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Crítica Tempos Super Modernos Fabio De Luigi
Cinema e StreamingCríticaNotícias

Crítica | ‘Tempos Super Modernos’ fala da dependência da tecnologia com humor

Por
Alvaro Tallarico
Última Atualização 29 de março de 2023
4 Min Leitura
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Nesse engraçado filme italiano, Tempos Super Modernos (E noi come stronzi rimanemmo a guardare), a crítica é óbvia em cima de um tema necessário e mais atual do que nunca. O mundo dos aplicativos, da tecnologia e dos algoritmos tomando conta de nossas vidas vira mote para diversas piadas, umas muito boas cheias de ironia de qualidade e outras num estilo mais pastelão que até me lembrou antigos episódios de Os Trapalhões.

Arturo, numa atuação ótima de Fabio De Luigi, é um gerente que cria um algoritmo para sua empresa para encontrar eliminar o que é supérfluo e acaba sendo despedido. Afinal, o algoritmo analisou que ele é supérfluo. Desesperado por um trabalho, acaba virando entregador de uma gigante multinacional de tecnologia, a FUUBER. O nome e o conceito trazem uma união de diversas companias atuais como Uber, Facebook, Google.

Precarização

A partir disso, vemos uma crítica ferina à precarização do trabalho e a essa ideia de metaverso onde estamos conectados o tempo inteiro. Vemos pessoas robóticas, seguindo a vida no automático, sem refletir, sob uma direção dinâmica de Pif, Pierfrancesco Diliberto. Ele ainda atua como um professor de Filologia Românica, a ciência responsável pelo estudo das transformações sofridas pelo idioma Latim nas línguas românicas, que trabalha como hater para pagar suas contas.

O diretor siciliano realiza um trabalho que une com eficiência timing para comédia e crítica sociológica. Difícil ver o filme e não lembrar da série Black Mirror, pois parece um grande episódio dessa obra. Como ser feliz em um mundo onde o trabalho, o amor e a vida são pautados pela tecnologia, algoritmos e a impessoalidade? Regras de um mundo novo.

No filme (e na vida atual?) o algoritmo é júri e juiz. Percebemos a crueldade capitalista dos testes gratuitos, visando criar uma dependência e a assinatura do produto oferecido. Ainda por cima, no longa tem uma empresa área de baixo-baixo custo, a Bryan Air (referência óbvia a Ryan Air, empresa europeia famosa por passagens baratas). Essas cenas estão entre as mais engraçadas da película.

Da metade em diante, o ritmo cai, e Tempos Super Modernos parece até se transformar em um tipo de comédia romântica, entretanto, a sequência final, com um discurso do dono da FUUBER (Mark Zuckerberg?) é sombria e verdadeira. Após tantos risos, o espectador sai reflexivo sobre a nossa resignação perante ao que estamos nos submetendo voluntariamente. Enfim, nós, como tolos, estamos só assistindo.

Por fim, Tempos Super Modernos é um dos filmes da 8 ½ Festa do Cinema Italiano 2022 que ocorre em 20 cidades brasileiras de 28 de julho a 10 de agosto.

Enfim, veja o trailer:

Ademais, veja mais:

‘Silvio e os Outros’ é sobre um demônio real, sedutor e patético
Crítica | De Volta Para Casa (Tornare)
A arte da felicidade | Filme italiano traz sabedoria e espiritualidade nos rumos de um taxista
Tags:crítica tempos super modernosfesta do cinema italiano
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Jornalista especializado em Jornalismo Cultural pela UERJ.
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