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Cinema

Umbrella | Veja um curta em animação que emociona com belas mensagens

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umbrella curta brasileiro de animação

Umbrella é um curta-metragem que traz diversas mensagens no subtexto. É sobre trauma, a situação dos refugiados, desapego, desigualdade, amor. Conta a história de um menino em um orfanato. O local recebe a visita de uma mãe e uma filha, que estão doando brinquedos.

A menina leva um guarda-chuva amarelo, que provoca lembranças no menino com relação ao pai que o deixou no orfanato. Uma das belezas do roteiro é contar a história sem diálogos. A qualidade da animação, colorida e com boas texturas, auxilia nesse processo.

A princípio, já percebemos a oposição do menino, triste e solitário, e a menina, chateada por ter que ir até aquele lugar. A expressão dela logo muda ao ver as reações das crianças que recebem seus brinquedos. Aqui aprendemos sobre desapego e caridade.

Laço amarelo e a transmutação

Muitas vezes as piores coisas que nos acontecem são exatamente aquelas que mudam nossas vidas de formas arrebatadoras. O menino pega o guarda-chuva sorrateiramente e esconde no sótão sombrio. Quando a menina o encontra, seguindo o rastro de pingos, fica chateada, porém, nesse momento, descobrimos o porquê do fascínio do menino pelo guarda-chuva. Então vemos uma das melhores e mais emocionantes sequências do curta-metragrem. A partir da lágrima do menino vemos a árdua jornada dele saindo de seu país, morando na rua e chegando ao orfanato. As transições são suaves e bonitas, com um bom uso raccord.

Ali também o filme fala de amor romântico e salvador. Na troca de olhares entre as duas crianças, quando ela, após descobrir a história do outro, entrega o guarda-chuva amarelo em suas mãos. Aqui, outra transição entre tempos ocorre com sensibilidade. Aliás, tal palavra permeia o filme.

O tempo passa, o menino agora é idoso e vende guarda-chuvas, mas segue sonhando que seu pai irá reaparecer. Temos mais uma cena extremamante melancólica. O idoso cai nas ruas buscando a ilusão do pai. Entretanto, a senhora que lhe ajuda a levantar é aquela menina do início. Ela usa a cor violeta, relacionada a transmutação. Ou seja, por fim, ele encontrou o amor graças ao trauma vivido, hoje ressignificado, apesar da cicatriz que nunca lhe deixará.

O guarda-chuva amarelo é o símbolo da loja e o laço que une passado, presente e futuro. Umbrella é um bom filme da Stratostorm e possui diversas camadas e mensagens nos seus quase 8 minutos de duração.

Enfim, veja aqui Umbrella:

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Cinema

‘A Filha do Rei do Pântano’ tem fotografia eficiente em um suspense que começa bem

Daisy Ridley estrela

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crítica A Filha do Rei do Pântano da Diamond Films

“A Filha do Rei do Pântano” (The Marsh King’s Daughter), dirigido por Neil Burger e estrelado por Daisy Ridley (da última trilogia Star Wars) e Ben Mendelsohn, chega aos cinemas com grandes expectativas, especialmente devido ao seu elenco e à adaptação do best-seller homônimo de Karen Dionne. O filme começa prometendo oferecer uma experiência envolvente e sombria, mas, infelizmente, não consegue cumprir todas as suas promessas.

A princípio, o início, com a infância de Helena e sua relação com o pai é uma das primeiras coisas que se destacam em “A Filha do Rei do Pântano”. Cheguei a lembrar um pouco do bom “Um Lugar Bem Longe Daqui“, por ter essa questão familiar e uma jovem menina na natureza. Ambos são baseados em livros de sucesso. Contudo, enquanto “Um Lugar Bem Longe Daqui” oferece um roteiro bem amarrado que prende até o fim, com boas viradas, “A Filha do Rei do Pântano” vai se perdendo aos poucos, com alguns furos sem explicação como o que aconteceu com o trabalho da protagonista e os cúmplices do Rei do Pântano.

Aliás, veja o trailer de “A Filha do Rei do Pântano” em seguida, e continue lendo:

Entretanto, a fotografia de Alwin H. Küchler é uma virtude. As cenas noturnas são especialmente cativantes, capturando a atmosfera sombria e opressiva do pântano de forma impressionante. A paleta de cores utilizada ressalta a sensação de isolamento e perigo que permeia a trama, proporcionando um cenário visualmente impactante que contribui muito para o clima do filme. A cena onde Helena flutura num lago, e só vemos seu rosto, é linda. Assim como aquela que abre a película.

No entanto, apesar da beleza da cinematografia, as falhas e furos do roteiro prejudicam a narrativa. A premissa de uma mulher que precisa enfrentar seu passado sombrio para proteger sua filha é clássica, mas a execução deixa a desejar em vários momentos. A falta de desenvolvimento de certos personagens e subtramas deixa o espectador com perguntas não respondidas e cria um vazio na história que poderia ter sido melhor explorado.

Outro ponto que deixa a desejar é o final previsível. Desde o início, o destino de Helena (Daisy Ridley) parece traçado de forma óbvia, o que tira um pouco do impacto emocional que o filme poderia ter alcançado. A ausência de reviravoltas surpreendentes ou momentos verdadeiramente chocantes contribui para que a trama se torne previsível e, em última análise, menos satisfatória.

Daisy Ridley entrega uma atuação convincente como Helena, mas nada genial. Ben Mendelsohn está bem como o sinistro Rei do Pântano, principalmente no começo do filme. Além disso, a fofa Joey Carson como Marigold Pelletier cativa.

Em resumo, “A Filha do Rei do Pântano” é um filme que brilha em sua cinematografia, mas que peca em seu roteiro e na falta de surpresas em sua narrativa. Para os fãs do gênero suspense, pode valer a pena conferir pela atmosfera e a boa primeira metade, mas é importante se preparar para algumas decepções ao longo do caminho. O começo é bom, mas o final deixa um gosto amargo.

Por fim, o suspense de Neil Burger estrelado por Daisy Ridley e Ben Mendelsohn estreia nos cinemas em 28 de setembro.

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