Estreia nesta quinta-feira (29/02), o mais novo filme de ação da temporada: “Zona de risco”, de William Eubank. Sem grandes inovações para o gênero de “heróis de guerra americanos salvando o dia”, o roteiro segue uma longa e estabelecida cartilha já consagrada em títulos como a série “Rambo”.
Na história, um grupo das forças especiais americanas têm uma missão de resgate em uma floresta nas Filipinas. Aparentemente, um “passeio no parque”, tudo, claramente sai do controle de forma inesperada. Para sair de uma situação complicada de vida ou morte, eles devem contar com suas habilidades e o acompanhamento à distância de uma dupla de controladores remotos da missão, via drone.
O herói improvável na zona de risco
Como muitos filmes de ação de Hollywood, temos o herói improvável. O sargento da força aérea Kinney (Liam Hemsworth) é convocado para a missão devido ao seu conhecimento de uso de drones e equipamentos de guerra à distância. No entanto, ele tem pouco, ou nenhuma prática sobre aspectos mais físicos e práticos úteis para esta missão.
No entanto, com a evolução dos eventos, Kinney acaba tendo que sofrer um batismo de fogo. Com pouca experiência em batalha corporal, ele acaba assumindo o protagonismo de uma intensa batalha pela sobrevivência em um jornada à la Chuck Norris.
Ideias interessantes
O filme até traz algumas ideias interessantes, como uma breve análise sobre a condição atual das guerras, onde quem ataca, apenas aperta botões e elimina milhares de pessoas que estão distantes, sem rosto e sem identidade. Para Kinney, esse é um modo “menos brutal” de se guerrear. Porém, no fim acaba sendo o mesmo, e talvez mais cruel ainda, resultado.
Se a guerra é uma verdadeira barbárie na sociedade humana, me parece que matar centenas de pessoas apenas apertando botões para jogar bombas em suas cabeças, sem ter que ver o que faz, é uma selvageria amplificada pela tecnologia. É só ligar a televisão e ver nos telejornais, os frequentes bombardeios que diziam milhares de civis.
Ação desenfreada
No entanto, fica apenas nisso. Não há nada de novo, nem surpreendente na trama. A partir de uma decisão no mínimo esdrúxula dentro do contexto do filme, temos uma série de eventos com ação desenfreada que devem agradar ao espectador mais aficionado do gênero.
Porém, é curioso que em um filme de um ritmo tão frenético, o grande destaque do elenco seja Russell Crowe, como o capitão Reaper, que orienta o grupo por meio de um drone. Seja durante a missão, seja em uma cena, que caberia perfeitamente em um filme de comédia, no qual seu personagem tenta fazer compras em um mercado.
Elementos típicos do gênero
“Zona de risco” é um interessante filme de ação de guerra. No estilo bem conhecido de que o exército dos Estados Unidos são uma espécie de “xerifes do mundo”. Ou seja, mais do mesmo. Embora seja cheio de elementos típicos do gênero, como os heróis invencíveis e até o superior cretino, o filme deve agradar aos fãs desse estilo.
Um ponto interessante, é também o uso apurado de termos e normas de guerra, o que contribui para uma atmosfera um pouco mais realista. Claro, que até dentro de um limite, afinal é um filme de ação, não um documentário sobre guerra. Há também algumas subtramas mais humanas que envolvem o personagem de Crowe, o tornando mais humano e realista.
Onde assistir
O filme estreia nesta quinta-feira (29/02) nos cinemas. Dessa forma, consulte a rede de cinemas de sua cidade para encontrar sessões disponíveis. A distribuição é da Imagem Filmes.