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CulturaEntrevistas

69 Cômodos | Confira entrevista com o elenco

Por
Yago Souza de Freitas
Última Atualização 25 de agosto de 2023
10 Min Leitura
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Entrevistamos o elenco da peça teatral, “69 Cômodos” que entrou em cartaz no dia 8 de agosto, e continuará até o dia 31, no Teatro Ipanema, às 20 horas. Nela a história mostra que as vidas das pessoas mais simples, podem ter uma profundidade tremenda.

O elenco nos contou fatos importantes sobre a peça como o motivo do nome da vila ser Chora Vinagre, as pautas LGBTQPIA+, e também o processo criativo da criação do roteiro, confira tudo isso a seguir:

Leia abaixo a entrevista com Leá Cunha, atriz do espetáculo:

Você subiu ao palco, falando suas experiências relacionadas a sexualidade e questões raciais, como isso foi para você?

“Não é fácil falar desse dia a dia, do corpo travesti na rua. E expor essa situação dessa minha mudança pra vila Chora Vinagre, que é o ponto central da peça, e explicar o porque da minha mudança… Eu acho, uma posição política importante na luta dos direitos LGBTQPIA+ sabe? E aí eu faço questão mesmo de vir aqui e falar de todo esse movimento, com essa história de negros e negras da vila que é apagada.”

Continuando ela diz: “E aí eu junto essas duas histórias pra gente poder fazer uma só, pra amarrar essa dramaturgia. Porque no início da peça, quando perguntam a dona Édia ‘Por que o nome da vila é Chora Vinagre?’ Ela diz, ‘Não sei, ninguém da vila sabe’. Mas eles não sabem ou não querem falar? Ou não querem saber?”

Como você soube que esse termo era uma punição na época do período colonial?

“Eu soube lendo livros históricos, além disso sou integrante da Casa das Pretas, que é ao lado da vila e do mesmo dono. Lá discutimos muito sobre a história da cidade do Rio, da cidade preta do Rio de Janeiro, que por muitas vezes é oculta.”

Em conclusão ela fala, “E isso não é aberto, isso não se discute no cotidiano. É um choque pra mim toda vez que eu entro na vila e tá lá escrito, “Chora Vinagre”. De cara, eu falei assim, “Que doideira”, porque Chora Vinagre é um castigo, que era pra amansar os pretos e as pretas, e ali na época colonial, era um mercado de fato, de venda de escravizados.

Leia a seguir, a entrevista com Alex Teixeira e Clarisse Zarvos, que atuaram e dirigiram “69 Cômodos”:

Qual a importância para os entrevistados, que viraram personagens, de terem sidos reconhecidos e ganhado valor por vocês?

Clarisse Zarvos, “Acho que tem um lugar de memória mesmo. Pois todo mundo de várias idades, tanto jovens, crianças e idossos, tenham uma questão da memória, de lembrar das suas histórias, e se contar, fora a decisão de o que omitir ou não. Sinto essa troca bastante especial.”

Alex Teixeira, “Eu tenho a ideia de contar a história de uma cidade que não está nos livros. Muitas delas não estão mapeadas, não se encontram na internet, nem ao menos em registros escritos. É uma tentativa de salvar um pouco desse tempo que a gente vive nessa cidade do Rio de Janeiro e nesse Brasil. É um lugar que a gente vive camadas e camadas de apagamento, então o Teatro ao Redor trabalha muito com essa tentativa de contar histórias que não foram contadas ainda.”

Eu tenho certeza que foi uma experiência incrível falar com diversas pessoas que talvez vocês nunca fossem falar na vida. Como foi esses encontros?

Alex, “Eu acho que a coisa mais forte que eu, tenho desse processo, é o fato de que muitas dessas pessoas a gente não sabia que iria encontra, e algumas experiências a gente foi pra, pra determinados espaços como por exemplo na praça do IAPI na Penha, é a gente não tinha nenhuma entrevista marcada lá, nós só fomos e começamos a abordar pessoas e a gente foi super bem recebido. Essas pessoas foram nos contando sobre as vidas delas e pra gente é muito gratificante também perceber que todo mundo tem muitas histórias incríveis, todos nós temos histórias incríveis, independente da idade que a gente tenha, seja uma criança, seja um idoso. O encontro é um sentimento muito forte.”

Clarisse completa, “Além disso, perceber o que tem de extraordinário na vida de todo mundo! Qualquer pessoa tem uma coisa de muito especial, e é muito interessante, que todas as vidas são muito especiais também.”

Como vocês acabaram de falar, as entrevistas foram um pouco as cegas. Falem um pouco de desse processo criativo, não só como atores em cima do palco, mas sim como diretores?

Clarisse, “No início a gente fez mais entrevistas principalmente no Chora Vinagre, a gente editou esses vídeos, é fizemos uma seleção, para começar a construir a dramaturgia. Porem, em um dado momento a gente sentiu necessidade de ter mais entrevistas pelas histórias que iam se conectando. Com isso a gente saiu de novo numa segunda leva de entrevistas, entretanto quando a gente já estava ensaiando as cenas, e o texto já estava pronto, nos fomos pegar umas imagens no ambiente, porém a gente encontrou Leá Cunha, e enfim ela acabou participando. A parte, o roteiro tem sugestão de todo mundo, da Zeza, da Rach, da direção musical e tudo isso vai entrando.”

Alex continua, “Assim como no documentário, que em geral trabalhamos com um roteiro aberto, aqui nos nossos processos de investigações e nas entrevistas, a gente tinha algumas perguntas que eram circunstanciais para essa ida em campo, mas quando a gente chegava, também deixávamos nos atravessar pelo que vinha partir do receptor. Através disso, nós assistíamos e entendíamos como a gente iria fabular em cima dessas histórias que nos foram ofertadas.”

Sinopse de “69 Cômodos”:

A peça de teatro documentário “69 Cômodos” aborda as relações de pessoas comuns com suas casas e com a cidade. Ao longo de dois meses, o grupo Teatro ao Redor percorreu diferentes bairros do Rio de Janeiro e registrou conversas com moradores, como uma imigrante israelense que odeia os cariocas, um ex-compositor da Mangueira, uma criadora de pássaros que participa de rinha de aves, uma senhora que vive há mais de 90 anos na mesma rua e uma criança que sonha em ser atriz de série coreana. O destaque da obra é a fabulação a partir de histórias reais: o cotidiano e a normalidade convivem paralelamente com o absurdo e o inesperado, dentro e fora de quatro paredes.

Ficha Técnica:

Argumento, pesquisa e dramaturgia – Alex Teixeira e Clarisse Zarvos

Direção – Alex Teixeira e Clarisse Zarvos

Elenco – Alex Teixeira, Clarisse Zarvos, Rach Araújo e Zeza Barral

Participação – Leá Cunha

Direção musical – Rach Araújo

Músicas – Genaro da Bahia

Desenho de luz – Lara Cunha

Operação de luz – Bernardo Bastos

Cenografia – Alice Cruz

Assistência de cenografia – Duda Lopes

Figurino – Tiago Ribeiro

Costureira de Cenário – Nice Tramontin

Serralheiro – Djavan Costa

Vídeo – Vitor Kruter

Foto – Thaís Grechi

Direção de produção – Aninha Barros – Uçá Cultural

Design – Alessandra Teixeira

Mídias sociais – Júlia Sarraf – Uçá Cultural

Assessoria de imprensa – Lyvia Rodrigues – Aquela que Divulga

Realização – Teatro ao Redor

Serviço:

69 Cômodos

Local: Teatro Ipanema

Endereço: Rua Prudente de Morais, 824 – Ipanema

Datas: 8 a 31 de agosto – terças, quartas e quintas (exceto dias 10 e 24)

Extras: 29, 30 e 31/08 às 17h

Horário: 20h

Informações: (21) 2523-9794

Instagram: @teatroaoredor?

Duração: 80 min

Gênero: teatro documental

Classificação indicativa: 14 anos

Capacidade: 222 lugares

Ingresso: R$30 (inteira) e R$15 (meia)

Ademais, veja abaixo outras matérias e um vídeo sobre a peça:

69 Cômodos | Crítica da peça

‘Furacão’, da Amok Teatro, mescla teatro, música e emoção de forma primorosa | Crítica

Peça ‘Antes da Aula’ terá duas sessões gratuitas no RJ

https://www.instagram.com/reel/CwV8XshtweR/?igshid=MzRlODBiNWFlZA==
Tags:69 comodos69 Cômodos entrevistateatro ipanema
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