A Freira 2, novo longa da Warner, dirigido por Michael Chaves, é mais um filme do universo de Invocação do Mal, que lança hoje, dia 7 de setembro.
Sinopse de “A Freira 2”:
Sequência de “A Freira” (2018) faz parte da franquia “Invocação do Mal”. No primeiro filme, após uma irmã cometer suicídio em um convento na Romênia, o Vaticano envia um padre atormentado e uma noviça para investigar o ocorrido. Arriscando suas vidas, a fé e até suas almas, os dois descobrem um segredo profano no local, confrontando-se com uma força do mal que toma a forma de uma freira demoníaca e transforma o convento num campo de batalha espiritual. Nesta continuação, na França de 1956, um padre é assassinado e parece que o mal está se espalhando por toda a região. Acompanhamos a Irmã Irene quando, mais uma vez, ela fica cara a cara com uma força demoníaca.
A verdade sobre “A Freira 2”:
O filme sem dúvidas era uma das maiores promessas do gênero de terror de 2023, mesmo que o primeiro não tenha conseguido captar uma boa recepção do público e da crítica, porém essa sequência não é superior a de 2018.
A verdade sobre “A Freira 2” é que aparentemente foi uma escolha fácil e cômoda de entrada de capital para produtora, e não uma trama relevante e dinâmica para a franquia. Fora o fato de a produção não saber a linha tênue entre os gêneros cinematográficos, e sair de terror e suspense para ação e aventura.
O roteiro escrito por Richard Naing, Ian B. Goldberg e Akela Cooper tem muitas falhas. A trama inicial de Maurice estar possuído pelo demônio, como uma espécie de receptáculo até faz sentido nos momentos iniciais da história, entretanto além do filme não dar medo, o terceiro ato dele é devastador (em um sentido negativo).
A direção de Michael Chaves não soube posicionar os personagens de uma maneira mais estratégica para sustos, sendo tudo muito óbvio e infantil.
Atuações:
A atriz Taissa Farmiga, que interpretou a Irmã Irene, protagonista do longa, se mostrou muito bem encaixada no contexto que estava se situando, tanto histórico quando sobrenatural.
Já nos casos de Katelyn Rose Downey e Anna Popplewell, que deram vida as personagens Kate e Sophie, é perceptível uma falta de conexão com o gênero do filme, porém suas atuações foram medianas e compreensíveis, na medida do possível.
Por fim, Jonas Bloquet vacila no quesito atuação, pois infelizmente o ator não consegue passar medo pela sua falta de veracidade no papel.
Nem tudo está perdido
Contudo, existem fatos positivos no filme, mesmo que sejam singelos, e o primeiro deles é a fotografia. Utilizando de uma imagem escura, mas com muita qualidade gráfica, bons brilhos em pequenos detalhes e uma boa movimentação de câmera, o diretor de fotografia, Tristan Nyby, acaba se tornando um destaque.
No fim, a trilha sonora é um acerto de Marco Beltrami, por conta de ter sido fundamental para trazer algum tipo de tensão na produção. Mesmo que não o suficiente sozinha para nos dar uma sensação de agonia.
Em conclusão, “A Freira 2” até pode ser uma opção divertida se você quiser assistir um filme numa sexta-feira qualquer, mas da muito especial.