Ao usar este site, você concorda com a Política de Privacidade e termos de uso.
Aceito
Vivente AndanteVivente AndanteVivente Andante
  • Cinema
  • Música
  • Literatura
  • Cultura
  • Turismo
Font ResizerAa
Vivente AndanteVivente Andante
Font ResizerAa
Buscar
  • Cinema
  • Música
  • Literatura
  • Cultura
  • Turismo
A Casa de Hugo Ivo.
Espetáculos

‘A Casa de Hugo Ivo’, que desvincula os estigmas do vírus HIV, estreia no CCBB RJ

Por
Livia Brazil
Última Atualização 2 de julho de 2024
6 Min Leitura
Share
Foto: Daniel Debortoli.
SHARE
Tópicos
EnredoPrêmiosServiçoPOR FIM, LEIA MAIS:

Intencionando desvincular os estigmas que circundam o vírus HIV desde a sua descoberta, o multiartista Zéza escreveu “A Casa de Hugo Ivo”. A montagem teatral inédita chega ao palco do Teatro III do Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro a partir de 11 de julho, às 19h. O texto encontrou ressonância dentre os colegas da Multifoco Cia de Teatro que, dirigidos por Ricardo Rocha, já desejavam seguir discutindo o assunto.

Sendo uma montagem na qual se destaca o atravessamento de diversas linguagens cênicas que mesclam acrobacia circense, teatro e dança, a linguagem de LIBRAS também entrará em cena comunicando a história aos espectadores surdos de forma inclusiva e espontânea. Das 28 apresentações, oito terão tradução simultânea de LIBRAS e duas terão audiodescrição ao vivo. Além disso, focada em receber um público de jovens e estudantes, a montagem realiza apresentações gratuitas e vespertinas, sempre às 14h.

Enredo

Hugo Ivo recebe todes para a festa em sua casa e promete diversão sem limites. Mas o que parecia um acordo com consentimento se revela invasivo e tóxico. A festa que nunca acaba chega à beira do colapso e é preciso parar. Será necessário encontrar novas formas de habitar e conviver, novos horizontes serão abertos. Um pacto para a construção de novas pontes contra a desinformação, contra os estigmas e o preconceito, em favor do respeito, da diversidade e da saúde.

“‘A casa de Hugo Ivo’ é minha saída oficial desse segundo armário, chamado HIV. Qualquer pessoa tem o direito assegurado por lei de manter a sua sorologia em sigilo, mas há anos eu falo sobre ser uma pessoa vivendo com HIV. Só que é difícil falar abertamente sobre esse tema ainda tão estigmatizado e silenciado pelo preconceito. As pessoas têm dificuldade de falar de HIV porque toca em dois temas tidos como polêmicos: o sexo e a morte”, pondera Zéza, artista que teve uma inspiração inicial pro trabalho ao se deparar com “Uma Visita Inoportuna”, do dramaturgo argentino Copi.

Ao contrário da obra inspiracional, escrita num tempo em que viver com HIV era sinônimo de uma sentença de fim, na contemporaneidade o cenário é bem outro. “A vontade da Multifoco querer falar deste tema é muito cara pra mim, uma pessoa LGBTQIAPN+. Nossa comunidade sempre foi o principal alvo de todos os preconceitos ligados ao vírus e, talvez por isso mesmo, seja a grande responsável pelos avanços que conseguimos em relação a esta epidemia. Esta história se compromete a afirmar que o vírus pode acometer qualquer pessoa, independente da raça, gênero ou orientação sexual”, pondera Zéza.

A Casa de Hugo Ivo.
Foto: Daniel Debortoli.

Prêmios

Vencedor do 34º Prêmio Shell de Teatro na categoria “Melhor Cenografia” pelo trabalho desenvolvido em “Eyja: primeira parte, a ilha”, outra vez o diretor e cenógrafo Ricardo Rocha apresenta ao público um cenário que causa impacto, como um origami gigante que não apenas adorna, mas, sobretudo, interage com os atores e os desdobramentos da história. “O espetáculo traz uma grande metáfora da relação do HIV com as diversas etapas do vírus com o corpo humano: da entrada ao colapso do corpo, até o tratamento com os medicamentos antirretrovirais. A infecção é tematizada numa pessoa que não é LGBTQIAPN+ justamente para desassociar a infecção desta população, algo tão comum e equivocadamente relacionado”, pontua Ricardo.

Para Bárbara Abi-Rihan, existe um desejo de abordar o assunto por uma outra via. “Esta montagem é uma resposta ao que experenciamos quando montamos ‘O Cavaleiro Amarelo’, que tinha um caráter muito informativo, algo como uma ‘peça-palestra’. Agora, tratamos e apresentamos o tema, mas não panfletando o assunto. E existe um reforço na questão do vírus indetectável, que está sendo tratado no organismo e, consequentemente, não está se reproduzindo. Assim, ele não é transmitido, não há risco de contaminação. Esta é a cura que, hoje, temos para esta questão. Precisamos nos descolar um pouco da forma estereotipada que muitas pessoas olham pro vírus até hoje, em virtude do que vivemos nos anos 1980, quando ele surgiu”, finaliza Bárbara.

Serviço

A CASA DE HUGO IVO

Temporada: 11 de julho a 11 de agosto de 2024

Horário: Quinta a sábado às 19h | Domingo às 18h

Local: Centro Cultural Banco do Brasil RJ

Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro

Ingressos: R$ 30 (inteira) | R$ 15 (meia). Disponíveis na bilheteria física ou no site do CCBB. Estudantes, maiores de 65 anos e Clientes Ourocard pagam meia-entrada.

Apresentações gratuitas: 17, 19, 24, 26 e 31/07, 01, 07 e 08/08 – todas às 14h

Classificação indicativa: 16 anos

Duração: 90 min.

POR FIM, LEIA MAIS:

Eu sou um Hamlet | A releitura de um clássico

‘Querido Evan Hansen’ aborda assuntos sérios de forma responsável

‘Um rio dentro de mim’ é homenagem sensível ao Rio e às mulheres

Tags:espetáculolgbtlgbtqiap+Teatro
Compartilhe este artigo
Facebook Copie o Link Print
Livia Brazil's avatar
PorLivia Brazil
Follow:
Escritora, autora dos livros Queria tanto, Coisas não ditas e O semitom das coisas, amante de cinema e de gatos (cachorros também, e também ratos, e todos os animais, na verdade), viciada em café.
Nenhum comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Gravatar profile

Vem Conhecer o Vivente!

1.7kSeguidoresMe Siga!

Leia Também no Vivente

crítica 12 anos ou A memória da queda
CríticaCulturaEspetáculosNotícias

12 Anos ou A memória da queda | Com poesia, peça reflete sobre escravidão passada e presente

Alvaro Tallarico
4 Min Leitura
Um coração de Van Gogh - Daniel Ericsson (embaixo), Vitória Furtado (esq), Xandro Graça e Renata Gasparim - Foto de Andrea Rocha
CulturaEspetáculos

Um coração de Van Gogh | Peça estreia no dia 29 de julho em Ipanema

Redação
3 Min Leitura
Um Rio dentro de mim.
Espetáculos

‘Um Rio Dentro de Mim’ reestreia no Rio de Janeiro

Livia Brazil
3 Min Leitura
logo
Todos os Direitos Reservados a Vivente Andante.
  • Política de Privacidade
Welcome Back!

Sign in to your account

Username or Email Address
Password

Lost your password?