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Cultura

Mercado Casarão reúne afroempreendedores na Praça da Bandeira

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Mercado Casarão Dida Bar

Mantendo o propósito de agregar e fortalecer as atividades dos afroempreendedores, a família que capitaneia o Dida Bar e Restaurante dá novos passos e expande seus domínios. Gerenciado por Dida Nascimento, Matheus Buka Trindade, Teka Nascimento e Kanu Akin Trindade, no dia 10 de Fevereiro às 17h será aberto o Mercado Casarão, um espaço na Praça da Bandeira que evidencia a cultura familiar do comércio presente na história do famoso bar da matriarca Dida. A inauguração contará com o Samba da Dida e um bate papo com o professor de filosofia Renato Noguera.

Com atividades fixas e eventos pontuais, o local contará com uma livraria no andar de baixo e um espaço com possibilidades culturais múltiplas no andar de cima, ampliando o comércio do famoso bar da Praça da Bandeira e da Massai Moda, loja de roupas que já funciona no anexo ao bar.

Dentre as atividades fixas iniciais do novo espaço estão aulas de capoeira angola com o mestre Célio Gomes do grupo Aluandê, aulas de dança afro com Sabrina Sant’Ana, encontros literários com o projeto Encruza do Saber, serviço de beleza com cortes de cabelo e trancistas, Terapia Corporal Africana com a Nailê Bem-Estar, Kemetic Yoga com Ana Sou e muita música. Em breve, outras opções se somarão a essas, como aulas sobre educação financeira e empreendedorismo

Família

“A família Dida tem o sonho de fazer que o Mercado Casarão surja como o único espaço autointitulado de resistência cultural negra na zona norte após 70 anos da criação do Renascença Clube. Com isso, a família Dida pretende que o Mercado Casarão seja o lugar onde artistas e fomentadores da cultura negra possam expor seus trabalhos e criações, fortalecendo assim o cenário cultural afro da zona norte baseado em conceitos africanos de mercado. Este é mais um passo da trajetória de mais de 40 anos de uma família que deseja continuar crescendo”, vibra Kanu, um dos gestores do espaço de convergências de atividades afrocentradas.

O espaço chega para complementar e ampliar a atuação do Dida Bar e Restaurante que, nascido em 2015, sempre compartilhou saberes e valores africanos através da gastronomia. Porém, com o passar dos anos, o restaurante passou a não dar conta de realizar e comunicar todas as atividades que pretendia. Assim, o bar se mudou em 2020 para um espaço maior, onde nasceu o objetivo de criar o que hoje é realidade.

Contudo, três semanas após fecharmos o contrato com o novo endereço, surgiu a pandemia e, com isso, a ideia de criar novo espaço precisou ser substituída pela necessidade de sobrevivência do próprio Dida Bar. Dois anos depois, mediante um cenário mais controlado em termos de saúde e vigilância sanitária, a família voltou a sonhar com a criação desse espaço onde podem acontecer atividades diversas de afroempreendedores.

SERVIÇO:

Mercado Casarão

Rua Barão de Iguatemi, 379 – Praça da Bandeira

Rio de Janeiro

Tel.: (21) 2504-0841 | 97956-4883

Funcionamento:

Ter e Qua – 16h à 0h

5ª e 6ª – 12h à 0h

Sábado e Domingo – 9h à 0h

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Espetáculos

‘Antes que eu me esqueça’ faz último final de semana no Rio

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O espetáculo está em cartaz no Teatro Ruth de Souza no Centro Cultural Municipal Glória Maria, antigo Parque das Ruínas e aborda o Alzheimer com leveza e propondo reflexões

O que você faria, se, de repente, sofresse um acidente e perdesse a memória? Esse é o principal tormento que aflige o músico Walter, protagonizado pelo ator Renato Peres, no espetáculo ‘Antes que eu me esqueça’, que estreou no dia 2 de setembro, no Teatro Ruth de Souza, no Centro Cultural Municipal Glória Maria (antigo Parque das Ruínas), em Santa Teresa, Rio de Janeiro. A dramaturgia é de Mariana Pantaleão, que também assina a direção e de Matheus Rodrigues. A temporada vai até 24 de setembro, sempre aos sábados e domingos, às 15 horas.

Após um acidente de carro, o músico Walter é diagnosticado com ALZHEIMER. Na experiência de um iminente desaparecimento de suas lembranças, ele tenta registrar e recuperar suas memórias através de áudios, fotos e vídeos.

A peça é um monólogo com reflexões sobre o cérebro antes do acidente, sem que o músico houvesse dado o devido valor, mas que agora, com sua nova condição, vêm à tona! E isso acontece a tempo!…Seria possível a (re) construção das memórias? Quais os mistérios dessa “simples” massa muscular rosa de apenas um quilo e meio? Somente ela nos tornaria humanos? E se não mais humanos… O que SOMOS, o que FOMOS e quem poderíamos SER?

São muitos os questionamentos de Walter na busca de uma identidade, a sua, depois que sua vida se transformou com a perda da memória. De acordo com Luiz Buñuell (1900 – 1983), cineasta espanhol, naturalizado mexicano:

“É preciso perder a memória mesmo das pequenas coisas, para que percebamos que a memória faz a nossa vida. Vida sem memória não é vida (…). Nossa memória é nossa coerência, nossa razão, nosso sentimento, até mesmo nossa ação. Sem ela somos nada (…) e só posso esperar pela amnésia final”. – Citação de Bruñuel pelo neurologista e escritor inglês Oliver Sacks (1933 -2015) no livro ‘O homem que confundiu sua mulher com chapéu’ – Editora Companhia das Letras, 1ª edição (14 agosto 1997)

Podemos dizer que viver sem memória é apenas vegetar? É não desfrutar de tudo de melhor do que a vida pode oferecer, ou até mesmo, que ela, na acepção da palavra, não existe em sua completude? O tema é mais do que atual e, certamente, habita as mentes e vidas de muitas pessoas, atormentando-as em reflexões intermináveis a procura de respostas e soluções. Na peça ‘Antes que eu me esqueça’, além de possíveis respostas, a garantia de um entretenimento que prende e diverte ao mesmo tempo por tocar no âmago do público, assim como o ator Renato Peres foi tocado:

“Vivemos um momento muito complexo. Guerras. Maldades. Doenças… O espetáculo ‘Antes que eu me esqueça’ faz uma reflexão sobre o tempo, a memória, a vida. Que o público possa ser arrebatado por essa intrigante história, assim como eu fui.” – fala Renato Peres.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que existam 35,6 milhões de pessoas com Doença de Alzheimer (DA) no mundo, sendo que o número tende a dobrar até o ano de 2030 e triplicar até 2050. No Brasil, há possibilidade é de que tenhamos cerca de 1,2 milhões de pessoas com esta enfermidade. Ressalta-se que a maior parte dos indivíduos com Alzheimer ainda não recebeu o diagnóstico médico e/ou tratamento necessário.

Qual o papel do Teatro e da Cultura dentro das experiências de adoecimento causadas pelo Alzheimer? De quais formas é possível representar, sensibilizar e nos questionarmos em relação às vivências das pessoas portadoras dessa doença? É mais do que como o cérebro processa a arte, e sim, como a arte pode processar o cérebro. Na busca por refletir essas perguntas, as relevâncias, conceitual e temática, se apresentam não só apenas no âmbito da conscientização, mas das aproximações entre as artes e as ciências. Matheus  Rodrigues, que divide a dramaturgia com Mariana Pantaleão e faz a produção executiva de ‘Antes que eu me esqueça’, conta o motivo da escolha:

“Eu penso que o grande diferencial desse espetáculo não são os efeitos visuais, nem a música ou a dramaturgia em si; penso que a grande potência está na experiência da alteridade. Mais do que informar sobre um respectivo tema, o que importa é o exercício de empatia que propomos ao público, não para se colocar e solidarizar com o nosso personagem, mas sim com as pessoas da vida real, que muitas vezes podem ser nossos avós, tios, amigos” – explica Matheus.

Contemplado pelo Programa de Fomento à Cultura Carioca da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro (FOCA), o monólogo ‘Antes que eu me esqueça’ é cria da periferia do Rio de Janeiro. O espetáculo teve sua estreia no ano de 2023 ao ganhar o edital. Com a circulação em diversos espaços de cultura da Zona Norte como:  Teatro Armando Gonzaga, em Marechal Hermes,  Museu da Maré, No Complexo da Maré, Arena Carioca Dicró, na Penha, Arena Carioca Fernando Torres, em Madureira, Arena Carioca Jovelina Pérola Negra, na Pavuna, Lona Cultural Carlos Zéfiro, em Anchieta, e Teatro Gonzaguinha, no Centro, para alcançar outros aparelhos pela cidade. E agora volta com todo o gás para o Teatro Ruth de Souza, no Centro Cultural Municipal Glória Maria.

Ficha Técnica

Atuação: Renato Peres

Voz Off / participação (médico): Pedro Milman

Voz Off / participação  (Lúcia): Amanda Laversveiler

Dramaturgia: Matheus Rodrigues e Mariana Pantaleão

Direção Geral: Mariana Pantaleão

Produção Executiva: Matheus Rodrigues

Orientação Dramatúrgica: Karen Acioly

Cenografia: Lina Da Hora

Direção de Movimento: Amanda Laversveiler

Iluminação: Anna Padilha

Direção Musical: Raphael Muniz

Edição de Vídeoarte: Dora Abreu

Designer Sonoro: Caio Guiesta

Fotografia: Victor Gustavo Almeida

Designer: Jefferson Santi

Mídias Sociais: Rafaela Lopes

Assessoria de Imprensa: Christine Keller Comunicação & Produção

Realização: M2 Produções – Instagram: @m2_coletivo_producoes

Serviço

Local: Teatro Ruth de Souza (Centro Cultural Municipal Glória Maria, antigo Parque das Ruínas)

Endereço: Rua Murtinho Nobre, Nº 169 – Santa Teresa

Temporada: de 02 a 24 de setembro (sábados e domingos)

Horário: 15h

Ingressos: R$ 30 (Inteira) e R$ 15 (Meia-entrada)

Link para compra:  https://riocultura.eleventickets.com/#!/evento/47ebaaea82bd5d84c3eb217a4173493671e6ad9a

Duração: 60 minutos

Classificação: 12 anos (menores de 18 anos acompanhados de um responsável)

Gênero: Drama

Lotação: 75 lugares

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