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Valle Sagrado e Machu Picchu – Como fazer
O Valle Sagrado e Machu Picchu no Peru são atrações imperdíveis.
Publicado
4 anos atrásem


Valle Sagrado e Machu Picchu. Como fazer?
Ouvi falar que era bom fazer os dois numa tacada. Então, vamos de mochilão.
Entretanto, o objetivo mesmo era Machu Picchu, a cidade sagrada, mágica. Ademais, aproveitando o máximo do caminho para conhecer outras belezas e história Inca.
A partir de Cusco pegamos um passeio para o Valle Sagrado, onde conhecemos Pisaq e outras localidades. Várias empresas fazem, pesquise a mais barata. Saltamos em Ollantaytambo, onde ficamos durante uma noite.
Deu para conhecer um pouco da pequena cidade. Partimos 9h da manhã via van (tem várias que fazem esse trajeto) até a hidroelétrica de Santa Teresa. 2h de viagem por curvas altamente enjoativas.
Chegando lá são entre 2h30 e 3h de trilha pela linha do trem até Águas Calientes. A paisagem e o senso de aventura, além da economia de não pagar o caro trem (que não é peruano, mas sim privatizado por uma empresa chilena!), fazem valer a pena. Caminho plano e tranquilo, belas paisagens.
Chegando em Águas já veio um rapazinho oferecendo seus serviços de hospedagem. Gostamos do preço, mais barato do que os que havíamos visto pela internet e lá fomos com ele. Local simples. Não recordo, mas creio que saiu 15 ou 20 soles por um quarto privado, sendo que normalmente esse preço é para quarto compartilhado.
Custo-benefício e escadas
O custo-benefício foi ótimo. De noite comemos uma pizza e conheci um pessoal que fazia uma expedição São Paulo-Nova York de carro.
Acordamos 4h da manhã no dia seguinte e caía uma bela chuva. Na porta da hospedagem já veio a moça vendendo capa. Compramos duas e seguimos em direção a trilha até Machu Picchu. Essa foi perrengue. Aquele chuvaréu, aquela escadaria… A outra opção era pagar 20 dólares e subir de ônibus até a entrada… Escada acima então.
Ufa, chegamos. Entramos em Machu Picchu ainda cansados e seguimos em direção a Intipunku, a Puerta del Sol. É o local aonde chegam os que vem pela famosa trilha inca de 4 dias. É uma trilha com bonitas paisagens, que dura uns 40 minutos.
De Intipunku viemos voltando até a entrada da trilha da Montana Machupicchu, podíamos entrar até as 10h. Chegamos 9:50. Uma pequena fila e começamos essa linda e cansativa subida aonde pudemos ter diversas vistas da Ciudad Sagrada.
O alto da montanha Machu Picchu
No caminho ainda nos deparamos com uma mãe e um filhote de Urso-de-óculos (Oso de anteojos). Foi espetacular.
Ao chegarmos no topo da Montana havia algumas pessoas e o cuidador do local disse que já era hora de todos partirem. Mas eu tinha acabado de chegar! Enquanto muitos iam embora fomos enrolando e ficando por lá.
Na descida, enquanto um idoso atrasava o guia, nos adiantávamos, sentávamos e contemplávamos aquelas maravilhosas vistas.
Do alto da Montaña Machupicchu a cidade sagrada fica pequenina, e a cadeia de montanhas ainda mais grandiosa, com WaynaPicchu saltando como um puma guardião.

A saber, a subida é bem cansativa e na descida a sensação de vertigem por causa da altura é maior ainda. O esforço é válido? Sim, se você gosta de aventura. Não, se você quer conhecer melhor a cidade sagrada.
Após descermos da montanha saímos do parque para pegar algumas coisas na mochila, comer algo, recuperar as forças e voltar para explorar.
Já saindo encontrei uma brasileira que havia conhecido no dia anterior em Águas Calientes. Era a única mulher da excursão São Paulo – Nova Iorque de automóvel 4×4.
Fez Reiki em mim e na Bárbara. Energização em Machu Picchu é mais forte!
Seguimos embora. A brasileira Raquel foi de ônibus. Bárbara e eu estávamos mortos de cansaço e queríamos descer a trilha direto até a linha do trem e voltar para Cusco, onde estávamos maravilhosamente hospedados no Llama Guest House (propriedade de um brasileiro e uma peruana, casados, com uma linda filhinha).
O presente Inca
Conversávamos e íamos nos preparando para a árdua missão. Perguntei para um rapaz que lá estava que opções tínhamos para chegar ainda naquele dia em Cusco. Trabalhava na empresa de ônibus e nos falou sobre o trem, mas que era caro. Falei que o trem estava completamente fora de cogitação. Sugeriu que ficássemos uma noite mais em Águas Calientes, porém neguei, dizendo que teríamos de voltar naquele dia, era final de viagem e a grana estava curta. Olhou nos meus olhos e pediu que aguardasse.
Falei para Bárbara ficar tranquila e esperar. Esperamos alguns longos minutos. Começou a ficar ansiosa, afinal, não podíamos perder tempo. Lá veio o rapaz. Nos levou um pouco para o canto e sacou duas passagens para o ônibus. Ofereci pagar, porém ele não quis. Que emoção senti.
Pediu que esperássemos um pouco. Rapidamente fomos nos arrumando, com sorriso largos.
De pronto, gritou para um colega “Armando, cuantos faltam? “. “Dos!”, respondeu. Então falou “Dos, dos acá”, e nos chamou e direcionou para a fiscal. Entregamos e entramos no ônibus. Ele ainda disse para a motorista para nos deixar “en la puente”. E que lembrássemos disso. Sentamos em bancos separados.
Naquele momento senti uma felicidade e sensações muito gostosas. Foi inesquecível e marcante.
De repente, lá da frente Bárbara pergunta: “En la Puente?”. Digo “Sim, en la puente”. A motorista freia subitamente e saltamos.
Tchau, Valle Sagrado e Machu Picchu.
Assim, subimos a escada logo a frente e saímos na linha do trem. Iniciamos uma louca caminhada. Em pouco tempo, anoiteceria. Haveria algum carro para nos levar quando chegássemos? Lembrei de nossa viagem ao Uruguai.
Definitivamente só víamos pessoas chegando, vindo em direção Águas Calientes. Ninguém – absolutamente ninguém – mais além de nós ia para a hidroelétrica.
Afinal, fizemos a trilha em 1h50 a partir de onde iniciamos.
No fim da linha, tinha um carro. Tinha um carro no fim da linha. Ô, glória!
Um garoto com pouco tempo de habilitação tentando fazer um pouco de dinheiro. Conversamos sobre pagamento e chegamos a um consenso, enquanto ele ainda ficou aguardando para ver se chegava alguém mais. Claro que não chegou.
Deixou-nos em Santa Maria, onde pegamos um ônibus para Cusco.
Em suma, chegamos umas 4h da madrugada e conseguimos um táxi por 3 soles (normalmente já chegam jogando o preço para 10 soles quando percebem que você não é peruano).
Dormimos. Sonhei com Sucre, na Bolívia.
Valle Sagrado e Machu Picchu – Como fazer é uma tentativa de ajudar mochileiros com uma pequena história.
Jornalista especializado em Jornalismo Cultural pela UERJ.

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Notícias
Mostra Petrus Cariry vai até 06 de outubro
Mostra terá masterclass de Silvia Buarque.
Publicado
5 horas atrásem
3 de outubro de 2023Por
Livia Brazil
A Mostra Petrus Cariry: imagem, tempo e poesia ficará na CAIXA Cultural Rio de Janeiro até esta sexta-feira, 06 de outubro. A saber, a temática da Mostra realça o estilo marcante das obras de Petrus Cariry, que combina, de forma engenhosa, tempo e realidade, representando-os de maneira poética. Dessa forma, aborda a dureza da vida de personagens socialmente emblemáticos que traduzem, assim, uma contemporaneidade em transe e, de certo modo, distópica.
O evento de lançamento da Mostra ocorreu no novo cinema da CAIXA Cultural na última sexta-feira (29), com a presença do diretor, de Bárbara Cariry, Silvia Buarque e convidados como Chico Buarque e Walter Lima Jr.

Programação
Amanhã, quarta-feira, dia 4 de outubro, às 14h, a masterclass sobre produção cinematográfica será com a produtora Bárbara Cariry. Em seguida, serão reexibidos os filmes A Praia do Fim do Mundo, às 16h; e Clarisse ou Alguma Coisa Sobre Nós Dois, às 18h.
Na quinta-feira, dia 5, às 14h, a atriz Silvia Buarque vai ministrar a masterclass sobre atuação de cinema e teatro. Silvia vai abordar as diferenças de linguagem entre teatro, cinema e TV. Em seguida, vai bater um papo descontraído sobre curiosidades dos seus 38 anos de profissão. Por fim, serão reexibidos os longas O Barco, às 16h; e O Grão, às 18h.
No último dia, na sexta-feira, dia 6, A Jangada de Welles será reexibido às 14h. Mãe e Filha será exibido em seguida, às 16h. Para o encerramento, Mais Pesado é o Céu, sétimo longa-metragem de Cariry, estará na telona às 18h.
Mais pesado que o céu
Protagonizado por Matheus Nachtergaele e Ana Luiza Rios, a trama acompanha Antônio e Teresa. Eles acolhem uma criança abandonada, iniciam uma jornada pelas estradas e compartilham um passado que está nas memórias de uma cidade submersa no fundo de uma represa.
Silvia Buarque também está no elenco do longa. A atriz já tinha trabalhado duas vezes com Petrus Cariry como diretor de fotografia. Contudo, em “Mais Pesado é o Céu”, foi dirigida por ele pela primeira vez. “Como diretor de fotografia, ele é exigente, caladão e um gênio. Como diretor, ele também tem as mesmas características, mas não é nada caladão. Ele lidera e alegra o set com muita sensibilidade e entusiasmo. Ele me dirigiu com muita precisão e inspiração. Adoro os longas que ele dirigiu e estou sempre pronta para trabalhar com ele”, detalha Silvia.
Álvaro Tallarico, jornalista do Vivente Andante, assistiu ao filme. Para ler a crítica é só clicar aqui.
Mais sobre a Mostra
A Mostra Petrus Cariry: imagem, tempo e poesia é uma experiência estética que retrata um Brasil simbolicamente rico, criativo e cheio de ânimo produtivo, em sua grandeza e diversidade. A entrada é gratuita, sujeita a lotação da sala, com distribuição de senhas 1h antes de cada sessão.
Endereço: Rua do Passeio, 38 – Centro.
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