalmente em um tão masculino como o da matemática.

O desafio de Marguerite
Imagem: Divulgação.

É muito original, também, a forma como os conflitos de Marguerite são resolvidos. Os caminhos que ela vai tomando a partir de sua saída da universidade. É um roteiro que não segue o óbvio. Ele te surpreende a cada passo tomado, e isso é muito surpreendente. Principalmente em um mundo tomado de obras audiovisuais previsíveis.

Ritmo diferente

Contudo, exatamente por não ser uma produção genérica e mais do mesmo, há um burilamento no roteiro, ele tem um ritmo diferente do que se vê por aí hoje em dia. Portanto, o espectador acostumado a um ritmo mais acelerado vai estranhar. Pode, inclusive, achar um pouco chato. É um filme cheio de silêncios, principalmente por causa da natureza contida de Marguerite. Ele te obriga a observar o tempo inteiro, assim como precisa fazer um matemático tentando provar uma hipótese. Isso não significa que é um filme chato ou lento demais. Por causa do ritmo, você entra aos poucos na vida e na cabeça de Marguerite, e esse tempo ajuda a compreender melhor a personagem.

Ella Rumpf brilha no papel de Marguerite, essa mulher que faz de tudo para se esconder do mundo e das pessoas. E que só sabe enxergar seu potencial no mundo acadêmico, mas não tem ideia de como enfrentar o mundo real. É bonito de ver como a atriz se entregou ao papel e a forma como ela retrata a personagens aos poucos se entregando e entendendo como o mundo funciona fora dos portões da universidade.

“Quando conheci Ella Rumpf, conversamos muito e eu simplesmente soube. Tive a sensação de que poderia haver uma conexão fascinante entre Ella e a personagem, e que daria à luz uma encantadora Marguerite. Ela exalava uma intensidade e um comprometimento que eu queria filmar”, disse Anna Novion.

É um filme encantador, que mostra a potência da mulher. Em qualquer área que escolha viver.

Anna Novion.
A diretora Anna Novion.

Ficha técnica

O DESAFIO DE MARGUERITE

Le Théorème de Marguerite | 2023 | França | 1h52 | Drama

Direção: Anna Novion

Roteiro: Anna Novion e Mathieu Robin

Elenco:  Ella Rumpf, Jean-Pierre Darroussin, Clotilde Courau

Produção: TS Productions

Distribuição: Synapse Distribution

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