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CinemaCrítica

‘A ordem do tempo’ faz o tempo do espectador passar devagar

Por
Livia Brazil
Última Atualização 19 de junho de 2024
7 Min Leitura
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Tópicos
SinopesEnredo interessante, já o desenvolvimento…Muitos personagensComplexidadesOnde assistirFicha TécnicaPOR FIM, LEIA MAIS:

Se pararmos pra pensar que o filme é sobre o que o tempo significa pra cada e como aproveitar melhor o tempo e, mais do que isso, como prolongar o tempo que se tem quando se tem pouco tempo, podemos dizer que A ordem do tempo cumpriu seu objetivo. Isso porque, quando se assiste ao longa, parece que ele tem muito mais que seus 113 minutos.

Inspirado no livro do físico teórico e especialista no estudo da gravidade quântica, Carlo Rovelli, A ordem do tempo tem direção da veterana cineasta italiana Liliana Cavani. O roteiro também é dela e de Paolo Costella. O filme, assim como o livro, apresenta uma nova interpretação em relação ao tempo, o que promete deixar o espectador pirando sobre esse conceito por muitos e muitos dias.

Mas vamos ao que interessa!

Sinopes

A sinopse, em resumo, é a seguinte: um grupo de amigos se reúne todos os anos para comemorar o aniversário de uma das mulheres do grupo. Contudo, na festa do ano retratado no longa, é descoberto que um meteoro está prestes a cair na Terra. Com isso, os amigos descobrem que têm pouco tempo (olha ele aí!) de vida. A partir daí, muita análise será feita por cada um sobre suas vidas.

Pra entender melhor, fique com o trailer:

Enredo interessante, já o desenvolvimento…

Tirando as longas explicações sobre o conceito de tempo, que, não me entendam mal, é muito interessante, mas que não é possível ser explicado em apenas alguns minutos de filme, o enredo é bastante interessante. Imagine você sendo exposto a essa terrível notícia: você tem poucas horas de vida. O que você faria?

Está longe de ser uma ideia original. Tanto Paulinho Moska quanto a novela brasileira O fim do mundo – que utilizou como tema principal a música “O último dia”, de Moska – já debateram sobre essa hipótese. Isso só para citar poucas obras nacionais. Mas a iminência do fim da vida, seja de qual forma for, já gerou diversas produções cinematográficas, fazendo seus personagens refletirem sobre o que fariam.

O diferencial deste filme é, exatamente, tentar levar, um pouco que seja, o conceito de Carlo Rovelli sobre o tempo para a tela. No papel do físico Enrico, o ator Edoardo Leo é quem fica incumbido de apresentar ao público os conceitos do livro. O ator faz o máximo para não deixar o assunto maçante, mas o tempo que se leva explicando conceitos tão intricados – e tem que levar tempo mesmo, já que não é fácil de se entender – é tão longo que acaba desviando a atenção do espectador.

Muitos personagens

Apesar de longo e arrastado – olha que eu nunca digo que um filme é lento, porque isso depende muito de se entender o interno do personagem, mas esse conseguiu essa proeza -, A ordem do tempo acaba deixando de desenvolver alguns personagens. Isso se dá, com certeza, pelo fato de serem muitos. Apesar de claramente o casal condutor de toda a história ser Enrico e Paola, eles não são os personagens mais interessantes. O que, muitas vezes, acaba acontecendo, personagens vistos como secundários sobressaírem mais do que os protagonistas.

Contudo, alguns personagens que demonstram ter mais escondido do que falam não têm suas vidas tão destrinchadas pelo roteiro e o espectador fica com um gosto de quero mais. A não ser que tenha uma continuação ou um spin-off de alguns dos outros personagens – principalmente Pietro, Elsa e Giulia -, não é um aftertaste agradável para se deixar para quem assiste.

A ordem do tempo.
Elsa e Giulia, duas personagens que deixam um gostinho de “quero mais”. Foto: Divulgação.

Complexidades

Todavia, foi bem pensado o fato do espectador não saber logo de cara tudo sobre todos os personagens. Como a ideia é, exatamente, cada um dos amigos ir contando segredos e mostrando vontades escondidas por causa do suposto meteoro, ir descobrindo aos poucos cada um deles é essencial. Porém, peca, sim, em revelar mais sobre alguns personagens do que sobre outros.

E uma vaia bem grande ao espaço mínimo que deram à Isabel, governanta da casa, que é peruana. A personagem é muito estereotipada. Parece apenas umas pessoa ignorante, que acredita em tudo o que vê na mídia. Me pareceu um olhar bem preconceito da Europa em relação aos sul-americanos. E pelo pouco que ela falou sobre si, Isabel tinha muito mais aspectos interessantes para mostrar.

Agora, se tem algo de positivo no filme é sua fotografia. Isso realmente é inegável e deve ficar lindo em uma tela de cinema (nós, críticos, assistimos somente a versão online do filme).

Onde assistir

O filme é um lançamento da Pandora Filmes e chegou com exclusividade aos cinemas brasileiros em 13 de junho. As cidades que poderão assistir A ordem do tempo são Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.

elenco
Foto: Divulgação.

Ficha Técnica

A Ordem do Tempo (L’Ordine del tempo)

Itália | 2023 | 113min. | Drama

Direção: Liliana Cavani
Roteiro: Liliana Cavani e Paolo Costella, a partir do livro de Carlo Rovelli
Produção: Daniel Campos Pavoncelli, Marco Cohen, Fabrizio Donvito, Benedetto Habib
Elenco: Alessandro Gassmann, Claudia Gerini, Fabrizio Rongione, Angela Molina, Claudia Gerini, Richard Sammel
Direção de Fotografia: Enrico Lucidi
Desenho de Produção: Maurizio Sabatini
Trilha Sonora: Vincent Cahay
Montagem: Massimo Quaglia

POR FIM, LEIA MAIS:

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Tags:Cinemacinema europeucinema italiano
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PorLivia Brazil
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Escritora, autora dos livros Queria tanto, Coisas não ditas e O semitom das coisas, amante de cinema e de gatos (cachorros também, e também ratos, e todos os animais, na verdade), viciada em café.
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