O Debate virtual que marca o lançamento do site com mais de 50 cases de pessoas refugiadas empreendedoras no Brasil será realizado pelo Ecoa, plataforma do UOL por um mundo melhor, e nos canais do UOL e do PactoGlobal no YouTube, amanhã, às 10 horas. Seu objetivo é dar visibilidade aos negócios liderados por empresários refugiados no Brasil é o objetivo da plataforma Refugiados Empreendedores, desenvolvida pela Rede Brasil do Pacto Global da ONU e o ACNUR (Agência da ONU para Refugiados).
O evento reunirá os empreendedores Jacqueline Esther Rodriguez Diaz, Rosa Paulina Bravo Henriquez e Anas Rjab, profissionais refugiados com atuações em áreas como gastronomia, artesanato e serviços gráficos em diferentes regiões do país. A mediação será do jornalista e colunista de Ecoa Rodrigo Ratier. A mesa contará ainda com a diretora de relações institucionais da Rede Brasil do Pacto Global, Barbara Dunin, o Representante do ACNUR Jose Egas e a jornalista Gabriela Bazzo.
Plataforma oferece oportunidades de capacitação
A plataforma irá oferecer oportunidades de capacitação aos empreendedores, dará visibilidade a seu trabalho e conectará esses pequenos negócios a potenciais consumidores. Em sua estreia, reúne mais de 50 pessoas e seus trabalhos. Empreendedores refugiados interessados em participar do projeto podem se inscrever pelo site.
O chef Anas, é natural da Síria e chegou ao Brasil vindo da Líbia. Lá ele fez faculdade e trabalhou como engenheiro de telecomunicações. “O conflito na Líbia fez com que eu perdesse meu trabalho, perdesse tudo. Ficou bem difícil”, diz ele. A saída foi vir para o Brasil em 2015. Sem conseguir uma colocação em sua área de formação, começou a vender comida e criou a Simsim Culinária Árabe.
Já as venezuelanas Jacqueline e Rosa, apesar das dificuldades de recomeçar a vida, conseguiram retomar atividades com as quais já estavam familiarizadas no país natal. Em Boa Vista (RR), Jacqueline aproveitou incentivos para pequenos negócios e montou uma gráfica, negócio que conciliava ao trabalho de diretora de uma escola antes de migrar. Rosa também foi para a capital de Roraima antes de se estabelecer em Brasília com a família. Ela criava peças de cerâmica e em macramê no país natal e, por aqui, viu no artesanato também uma forma de sustentar o casal e duas crianças.
“Cada vez mais pessoas refugiadas estão empreendendo do Brasil, gerando renda e contribuindo com as comunidades onde estão inseridas. No contexto da Covid-19, tiveram que superar novos desafios, em especial por meio do comércio eletrônico. Para o ACNUR, é fundamental que refugiados empreendedores possam ter apoio para a criação, manutenção e expansão de seus negócios”, afirma Paulo Sergio Almeida, Oficial de Meios de Vida do ACNUR.
Os três empreendedores vão compartilhar sua trajetória e as estratégias que têm usado para driblar os obstáculos adicionais impostos pela pandemia de covid-19. A transmissão do painel será feita por Ecoa, plataforma do UOL por um mundo melhor, e no canal do UOL no YouTube.
A plataforma Refugiados Empreendedores é uma iniciativa conjunta do ACNUR e Rede Brasil do Pacto Global e conta o apoio da Aliança Empreendedora, Migraflix, IFC (organização do Grupo Banco Mundial), Facebook e Estados Unidos.
Serviços:
Lançamento da plataforma Refugiados Empreendedores
Data e horário: dia 10/02, 4ª feira, às 10h
Inscrições para o lançamento: bit.ly/
Endereço da plataforma: www.refugiadosempreendedores.
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