No início de “Alma de Cowboy”, vemos o olhar perdido de um garoto que busca a si mesmo e o semblante decepcionado de sua mãe. No faroeste urbano, esse menino precisa lidar com suas ações ao cair num mundo que não reconhece, escuro e desfocado. Dos braços da mãe para os cavalos do pai, que ganha vida no talento de Idris Elba. Os cowboys do concreto enfrentam carros e malandros e quem será mais esperto?
Uma nova vida pede novas atitudes. É nisso que o filme me fez pensar. Além de uma frase jogada no ar, frase feita, frase de efeito: “Coisas difíceis vem antes das coisas boas”. Simplista? Sim. Real? Também. Então acompanhei a história do filme que quer mostrar uma cultura pouco conhecida da Filadélfia, localidade dos Estados Unidos. Estábulos em meio ao contexto urbano e seus cavaleiros.
Cavalos são realmente belos e fascinantes animais e lembrei do poético filme “Corcel Negro” de 1979. Ainda teve continuação, “O Regresso do Corcel Negro”. São bem melhores do que “Alma de Cowboy”, que não emociona, apesar do bom elenco, mas tais películas nem podem ser comparadas pelas grandes diferenças de estilos e roteiros.
Não é um faroeste urbano, é clichê e simplórios, contudo, tem alguns bons momentos. Cinematograficamente, o início tem cenas simbólicas, porém, o caminho que em seguida é rasteiro. O mais interessante é a parte dos créditos que traz um pouco da realidade dessa cultura de faroeste que ainda sobrevive.