Estreia no dia 10 de agosto, a animação russa infantil “Gatos no museu”, de Vasiliy Rovenskiy. O filme é livremente inspirado na curiosa história dos gatos que vivem no palácio do Museu Hermitage, – em São Petersburgo, Rússia – desde o século XVIII. Desde então, até os dias atuais, os gatos protegem as obras de arte de roedores.
Gatos protegendo a arte
A partir desta premissa, um gato órfão e náufrago é salvo por um rato, chamado Maurice, do afogamento. Maurice o batiza de Vincent, em homenagem ao pintor holandês Van Gogh. Ele também ensina-o que gatos não comem ratos e eles ficam amigos. Até porque Vincent tinha vivido isolado, até então, e desconhecia a cadeia alimentar.
Ambos chegam no Museu Hermitage, onde gatos vivem e atuam como vigilantes para proteger as obras do museu do apetite de ratos e de um misterioso fantasma que vive preso dentro de um vaso.Maurice vem de uma família de ratos, famosos por terem devorado obras de arte de artistas famosos, como Rembrandt e Picasso.
A chegada no Hermitage acaba sendo bem promissor ao ratinho, pois no dia seguinte chegará para exibição, a Mona Lisa. Pintura mais famosa da história da arte, será o auge da vida de Maurice, se ele conseguir cravar seus dentes no famoso retrato.
Lúdico e aprazível
O filme apresenta uma série de conceitos sobre arte, que podem não ser assimilados de imediato pelas crianças menores. Mas que são apresentados de uma maneira lúdica e aprazível. O suficiente para plantar uma semente de curiosidade na cabeça dos pequenos. Especialmente, aqueles que já estiverem tendo aula de artes plásticas na escola.
A história do filme traz desde a importância dos museus e da preservação da arte e da história aos diferentes estilos artísticos, falsificação de obras de arte e até intervenção artística. Esse último na figura de um personagem misterioso que pretende “modernizar” as obras do acervo do museu.
Convivência entre diferenças
Vincent é o típico protagonista de filmes infantis edificantes que consegue conciliar diferentes visões perante outros personagens. Ele quer pertencer ao grupo dos gatos vigilantes, mas ao mesmo tempo quer proteger Maurice da fúria deles. Para isso, ele precisa tentar convencê-lo a desistir do seu sonho de devorar a Mona Lisa.
Ao mesmo tempo, ele também tenta ajudar o misterioso fantasma, que acabou sendo solto, acidentalmente por Maurice de sua armadilha e se encanta por uma gata chamada Cleópatra, que tem grande interesse pela parte histórica do museu. No entanto, essa personagem acaba sendo subaproveitada, funcionando apenas como o interesse romântico de Vincent, reforçando um estereótipo da mocinha em apuros.
Ou seja, a busca de Vincent em ajudar tantos indivíduos de natureza diferente traz para os pequenos uma mensagem direta e de fácil assimilação: A importância da convivência entre as diferenças e como laços de amizades fortes podem ser estabelecidos quando há respeito por elas.
Vale para adultos?
Acima de tudo, o filme tem uma pegada bastante infantil que talvez torne o filme pouco atrativo para adultos. Por outro lado, é agradável ver filmes infantis que se preocupam mais com seu público alvo do que colocar piadas e sacadas adultas demais para agradar os pais que levam seus filhos. Ademais, é também uma oportunidade de se deixar levar por uma fábula agradável por 80 minutos.
Talvez, o público muito acostumado a animações de alto nível técnico de estúdios como Pixar e Dreamworks, estranhe a estética mais simples de “Gatos no museu”. Porém a simplicidade da animação é uma oportunidade para apreciar outras visões que focam menos na excelência visual e mais na experimentação formal.
Onde assistir “Gatos no museu”
Por fim, é um filme de animação que tem uma mensagem bacana com uma narrativa que pode inspirar os pequenos a se interessar pelo mundo da arte e pode, também, agradar os adultos que, se permitirem reviver a inocência da diversão infantil.O filme estreia no dia 10/08, com distribuição da Imagem Filmes. Desse modo, consulte a rede de cinemas de sua cidade para encontrar sessões disponíveis.