Aveiro é uma agradável cidade de Portugal, especificamente conhecida como a Veneza Portuguesa. Isso porque tem um rio com gôndolas que levam as pessoas para passear. Em uma dessas promoções animadoras, saindo de Porto, o comboio (trem) saiu por 2 euros ida e volta. Aliás, as gôndolas sempre tem alguns desenhos. Pude perceber uma que tinha do jogador Eusébio, mas a maior parte tem alguma piada de cunho sexista.
Lá costuma ter uma festa para São Gonçalinho, o casamenteiro das velhas, ou, como dizem por lá, “o Santo que resolve quando Santo Antônio falha”. Ademais, ainda tem um doce popular que homenageia o santo, chamado “quilhões de São Gonçalo”, com formato fálico.
Os doces fálicos e São Gonçalo no Museu da Arte Nova
São Gonçalo de Amarante Casai-me que bem podeis, Já tenho teias de aranha, Naquilo que vós sabeis.
São Gonçalo de Amarante Feito de pau azevinho Dai-me força no vergalho; Como porco no focinho
São Gonçalo de Amarante Que estás virado prá vila Virai-vos pró outro lado Que vos dá o sol na pila
Veneza Portuguesa
A saber, em Aveiro, tudo fica próximo e pode ser feito a pé. O Museu da Arte Nova não tem tanta coisa, mas possui uma casa de chá fofa. Após andar um pouco mais tem o Museu da Cidade, maior e com algumas peças históricas da cidade. Também há exposições contemporâneas. No domingo que estive era sobre a forma como estamos tratando o planeta. Por fim, ao sair pelas ruas, comi pizza em um estabelecimento local, atendido por um angolano. Falou que 80% do público ali era de brasileiros. Realmente, a quantidade de brazucas é impressionante.
Em suma, Aveiro vale um passeio rápido, pelo seu sossego e peculiaridades.
Jornalista Cultural. Um ser vivente nesse mundo cheio de mundos. Um realista esperançoso e divulgador da cultura como elemento de elevação na evolução.