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Cinema e StreamingCrítica

Imaculada – A jornada sombria de uma freira

Por
Luciano Bugarin
Última Atualização 3 de junho de 2024
6 Min Leitura
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Tópicos
  • Animosidades
  • Religião e dogmas
  • Imaculada
  • Jornada sombria
  • Atuações e cenários
  • Onde assistir

Acaba de entrar em cartaz, somente nos cinemas, “Imaculada”, de Michael Mohan e estrelado por Sydney Sweeney, que também assina a produção deste filme de terror.

Na trama, a jovem Cecília está a caminho da Itália para viver em um convento que cuida de freiras que estão no fim de sua vida. Ela tem uma motivação muito particular para dedicar-se a esta vida, que ela sabe que não tem nada de glamourosa. Porém ela encontra algo muito além do que ela esperava.

Animosidades

O convento parece, a princípio, um lugar belo e sereno. O trabalho é difícil e cansativo. Por vezes, estressante, pois muitas das freiras idosas estão em seus últimos dias. Mas Cecília tem plena convicção de que esse é o caminho que ela escolheu. Mas, logo ela começa a perceber que não há muita harmonia entre suas irmãs.

Cecília acaba encontrando muita animosidade entre as irmãs. Especialmente a supervisora Isabelle (Giulia H. Di Renzi) que aparenta ter um certo desdém direcionado a freira dos EUA. Ela encontra certo afeto na questionadora Gwen (Bernardetta Porcaroli). Seu contato com ela a faz repensar algumas percepções que ela possui.

Cecília e Gwen à mesa – imagem de divulgação.

Religião e dogmas

A religião católica é repleta de dogmas que são questionados ao longo do filme. A vida de sacrifício das freiras é apresentada por uma visão de uma imposição cruel, com cenas fortes e impactantes. A obstinação da igreja com as relíquias dos santos e a riqueza acumulada também são apresentados como um sinal de mesquinharia.

Se por um lado, a igreja católica é repleta de contradições em sua estrutura, o filme acaba explorando isso de uma forma pouco profunda. Mesmo quando surge um grande mistério no filme. Cecília está grávida. Pode-se perceber daí, inclusive, um equívoco no título. Pois ele busca se referir ao fato de que Cecília acaba descobrindo uma gravidez sem pecado (como Maria na religião católica), mas religiosamente o termo se refere ao nascimento da própria Maria.

Cecília faz seus votos de pobreza – imagem de divulgação.

Imaculada

Inclusive, esse é o ponto crucial da trama do filme. O médico do convento anuncia que Cecília está grávida, apesar de nunca ter tido uma relação sexual na vida. Seria essa a vinda do novo messias? Cecília é uma nova santa moderna? Seria esse um novo milagre que salvará a humanidade?

Porém, o acontecimento não gera sentimentos unânimes de glorificação. As animosidades já conhecidas por Cecília gerarão outros conflitos bem mais intensos que vão dando o tom de tensão no terror que começa a ser mais bem explorado a partir daí. Um jogo de terror psicológico que deixa o espectador à beira de seu assento.

Imagem de divulgação.

Jornada sombria

Ou seja, a trama nos traz diversas possibilidades de explorar os aspectos aterrorizantes do filme. Mas a sensação que fica é que esses momentos são escassos. Há uma impressão de que a direção se contém em muitas partes, quase como a introversão notável na personalidade de Cecília. Sua espiritualidade a conduz em meio a uma jornada sombria, mas ela não se engaja plenamente em uma inquietação, além de alguns momentos de hesitação.

Quando finalmente, esse rompante ocorre, já estamos na sequência final. Embora apareça demasiadamente apressada, ela acaba envolvendo o espectador pelo chocante, seguindo a melhor tradição da época áurea dos filmes de terror italiano, de cineastas como Mario Bava. Com um desfecho ambíguo, fica uma sensação de que o “durante” poderia ter sido mais bem trabalhado.

Afinal, o filme acaba se atendo aos mesmos pontos levantados por recentes filmes de terror que utilizam o ambiente opressor religioso como pano de fundo. Em especial, os que retratam a vida de renúncia que as freiras levam. Ou seja, não há nada novo abordado pelo filme em relação a esses temas.

Imagem de divulgação.

Atuações e cenários

O grande trunfo de “Imaculada” é a atuação de Sydney Sweeney. Afinal, a atriz, que também produz o longa, conduz de forma eficiente a personagem que transita de uma devoção ferrenha a uma forte protagonista convicta em escapar de um pesadelo. Os coadjuvantes também fazem bem sua parte, como o sinistro padre Tedeschi (Álvaro Morte), a contestadora Gwen e a figura densa da madre superior (Dora Romano).

Outro qualidade da produção é o uso criativo dos cenários. Filmado em Roma, a cenografia conseguiu combinar aspectos surpreendentes de palácios para criar o ambiente sinistro de um convento católico. Por vezes, podemos nos sentir como em “O nome da rosa”, e esquecer que o filme se passa no tempo contemporâneo. Ou seja, a sensação de profunda opressão e solidão tomam conta dos cenários.

Padre Tedeschi – imagem de divulgação.

Onde assistir

Afinal, se não chega a ser muito inovador, “Imaculada” cumpre bem seu papel como um bom e ajeitado filme de terror. Por isso, considero que seja uma boa pedida. Especialmente se você é fã do gênero. A distribuição é da Diamond Films Brasil.

Enfim, consulte a rede de cinemas de sua cidade para encontrar sessões disponíveis do filme “Imaculada”.

trailer dublado
trailer legendado
Tags:Álvaro MorteBernardetta PorcaroliconventogravidezimaculadaItáliaMichael MohansuspenseSydney Sweeneyterror
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PorLuciano Bugarin
Professor de artes e cineasta independente. Sou cinéfilo, fã de Simpsons, entusiasta de artes que fogem do óbvio e músicas barulhentas.
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