Na noite da última sexta-feira (20), a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) inaugurou em sua sede, no Rio de Janeiro, um mural que retrata mais de um século da prática e do desenvolvimento da cardiologia no Brasil.
Grandes nomes da especialidade, ex-presidentes e membros do Conselho Consultivo Permanente da entidade estavam presentes na solenidade. Passaram por lá: José Antônio Franchine Ramires, Antônio Carlos Palandri Chagas, Jorge Guimarães, Jadelson Pinheiro de Andrade, além do atual presidente, Marcelo Queiroga. AInda por cima, o doutor Fábio Jatene, do Instituto do Coração de São Paulo e do Dr. Fausto Pinto, presidente da World Heart Federation e diretor da Faculdade de Medicina de Lisboa.
Ícones da cardiologia brasileira
A pintura “No Coração dos Trópicos” é um conjunto de três painéis de acrílico sobre tela justapostos, de 6,3 m de largura por 1,8 m de altura, do artista plástico paraibano Flávio Tavares de Melo. A saber, o mural retrata a cardiologia brasileira, com suas influências no exterior e diálogos com ícones da medicina do fim do século XIX até os dias atuais. Por exemplo, pode-se ver Carlos Chagas, Oswaldo Cruz, Miguel Couto, Dante Pazzanese, Luiz Décourt, Magalhães Gomes, Adib Jatene, Euryclides Zerbini e outros tantos, que muito contribuíram para a evolução da medicina no Brasil, pintados num cenário tropical.
Enfim, Flavio Tavares criou um conjunto de ambientes. Vemos a paisagem amazônica, o pavilhão mourisco da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), rios e o sertão. Além disso, tem casas de taipa, que recebiam visitas de médicos e pesquisadores em busca de pacientes e de material para a cura a partir das mais diversas terapias. Por fim, tem o edifício do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
Memória
“Essa obra faz um tributo a uma geração de ouro, que propiciou um dos orgulhos da medicina nacional, e imortaliza a cardiologia como ciência em uma sinfonia de cores, que ganha vida com a inspiração e o estilo ímpar desse mestre da pintura”, destaca o presidente da entidade, Marcelo Queiroga.
“No Coração dos Trópicos” integra o projeto “Memória da Cardiologia Brasileira”. Esse projeto teve início em agosto passado com a inauguração do painel que mostra a cronologia dos marcos científicos da especialidade no país. Foi na sede carioca da SBC, na celebração do Dia do Cardiologista e nos 77 anos da entidade.
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Sobre a SBC
A fundação foi em 14 de agosto de 1943, na cidade de São Paulo. Ideia de um grupo de médicos de destaque liderados por Dante Pazzanese, o primeiro presidente. Afinal, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), tem atualmente um quadro de mais de 13.000 sócios. A saber, é a maior sociedade de cardiologia latino-americana, e a terceira maior sociedade do mundo.
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