Que uma hora sairíamos dessa situação horrível que é a pandemia, era um fato. Então, 2 anos de jornada e estamos aqui retomando a todo vapor, em especial, o setor de eventos. Tivemos faz pouco tempo o REP festival, com 40 mil pessoas. Além disso, o Carnaval das Artes e vários eventos privados. Para confirmar o gás, vem aí o já tradicional Lollapalooza Brasil.
Veremos um mercado totalmente aquecido, com o povo ansioso para sair cada vez mais. Vem o carnaval em abril, que promete, e o Rock In Rio, em setembro. O Festival coMA rola em agosto em Brasília.
Boas atrações e eventos cada vez maiores aumentam muito o nível de produção e jogam lá em cima o critério do público, ampliando o leque de opções.
Hoje em dia, palcos inovadores, intervenções artísticas, painéis de LED e fogo fazem parte do show e se tornam elementos decisivos para a experiência.
As tribos de shows musicais ficaram muito tempo longe e os produtores sofreram muito nesses dois anos de restrições, principalmente entre os menores e que faziam eventos de forma independente (sem incentivo fiscal ou de investidores).
Shows online
E os shows online, será que ficam no pós-pandemia? Que os shows online foram uma grata surpresa, mesmo que forçada digamos assim, na pandemia foram mesmo, né? Mas, será que agora com tantos eventos presenciais, shows internacionais principalmente se manteriam de forma online?
Respondo: creio que para a maioria do público, não. Entretanto, no público jovem/adolescente que curte linhas como o K-pop, imagino que possa se manter, pela distância e estrutura gigantesca que montaram para shows em realidade aumentada e etc.
Desafios do pós-pandemia
Outros fatores decisivos tanto para eventos pequenos como grandes são a mudança de público alvo, que pode ter variado muito nesses dois anos. Além disso, sabemos que ferramentas que antigamente eram ótimas para promover como facebook estão mortas, e o instagram tem sido a ferramenta mas utilizada para isso.Por outro lado, não tem o fator de criar um evento e chamar seus amigos para ele. Será que em eventos menores isso pode fazer diferença? Com certeza, mas isso faz parte dos novos desafios para os produtores hoje.
Musica Brasileira em alta!
Outra coisa que vejo como determinante para o sucesso dos novos eventos é o crescimento da música brasileira, a qual, atualmente, dominando toda a América Latina, chegando a tops na billboard e etc. E o público só aumenta. Quem ontem ouvia só musicas de fora do país agora aprecia músicas nacionais, querendo ir no show desses artistas e girando muito mais capital interno. Sertanejo, Rap/ trap, Funk e pop estão em alta. Sendo assim, além de público para todos os gostos, temos diferentes estilos, o que no longo prazo pode ser determinante para não saturar.
Enfim, ainda temos muitos desafios pela frente, mas também muitos pontos positivos a serem explorados. Sem dúvidas, esse tempo de restrição encheu de ideias muitos do setor de eventos. Espero que o retorno seja o melhor possível e torço para que o padrão fique cada vez mais alto e competitivo.