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critica Clarice e Nelson - Marcos França e Carol Cezar Foto Ícaro J. Brito
CríticaCulturaEspetáculosNotícias

Clarice e Nelson – Um recorte biográfico a partir de entrevistas | Crítica

Por
Alvaro Tallarico
Última Atualização 21 de fevereiro de 2023
4 Min Leitura
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Carol Cezar e Marcos França (Foto: Ícaro J. Brito)
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O espetáculo Clarice e Nelson – Um recorte biográfico a partir de entrevistas tem a façanha de trazer dois grandes escritores para perto do público. Esse é um dos maiores poderes do teatro, essa proximidade, muito bem utilizada nessa montagem.

O título da peça já adianta, não temos os sobrenomes deles, são seus primeiros nomes, o negócio é mais pessoal, íntimo. No palco, os medos e as angústias desses baluartes literários os trazem para o comum, para perto de nós, reles mortais de frente para os imortais.

Na sinopse, Clarice Lispector e Nelson Rodrigues têm um encontro fictício no Jardim Botânico em meados de 1949, quando ainda eram dois jovens nomes da literatura brasileira. Esse encontro não aconteceu, mas a peça cria essas conversas a partir dos trechos de entrevistas concedidas pelos escritores ao longo da vida.

As falas de Clarice e os olhos de Carol

É dessa forma que viaja o texto de Rafael Primot e Franz Keppler com direção de Helena Varvaki e Manoel Prazeres. Brincando na metalinguagem a montagem conta também a história de um ator (Marcos França) e uma atriz (Carol Cezar) que debatem sobre como levar essa ideia para os palcos. Essa mescla é interessante, em suas idas e vindas, nos devaneios dos atores e nas verdades dos autores.

O elenco entrega bem seus papeis, há uma química e uma evocação dos escritores. Carol, em especial, hipnotiza quando olha nos olhos dos espectadores, jorrando as falas de Clarice, arrepiando em muitos momentos, unindo vocação e talento.

“Escrever sempre me foi difícil, embora tivesse partido do que se chama vocação. Vocação é diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir.” (Clarice Lispector)

O cenário de Letícia Ponzi e George Bravo é pura literatura, entre páginas e páginas de livros, como tapetes mágicos, folhas em branco e máquinas de escrever. Uma delas parecia a que meu pai tinha. Tal fato ajudou na minha emoção pessoal, escutar o bater das teclas, lembrar de outras eras. Aliás, meu pai era fã de Nelson Rodrigues e suas tiradas pontiagudas, das quais muitas estão no espetáculo.

“Todo amor é eterno e, se acaba, não era amor.” (Nelson Rodrigues)

O espetáculo passa rápido e deixa um gosto de quero mais, talvez até a vontade de ver de novo, reviver esses símbolos através daquelas atuações, sonhar que conhecemos e estamos lado a lado com esses humanos que tanto nos fascinam.

Devido ao sucesso, a temporada do espetáculo Clarice e Nelson – Um recorte biográfico a partir de entrevistas, em cartaz no Teatro III do CCBB RJ, segue até dia 18 de dezembro.

Serviço:

Clarice e Nelson – Um recorte biográfico a partir de entrevistas

Temporada: De 11 de novembro a 18 de dezembro de 2022.

Dias e horários: 5ª a sáb., às 19h30, e dom., às 18h.

Local: CCBB – Teatro III (Rua Primeiro de Março, 66 – Centro).

Informações: 3808-2020.

Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Onde comprar: na bilheteria do CCBB ou no site Eventim: https://ingressos.ccbb.com.br/teatro-clarice-e-nelson-um-recorte-biografico-a-partir-de-entrevistas__449

Capacidade: 72 pessoas

Duração: 55 minutos

Classificação indicativa: 14 anos

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Tags:clarice e nelsoncritica clarice e nelsonpeça clarice e nelson
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Jornalista especializado em Jornalismo Cultural pela UERJ.
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