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O Rei dos Reis
Cinema e StreamingCrítica

Crítica: ‘O Rei dos Reis’ traça paralelo entre Jesus Cristo e Rei Arthur

Dirigido por Seong-ho-Jang, O Rei dos Reis se utiliza de uma história de Charles Dickens para trazer um olhar inocente aos momentos mais marcantes do Novo Testamento

Por
André Quental Sanchez
Última Atualização 12 de abril de 2025
7 Min Leitura
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Eu gosto de pensar que todas as histórias hoje consumidas pela humanidade, se originaram em três lugares: o teatro grego, os escritos de William Shakespeare e, obviamente, na Bíblia, sendo não à toa o livro mais vendido da humanidade, com mais de 5 bilhões de cópias compradas e distribuídas.

As histórias presentes na Bíblia estão inconscientemente presentes no ser humano, independente de a pessoa apresentar uma crença religiosa ou não, alguns acontecimentos cruciais da Bíblia, como a vida de Jesus Cristo, são de conhecimento popular, nem que seja por osmose ao assistir produções alegóricas como Mãe (2017, Darren Aronofsky), ou adaptações voltadas para o público infantil, como aquelas que ocorriam, e que eu mesmo lia na infância, em histórias da Turma da Mônica (1959, Mauricio de Sousa).

O Rei dos Reis é uma animação que aborda justamente estas principais marcas da vida de Jesus Cristo, acontecimentos como o seu nascimento, os três reis magos, o sermão da montanha, a santa ceia e sua famosa crucificação, porém, a diferença crucial entre esta adaptação e outras como A Paixão de Cristo (2004, Mel Gibson), e a série The Chosen (2017, Dallas Jenkins), é o modo como O Rei dos Reis intercala duas histórias, inicialmente tão distintas: Charles Dickens e a jornada do cordeiro de Deus.

Assista abaixo o trailer de O Rei dos Reis e continue lendo a crítica

Baseado em um escrito de Dickens intitulado A Vida de Nosso Senhor e publicado postumamente em 1934, a produção se inicia com uma leitura clássica de Um Conto de Natal (1843, Charles Dickens), feita pelo próprio autor e dramaturgo, que é subitamente interrompida pelas brincadeiras de seu filho Walter, que sonha em ser o grande Rei Arthur. Convencido pela esposa, Dickens decide contar para Walter a história daquele conhecido como o Rei dos Reis, uma história que, como exposto verbalmente pelo próprio personagem, inspirou a história dos cavaleiros da Távola Redonda e diversas subsequentes.

O Rei dos Reis

Cena da Santa Ceia em O Rei dos Reis- Divulgação oficial

Este paralelo entre o Rei Arthur, um cavaleiro que simboliza a guerra por meio de sua espada, e Jesus Cristo, um homem que é símbolo de paz entre os homens, é uma das maiores forças do filme. Por meio do conto de Dickens, o público redescobre a história de Jesus, ao mesmo tempo que a produção também serve como uma introdução à história, na medida que ele é voltado ao público infantil, sem a presença de piadinhas ou excessos como outras animações apresentam, O Rei dos Reis trata com muito respeito todos os personagens da produção, inclusive os “vilões” como o Rei Heródes.

A história apresenta um didatismo bem grande, talvez até um pouco demais em certos momentos, porém, isso é exemplificado por um motivo bem simples: estamos enxergando esta história por meio dos olhos de uma criança, e como já foi exemplificado no clássico conto A Roupa Nova do Rei (1837, Hans Christian Andersen), não existe um olhar tão lúdico e verdadeiro quanto o de uma criança, principalmente quando ela apresenta uma ativa imaginação, transmitida com toda a pompa e circunstância por meio de uma animação simples, mas, eficiente.

Claramente uma animação independente, O Rei dos Reis se inspira em personagens já vistos anteriormente de modo muito semelhante em diversas produções animadas, como o gato como expressões antropomórficas. Os maiores destaques animados do filme são os momentos que juntam o ambiente e o cenário da natureza, seja um sol ao fundo de um personagem, que constrói uma aura em sua cabeça, ou uma tempestade de raios que preenche toda a tela, e nos momentos em que realmente o século XIX de Dickens e a história de Jesus realmente se fundem em uma coisa só, fazendo paralelos simples, mas, muito eficientes dentro do objetivo da produção.

Diferente do filme de Mel Gibson, a violência do filme é apaziguada em prol de um tom lúdico, até mesmo quando é mostrado Jesus crucificado, não aparece sangue em nenhum momento, com um nítido desfoque nas mãos de Jesus, além disso, os motivos que levaram os Fariseus a optarem por sua perseguição, são exemplificados de modo extremamente simples, facilitando a compreensão de todos.

O Rei dos Reis

Cena de O Rei dos Reis- Divulgação oficial

Acredito que O Rei dos Reis será muito comparado com O Príncipe Do Egito (1998, Brenda Chapman, Steve Hickner e Simon Wells) em quesito do respeito e o trato dado à história bíblica, além do elenco estrelado que apresenta nomes como Uma Thurman, Mark Hamill, Oscar Isaac, entre outros.

O Rei dos Reis apresenta sessões especiais nos dias 12 e 13 de Abril, com um maior alcance a partir do dia 17, uma data propícia, afinal, dia 18 de Abril de 2025 será o feriado de Sexta Feira Santa, a data religiosa cristã que marca o dia que Jesus foi crucificado.

Ao fim, é sempre bom assistir uma animação produzida e distribuída por um estúdio independente, principalmente quando ela apresenta tanto cuidado pelo material explorado, a ponto de levar adultos aos prantos durante à sessão e emocionar pessoas com um simples trailer, este é o poder de uma história universal, e neste caso é uma das maiores já contadas.

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Tags:crítica o rei dos reisFilme o rei dos reisJesus Cristoo rei dos reis
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