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Napo | Veja aqui o premiado curta brasileiro sobre Alzheimer no Dia Internacional da Animação

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Napo

Depois de circular por mais de 60 festivais mundo afora e sair premiado em 20 deles, o curta-metragem brasileiro “Napo” estreia nesta quinta, dia 28, às 20h, no Dia Internacional da Animação. É de forma totalmente gratuita no canal da produtora Miralumo Films no YouTube. Com direção de Gustavo Ribeiro, o curta é uma animação para adultos e crianças. A trama gira em torno de Napo, um senhor de idade que, por conta do agravamento do Alzheimer, vai morar com a filha Lenita e com o neto João.

Aos poucos, a doença o fez esquecer todos os que passaram por sua vida. No primeiro contato com o neto, Napo nem o reconhece. Sendo assim, incapaz de compreender a doença que leva seu avô entre o passado e o presente, João encontra uma maneira de criar novas lembranças para o avô.

Em seguida, ao tropeçar em um álbum cheio de velhas fotografias, ele deixa as imagens guiarem sua imaginação e transforma as memórias de seu avô em desenhos. Desenhos que moldam sua relação em uma história de lembrança e construção de memória.

Memórias

“‘Napo’ é uma história que propõe uma reflexão sobre os papéis dos familiares, a necessidade de contato humano, a capacidade de imaginação que transcende os limites da idade, as origens do amor (o mais puro e infantil), as dificuldades do envelhecimento. Nossa vida é o resultado dos momentos dos quais nos lembramos. Mas… E se não conseguíssemos nos lembrar de nada? Nosso projeto nasce da angústia do esquecimento. A proposta é abordar o tema do Alzheimer de uma forma sutil, mostrando, através da visão lúdica da criança, a construção de uma amizade entre neto e avô. No avô, o menino encontra uma ótima companhia para dividir o seu maior hobby: desenhar. Através do menino, o avô tem a chance de lembrar pela última vez recortes de lembranças passadas”, opina o diretor Gustavo Ribeiro.

Finalista no LA Shorts 2020, um dos principais festivais de curtas do mundo, “Napo” circulou por mais de 60 festivais. Entre eles os Festivais de Xangai, Atlanta, Santa Monica, San Jose, Moscou, Chicago e Lago, entre outros. Além disso, para Gustavo, ter o primeiro trabalho da produtora reconhecido internacionalmente é motivo de orgulho e também uma forma de homenagear seu avô e tantos outros avós que se foram durante a pandemia de Covid-19.

“Neste filme, desenvolvemos um novo olhar sobre a vida de uma pessoa que sofre com a doença de Alzheimer, mostrando a importância da relação de afeto familiar para o bem-estar do paciente. Mas, no fim, virou também uma grande homenagem a todos os avós, que, em muitas casas brasileiras, são parte essencial do dia a dia e da criação dos netos”, conclui Gustavo.

Enfim, veja o filme:

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Cinema

Critica | A Primeira Comunhão

Filme do diretor espanhol Victor Garcia tem distribuição da Paris Filmes e está nos cinemas

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critica a primeira comunhão

O terror que entrega mais atuação do que enredo

A Primeira Comunhão, filme do diretor espanhol Victor Garcia, conhecido pelo premiado filme De Volta a Casa Da Colina (2007), traz a história de Sara, uma adolescente simples e com dificuldades para fazer amizades na nova cidade. Após mudar com sua familia para o interior da Espanha, Sara conhece Rebeca, uma adolescente rebelde e mal falada na cidade que em determinada noite leva Sara para uma balada um pouco distante de sua casa.

Porém, na volta, as duas se arriscam ao pedir carona para o traficante da cidade. No trajeto Sara avista uma menina vestida de branco com uma boneca de primeira comunhão na mão. Após Chivo parar o carro assustado, Sara desce a procura da menina, Rebe a repreende e pede para que volte para o carro e em seguida a personagem principal encontra a fatídica boneca. Rebeca e Chivo, que já conheciam sobre uma antiga lenda da cidade acerca da garota e da boneca, a chamam de volta para o carro, mas Sara leva a boneca consigo. Dessa forma, a partir daquele momento, todo o grupo é amaldiçoado pela boneca e por Marisol (a dona da boneca).

Pontos positivos

Um dos maiores pontos positivos do filme é a capacidade do elenco de entregar ótimas atuações, dando ênfase a Aina Quiñones, que interpreta Rebeca. Em seu show particular, Aina entrega tudo que se espera de um filme como esse: medo e aflição. Uma das cenas que envolve o pai de Rebeca é digna de prêmios, um pai que só maltrata a filha e a trata do modo visto no filme, ao ver a filha em possessão se desespera ao ponto de arrombar uma porta e trazer emoção pura a cena.

Já o ponto alto se mostra já pelo final, em uma cena em um poço. A atuação de Carla Campra é simples, mas no momento dessa sequência se faz importante e mostra como a simplicidade pode agregar muito a uma obra. Vale ressaltar sobre a atuação de Carla no momento do acidente de Chivo, onde a mesma entrega emoção e desespero, um momento que com certeza é marcante ao mostrá-la como indefesa diante de toda situação.

Aliás, veja o trailer de A Primeira Comunhão, e siga lendo:

Afinal, A Primeira Comunhão traz um terror genérico, mas com boas atuações e cenas de suspense. Sente-se a falta da trilha que leva o publico a estar mais concentrado no filme e até mesmo a se sentir mais imerso naquela realidade. A obra aborda temas que a indústria espanhola vem utilizando cada dia mais como a amizade e o romance adolescente. Um ponto que pode incomodar aos românticos de plantão é o fato de Sara e Pedro não se aprofundarem em sua relação e nem mesmo terem tantas cenas românticas do único casal abordado no filme.

No geral o filme é bastante conveniente para aqueles que curtem um terror básico, mas que ainda sim entregue o suspense digno de filmes do segmento. Algumas cenas como o terror familiar de Rebeca podem vir a gerar gatilhos a quem passa ou já passou por situações parecidas. mas sem dúvidas é um tema importante a ser abordado.

A Primeira Comunhão (The Communion Girl), com distribuição da A Paris Filmes, está nos cinemas brasileiros.

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