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Cinema

Uncharted | Elenco funciona bem

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O novo blockbuster de aventura do verão, “Uncharted” chegou às telonas. O filme apresenta a origem de Nathan Drake (Tom Holland), um explorador à la Indiana Jones dos jogos da Playstation. Seguindo a onda de adaptações de videogames, “Uncharted” não se afasta muito dos outros filmes do gênero, tendo pouco a apresentar em termos de história e atuação, aliado a um excesso de efeitos especiais.

Com uma história básica de achar o irmão perdido, encontrar um tesouro escondido e perambular pelo mundo, “Uncharted” até poderia ser interessante. Infelizmente, o diretor e o roteiro pecam ao apresentar um protagonista novato, junto do seu mentor Victor Sullivan (Mark Wahlberg). Seguindo a linha do tempo do jogo o Drake jovem faz sentido, mas o papel pede um ator muito mais maduro do que o Tom Holland.

Atuação

De um mundo de atores brancos genericamente malhados, o Homem-Aranha seria a última pessoa indicada para viver um caçador de tesouros de uns 30 anos. Mesmo sem pensar na caracterização juvenil, o Holland tem cara de criança, o que fica cômico na passagem do tempo em uma das primeiras cenas do filme.

Um outro problema é que ele é engraçadinho demais, de uma forma que volta a remeter a adolescência e ao Homem-Aranha. Se o Holland pretende avançar na carreira ele precisa abandonar as piadocas do recreio e comprar um bigode postiço. O rapaz tem talento, mas ficar preso num personagem já virou um atraso.

De resto, o elenco funciona bem, ainda que o enredo não colabore. O Wahlberg como sempre parece não estar atuando, mas isso cabe no papel de tutor macho, cricri e egoísta. Os dois antagonistas são mais caricatos, o que é mais adequado por serem vilões de videogame. Antonio Banderas e Tati Gabrielle são marcantes, odiosos e atraentes, tudo o que eu peço de um bom crápula odiável.

Os problemas

Claramente, “Uncharted” sofreu por tentar adaptar uma mídia interativa e mais pessoal num filme estático de 2 horas. Pior ainda, o filme se prende a piadas previsíveis, dinâmicas batidas entre os personagens e aos clichês do gênero de ação. Tem cena gratuita do protagonista sem camisa, tem perseguição causando danos inimagináveis aos bens públicos, tem tiroteio, e tem um vilão que não mede gastos e esforços para cumprir os seus objetivos. Para quem gosta disso, “Uncharted” é um prato cheio, porém, a entrega é mecânica e básica, o que acaba decepcionando.

Apesar da referência desnecessária à “Os Caçadores da Arca Perdida”, o roteiro não consegue ser nem envolvente nem emocionalmente ressonante, o acaba fazendo com que a audiência não se importe nem conecte com os personagens. Ainda assim, “Uncharted” tem algumas escolhas interessantes, ainda que vazias, na montagem, o que acaba salvando um pouco; bem pouco.

Concluindo

Por fim, o problema de “Uncharted” é, aparentemente, tudo. Da falta de inspiração até vontade de bancar na moda de adaptações, o filme se mostra vazio, e até ilógico em certos momentos. A busca do irmão até faz sentido, mas a caçada pelo ouro se mostra uma síndrome de explorador europeu que ainda não abandonou as narrativas coloniais no ocidente.

Afinal, o trailer:

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Crítica | Transformers: O Despertar das Feras

Sétimo da franquia é mais do mesmo, mas superior a outros

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transformers o despertar das feras

O início de Transformers O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts) é frenético, com uma boa batalha. Em seguida, conhecemos os protagonistas humanos, que são mais cativantes do que de outros filmes. O rapaz latino Noah Diaz (Anthony Ramos) e seu irmão (Dean Scott Vazquez), o qual serve mais como uma metáfora para o espectador. E a divertida Dominique Fishback, como Elena Wallace.

Nessa primeira parte do filme há algumas boas críticas, como o fato de Elena ser uma estagiária e saber muito mais que sua chefe, porém, sem levar nenhum crédito por isso. Enquanto Noah tem dificuldades de arrumar um emprego. Há aqui uma relevante abordagem sobre periferia (Brooklyn) ao vermos alguns dos desafios da familia de Noah, o que o leva a tomar decisões errôneas. A princípio, é um bom destaque essa caracterização dos personagens, em especial, favorece o fato da história se passar em 1994.

Dessa vez, o diretor é Steven Caple Jr., o qual não tem a mesma capacidade de Michael Bay para explosões loucas e sequências de ação. Steven faz sua primeira participação nesse que é o sétimo filme dos robôs gigantes. Ele era fã de Transformers quando criança e procura mostrar os Maximals (Transformers no estilo animal) de uma maneira autêntica.

Aliás, veja um vídeo de bastidores e siga lendo:

O público alvo do longa é o infanto-juvenil, que pode se empolgar com algumas cenas. Contudo, no geral, o roteiro é um ponto fraco. O Transformer com mais destaque aqui é Mirage, que fornece os instantes mais engraçados da história e faz boa dupla com Noah.

Além disso, as cenas no Peru e a mescla de cultura Inca com os robôs alienígenas é válida, com alguma criatividade e algumas sequências tipo Indiana Jones. Há muitas cenas em Machu Picchu e na região peruana que são belíssimas e utilizam bem aquele cenário maravilhoso. Vemos, por exemplo, o famoso festival Inti Raymi em Cusco, antiga capital do Império Inca, o qual o longa usa com alguma inteligência. Pessoalmente, essas partes me trouxeram lembranças pelo fato de que já mochilei por lá (veja abaixo), então aqui o filme ganhou em em relevância pra mim.

O longa se baseia na temporada Beast Wars da animação e traz o vilão Unicron, um Terrorcon capaz de destruir planetas inteiros. Na cabine de imprensa, vimos a versão dublada, a qual ajuda a inserir no contexto dos anos 90 com gírias da época.

Por fim, dentre os filmes dessa franquia que pude ver, esse sétimo está entre os melhores, apesar de ser somente regular, e conta com momentos divertidos. Além disso, a cena pós-crédito (só há uma) promete um crossover com muita nostalgia, Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas de todo o país na próxima quinta-feira, 8 de junho.

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